KIM NAMJOON
[Seul - Coreia do Sul: Domingo 4:30 AM]
Tudo parecia muito fácil na minha cabeça e nos relatórios que escrevi para a central, mas agora que as coisas estavam começando a se tornar reais o medo estava batendo com força, na minha cara.
Tive um dia de folga para me arrumar antes de ir para Busan, eu iria ficar por lá por tempo indeterminado, até conseguir alguma coisa ou morrer, a segunda opção não deveria ser uma opção. Me revirei na cama sem conseguir dormir mais, tinha acordado de madrugada e não consegui pegar mais no sono. Levantei da cama mesmo ainda sendo cedo demais, peguei uma bolsa e comecei a revirar o guarda-roupa buscando as peças que queria. Fui jogando tudo sem dobrar.
Tomei café sem muito entusiasmo, eu devia estar feliz pelo meu plano, por mais sem noção que fosse ter sido aceito, mas agora eu sabia que as coisas estavam longe de ser fáceis, tinha uma pressão imensa em cima de mim, eu precisava de um bom resultado. Se eu pensasse demais nisso ia acabar ficando doido. Desisti das roupas por um tempo. Tomei um banho e me arrumei. Visitar Namyon noona e meu sobrinho ia me ajudar, ele sempre me distraía e estava com saudades deles. Os dois ficavam sozinhos em casa já que o marido dela era da marinha e passava mais tempo no mar do que em casa.
Peguei a motocicleta e dei uma volta maior que a necessária, a sensação da velocidade era boa, a adrenalina fazia a preocupação dissipar um pouco. Deixei o veículo na frente da casa, antes de chegar à porta parei um pouco para olhar as plantas ao redor, estavam enormes, tinha passado muito tempo mesmo desde a última vez.
Apertei a campainha e ouvi os passinhos apressados do meu sobrinho e logo depois um passo que devia ser de Yon noona.
- Oi Joonie. – Ela abriu a porta já com um sorriso.
- Tio Joonie você veio. – Ele falou animado.
- Oi noona. – Eu a abracei, minha irmã era tão importante pra mim e eu sentia tanta falta dela. A soltei e abaixei para falar com meu sobrinho. – Oi Jongie. Como você está? Está bem? – Ele me abraçou afirmando com a cabeça. – Está cuidando direito da sua mãe?
- Sim, estou sim. – Eu me levantei, ele tinha seis anos e eu ainda precisava ficar de joelhos para falar com ele.
- Vem, vamos comer alguma coisa, fiz bolo, parece que adivinhei que você vinha. – Eu andei com ela até as cadeiras acolchoadas da sala, Jongie veio para perto de mim e eu o coloquei sentado no meu colo, sentia falta dele, antes de ser promovido eu vivia mais na casa da noona que na minha, vi Jongie nascer e cuidei dele junto com ela, até que eu fiquei com compromissos demais e com mais sono também. – Achei que tinha esquecido da gente. – Ela reclamou quase dando de ombros, fez a cara emburrada que fazia quando a gente era criança.
- Claro que não esqueci, só que as coisas estão difíceis lá na central. – Ela só resmungou alguma coisa e saiu em direção à cozinha. Fiquei conversando com o pequeno até ela voltar com um pedaço de bolo e café, abaixou em cima da mesa de centro.
- Eu e o Jongie sentimos sua falta. – Ela se sentou na cadeira à minha frente. – Você está bem? Parece preocupado.
- É... Eu vou para Busan amanhã, estou em uma investigação importante e isso está me tirando o sono.
- Você é ótimo no que faz Namjoonie, vai conseguir. – Eu assenti, não havia muito o que dizer. Passei a manhã toda com eles, depois de comer fui brincar com meu sobrinho e percebi que não tinha mais pique pra ele. Antes do almoço eu já estava muito cansado jogado no chão e ele tentando me puxar pelo braço para brincar.
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Gangster
Fiksi PenggemarKim Namjoon é um investigador que estava ganhando aos poucos reconhecimento dentro da corporação, mas não esperava ser obrigado a assumir o pior caso dentro da Central de investigação da Coreia do Sul, investigar e prender o gângster Jeon Jungkook...