Nunca pensei que Yuno poderia ser tão baixo, bater na própria filha! Quem esse homem pensa que é afinal de contas?
Eu queria muito mesmo arrebentá-lo até perder os sentidos ou ate mesmo...não eu não posso fazer isso, desde a morte da Hanna eu jurei nunca mais bater em alguem a ponto de matar, eu não sou assim e nunca vou ser!
Agora [nome] estava ali no banco do passageiro, quieta e sem expressão, muito diferente do habitual dela com um sorriso doce e de bem com a vida, ela provavelmente se sente perdida e sem rumo e isso me dói muito, ela é tão especial, com um brilho tão único
— A gente pode ficar no meu antigo quarto, não é muita coisa mas já ajuda. - comentei calmo enquanto parava no sinal vermelho a vendo se mexer um pouco no banco e concordar em silêncio — Vai ficar tudo bem ta? Eu prometo.
Segurei sua mão machucada deixando um breve carinho, a vendo sorrir com as bochechas um pouco rosadas, ela é tão fofa que me deixa um pouco nervoso, mas um nervoso bom, muito bom por sinal, eu gosto disso!
Durante o caminho me atrevi a cantar algumas músicas que tocavam no rádio, apenas para distraí-la do que aconteceu e de quebra melhorar o clima, assim que chegamos no prédio consegui ver Denki voltando do horário de serviço o que significa que Bakugou já está em casa
— Iai Kiribro! - ele comentou animado mas logo fechou a cara — Puta merda o que aconteceu? - ele exclamou assutado e eu apenas coloquei [nome] sobre o corpo dele com todo cuidado
— Leva ela lá pra cima e pede pro Bakubrô fazer um chá de ervas pra ela ok? Depois eu explico tudo. - ordenei serio enquanto pegava as coisas dela no porta malas
Demorou um pouco mas consegui levar tudo lá pra cima, assim que cheguei a vi deitada de barriga pra cima enquanto Bakugou usava a caixinha de primeiros socorros
— Ela ta com um corte feio na barriga mas não é nada que seja necessário ir pro hospital 'tá bem? - ele comentou terminando de rodear a cintura dela com uma gaze — eu tirei alguns cacos então logo vai sarar é só não fazer muito esforço.
— Obrigado Bakugou. - ela comentou sorrindo fraco enquanto ele se levantava e me puxava de volta pra cozinha
— Mas que caralho aconteceu Eijiro? - engoli em seco, ele só me chama assim quando está realmente irritado
— Foi o pai dela. - contei tudo o que havia acontecido — provavelmente ele vai ficar uns dias com o rosto inchado mas até lá vamos ficar por aqui, não quero que ela se machuce ainda mais.
— Entendo... - ele resmungou calmo enquanto se sentava na cadeira — Mas isso significa que Dabi vai querer aquela revanche de anos atrás. - revirei fundo meus olhos, a última coisa que estou pensando nesse momento é nele — Ele vive dizendo que vai te achar e vai se vingar de você, você não tem medo de caso ele...
— Não. - neguei firme com a cabeça — Ele vai ter que me matar pra tocar num fio de cabelo dela sequer! - rosnei sentindo meu sangue ferver — Vou proteger [nome] não se preocupa com isso.
— Eu sei que vai. - Bakugou comentou pensativo — Vocês podem ficar mais escondidos aqui por um tempo, quando sentir que a barra 'tá mais limpa eu te aviso. - ele completou batendo em minhas costas — Agora vai lá cuidar dela idiota.
Acabei sorrindo involuntário e voltei para a sala aonde a vi sentadinha e bem encolhida assistindo o noticiário que passava, me sentei na outra ponta me sentindo um pouco nervoso, fazia tempo que eu não sentia algo por alguém, [nome] me encarou pelo canto do olho bom e se aproximou com cuidado até mim me abraçando apertado, me deixando com o coração na mão mas de uma forma boa
— Precisa de alguma coisa? - resmunguei baixo a vendo negar com a cabeça — Quer que eu fique aqui com você? - ela assentiu concordando me fazendo sorrir fraco e abraçá-la sentindo seu aroma de cereja que tanto me fazia bem
— Os dois pombinhos tão com fome? - bakugou gritou e eu virei o rosto o vendo terminar de organizar a mesa, percebi que fez o mesmo movimento que eu me fazendo surtar por dentro com a sua fofura quase que natural
O jantar foi um pouco silencioso mas nada estranho, ainda teve aquele toque divertido do Denki e o jeitinho estressado do Katsuki junto com os risos de [nome] só deixavam o clima melhor principalmente dentro de mim, agora estávamos no terraço do prédio admirando toda a região de cima, como estava ventando achei melhor levar mantas para nós assim ninguém fica doente
— Eu estava pensando numa coisa. - [nome] resmungou não deixando de olhar a cidade — Há pessoas que são destinadas na nossa vida mas a gente nunca sabe como, e muitas vezes são quando a gente mais precisa delas, como se nos puxassem de um buraco escuro e sem esperança.
— Como almas gêmeas ou pessoas ligadas a um fio no mindinho? - comentei a vendo concordar com a cabeça e me encarar — Eu não entendi aonde quer chegar com isso. - ouvi sua risada doce me deixando mais abobado perto dela
— Significa que você é minha sina Eijiro. - ela simplificou sorridente — Desde que o vi naquele lugar eu senti algo forte que nunca senti por ninguém, você disse ao Katsuki que eu salvei a sua vida, mas você também salvou a minha. - ela entrelacou nossas mãos e mesmo no escuro eu podia ver suas bochechas corarem forte — Bem, eu acho que deu pra entender o que eu quero dizer ne?
— Talvez... - brinquei encostando nossas testas — Você pode me dizer exatamente o que quer dizer? - a vi respirar fundo fechando os olhos por um momento
— Quer dizer que eu gosto de você Eijiro, eu gosto de você como nunca senti nada por ninguém como estou sentindo por você agora. - ela sussurrou sorrindo docemente me contagiando
— Eu vou casar com você não pelo ritual ou tradição mas porque eu gosto de você, e eu quero te ver bem e feliz. - resmunguei baixo segurando seu rosto e deixando um selar calmo em seus lábios, nada exagerado ou elaborado demais, apenas um toque que reforçava o quanto eu estava gostando de amá-la
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Notas
Eu provavelmente matei todo mundo de diabetes k (eu nao ia postar nada hoje porque tive uma crise forte ontem e estava bem mal mas hoje consegui acordar um pouco melhor eu ainda nao sei como reagir ao luto :(
