Não seja a próxima a cair.

1 0 0
                                    

POV Hayley

Fui caminhando de volta à academia e me peguei olhando para o papel com o número dele no caminho, suspirei e coloquei meio amassado no bolso da frente da minha mochila. Assim que cheguei na recepção, apressei o passo para prender meu cabelo em um rabo de cavalo e me juntar à aula experimental.

Foi tudo tranquilo e foi uma aula bem introdutória, quase não fizemos nada, a professora ficou falando durante a aula inteira e comentando sobre quando seria a primeira aula, dois dias depois. Assim que saí, as meninas da nossa casa, junto com a monitora, Daniela, vieram buscar eu e a Candice. Elas estavam muito empolgadas porque a Daniela tinha prometido um passeio por Brighton, mesmo se fosse um pouco longe daqui. Os outros intercambistas de outras casas haviam escolhido um passeio mais curto e mais perto de Londres. A Stephanie tinha abusado tanto a mulher para levar elas para mais longe, que ela acabou cedendo.

Brighton é uma cidade na costa-sul da Inglaterra, bem turística e tipicamente inglesa à beira-mar. Eu tive que admitir que também estava ansiosa em conhecer. Fomos até a estação de trem, embarcamos, o trajeto durou 1 hora, e percebi que é por isso que os londrinos vão tanto para lá, é muito perto! Fizemos uma caminhada pela Trafalgar Street, lá paramos para um Brunch na Mange Tout, um bistrô francês muito bom, Sdyney Street, North Road, que era cercada de 3 ruas com várias lojinhas interessantes e cafeterias muito boas.

Dani nos contou um pouco sobre algumas partes históricas de Brighton, sobre o centro cultural de lá, como museus e coisas desse tipo. Mas eu não me interessava muito por essas coisas, preferia ficar olhando para as praias e para algumas lojinhas. O que me interessou de verdade foram as edificações de Brighton mais conhecidas e famosas que vemos sempre nas revistas e anúncios de viagens. O palácio real de Brighton era enorme e predominava nele um estilo meio indiano, me lembrava um pouco também algumas construções europeias.. Segundo ela, o "Pavilhão Real" era uma antiga residência real, ninguém mais morava por lá, era apenas um local turístico e cobravam ingressos para visitar. Antes era apenas uma mansão e mais tarde foi reformada para abrigar a família real durante festividades no verão.

Logo depois, chegamos em algumas partes também bem conhecidas, o Sea Life Brighton, um aquário, o Brighton Wheel, uma roda gigante bem vista em fotos que tem uma vista maravilhosa da cidade, tudo que tinha por ali eu já tinha pesquisado, fiquei meses buscando os melhores locais para ir.

Em seguida fomos conhecer o Brighton Pier, um grande atrativo da cidade, principalmente quando está em clima quente, e também fomos em direção a uma área chamada "The Lanes", construída por alguns quarteirões da cidade velha com ruas estreitas cheias de lojinhas e restaurantes. Paramos um pouco em um desses restaurantes e comemos Fish and Chips (peixe com fritas) e depois comemos alguns crepes doces como uma sobremesa. Fiquei um pouco atrás enquanto as meninas ficavam na frente com a monitora, perguntando sobre qualquer coisa que viam, até ficar tarde e sermos obrigadas a voltar para "casa".

Minha tia ligou assim que cheguei em casa, não tinha falado muito com ela e isso tinha preocupado ela. Fiquei acordada até mais tarde na cama, mas me surpreendi que o Luke realmente tinha se interessado em falar comigo, mandei uma mensagem depois de conseguir o número dele e começamos a conversar, nada muito relevante. Acabei dormindo com o celular na mão e me atrasando para a próxima programação do dia seguinte.

Passado um dia novamente, a primeira aula de verdade de dança ia acontecer e mais tarde as meninas me falaram que queriam passar em outras casas para se enturmar com o pessoal. Eu não estava muito empolgada para isso, as pessoas do intercâmbio só olhavam os outros de cima a baixo, como se estivessem analisando se alguém merece ser parte da "turma", nunca gostei disso, mas se bem que eu não me sentia parte de algum grupo. No colégio eu passeava com o pessoal do fundão da sala, mas não era como se fôssemos amigos de compartilhar tudo da vida uns dos outros, eu pelo menos mantinha minha boca fechada, sobre os assuntos que diziam respeito à minha vida pessoal, principalmente sobre família, mudava de assunto sempre que tocavam nesse ponto e sempre foi tranquilo dessa forma. Quanto menos as pessoas sabem, menor as chances de algo dar errado na vida, levava esse pensamento comigo.

All you need is loveOnde histórias criam vida. Descubra agora