CONCLUÍDA || A castidade, para Sônia Kaspbrak, era algo a regozijar. Para Eddie, no entanto, era um maldito inferno na terra.
Edward Kaspbrak sempre se considerou adepto a castidade e pureza que sua religião - e mãe obcecada - prezava. Para ele, se...
Temo dizer que esse capítulo é pura perversidade. Exagerei na maldade do Richie e Eddie que lute.
Ah, por sinal, essa fanfic nitidamente não contém nenhum aprofundamento nos personagens por justamente se tratar mais de uma "shortfic erótica". Me vi na obrigação de destacar isso quando a vontade de desenvolver como se fosse longfic cresceu em mim do nada e afins.
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"Como posso escapar dele? Meu autocontrole despareceu em um buraco negro Minha alma foi corrompida, me tornei um tolo
Isso é igual a uma droga doce, não posso me controlar Se isso é pecado, serei punido com todo prazer
Você é insanamente bonito, mesmo que pareça o próprio diabo Me faz perder a cabeça e me possui do jeito que quer Ardente como fogos de artifício, eu amo isso Vou ama-lo até me queimar, e deixa-lo me possuir" — Oh my God, (G)I-DLE
Enquanto revirava um amontoado de roupas a procura de uma vestimenta decente para uma noite na igreja, Edward tentava desvencilhar os pensamentos para outro tópico que não fosse o seu celular ou o ato blasfemo executado na noite anterior. Ele ainda sentia uma corrente eletrizante transcorrer por seu estômago quando se recordava do que fizera, e considerava a si mesmo um pecador hipócrita pela coragem de ir a uma missa após tal acontecimento. Embora, apesar das circunstâncias, tenha gostado. E muito.
Quando começou a caminhar com sua mãe ao lado, seus olhos não pararam-se quietos; ora ou outra o obrigava a virar o rosto e procurar dentre as pessoas a silhueta familiar de Richie, para que pudesse de qualquer forma se desvencilhar dele como se não o conhecesse. Ainda não estava pronto para um encontro com Richard depois daquele momento de intimidade que compartilharam na festa de Ben. Ao finalizarem o ato, aquilo pesou na consciência de Eddie, e uma vozinha reclamava na sua mente, sendo ela estranhamente familiar com a de Sônia; nada surpreendente, para variar.
O plano de chegar à igreja sem se trombar com Richard no caminho havia sido um sucesso. Edward quase fechou as mãos e agradeceu aos céus pela sorte, no entanto, ainda não havia tomado coragem o suficiente para ter contato com o senhor lá de cima. Definitivamente, não havia. E sentia que, ao entrar naquela igreja, seu corpo fosse entrar em chamas pelo o que fizera. Não considerava-se apto para ser perdoado, afinal, não tinha coragem ou moral o suficiente para dizer que estava arrependido, pois no final das contas ele não estava.
— Vamos pegar a segunda fileira da frente — a voz de Sônia o chamou, vindo junto com ela as mãos cheias que se apoiaram nos ombros dele de maneira afável.
Ele engoliu seco. Ficar próximo a um padre era, definitivamente, longe do que ele precisava naquele momento. Mas não hesitou em caminhar para o local de onde sua mãe o direcionou.
