Megera peçonhenta

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Não foi corrigido. Perdoem os erros. Estou estudando muitooo e quase não tenho tempo para escrever. Hoje tirei um tempinho no horário do almoço e depois fugi para o depósito no trabalho então relevem kkk.
Boa leitura.







Os dias estão mais quentes que o normal. A tempos  não cai uma gota de água por essas bandas. Fazemos o que podemos para manter a criação e plantação, mesmo todo mundo dizendo que não vou dar conta. Não tem sido fácil. Alguns fazendeiros da vizinhança venderam o pouco que restava e foi construir a vida em outras cidades.

Desde a morte de Alfredo meu esposo, venho fazendo um esforço desumano para manter minhas terras.
Tenho poucas pessoas que me apoiam, e Bento e um deles. Ele foi o motivo que me fez galopar até a cidade, debaixo de um sol escaldante e adentrar a delegacia como um furacão.

- Vim buscar um de meus homens - digo em um tom firme ajeitando a barra do chapelão de sol.

O rapaz franzino sentado a minha frente levanta depressa, ainda desconcertado por minha presença.

- Senh.... Senhorita.. digo, Senhora Esmeralda, o que está fazendo aqui?

- Vim Buscar Bento, onde ele está? - vou adentrando na delegacia, abrindo algumas portas.

- Espere senhora. Não pode entrar aí.... Não é adequado.

- Adequado? Sabe o que não é adequado? Que vocês prendam um de meus funcionários sabe Deus o porquê, que o deixem em uma cela feito um animal e sequer tenham a decência de me comunicar.

- Senhora, sinto muito. Foram ordens do novo delegado...

- Novo delegado? Quem é esse sujeito?

- Eu sou o sujeito - me viro rapidamente e me deparo com um par de olhos negros, me olhando fixamente - Estevão, prazer.

Ele me estende a mão e olha desafiante. O "sujeito" é incrivelmente alto, ombros largos, barba cheia, pele morena  queimada pelo sol.

- Ótimo, então é o senhor quem vai soltar Bento- digo sem lhe retribuir o aperto de mão.

Ele sorrir irônico, abaixa a mão e ajeita o coldre com a arma em sua cintura.

- Creio que no será possível, senhorita... Como é seu nome mesmo?

- Esmeralda. Senhora Esmeralda - digo em um tom firme.

- Pois bem, Senhora Esmeralda, seu funcionário está presso por agressão e baderna, e daqui não sairá até que os fatos sejam averiguados.

- O quê? Certamente não estamos falando da mesma pessoa, Bento não é violento. É um menino dócil, nunca me deu trabalho e é por isso que vim aqui pessoalmente para buscá-lo.

- Bom, não foi isso que constatamos quando ele quebrou o nariz do filho do prefeito em uma loja de suprimentos.

Já era de se esperar. A família do prefeito sempre me persegui, fazendo o possível para dificultar minha vida e de meus funcionários. Sei que no fundo desejam comprar minhas terras a preço de banana.

- Posso garantir que teve um motivo muito forte para perder a cabeça desse modo. O senhor não o conhece, mas posso afirmar que é um bom rapaz.

- Sendo bom ou não, passará mais uma noite na cadeia para aprender uma lição - diz o tal delegado sentando-se e jogando o molho de chaves sob a mesa.

Meu sangue ferveu. Petulante, arrogante.

- É o que veremos - pego molho de chaves

Me levanto,  ergo  a barra do vestido e corro, passando como uma rajada de vento pelo cabo, aspirante, sei lá o quê que me olha incrédulo.  Corro pelos corredores até ter acesso as celas onde ficam os presos. Alguns "bebuns" gritam e fazem insinuações quando me vêem passar. Localizo Bento na última cela, então rapidamente abro o cadeado acertando de primeira a escolha da chave. Ajuda divina ou intervenção do diabo para a merda que estou fazendo. Vai saber.

SE TOQUE - contos eróticosOnde histórias criam vida. Descubra agora