🌒 CAPÍTULO 3 🌘

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Genevieve despertou do que parecia ser um longo e estranho pesadelo, gemeu ao esticar o corpo, inspirando o perfume suave dos lençóis

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Genevieve despertou do que parecia ser um longo e estranho pesadelo, gemeu ao esticar o corpo, inspirando o perfume suave dos lençóis. Suas pálpebras estavam pesadas, recusando a se abrirem, quase levando-a a ceder ao sono outra vez, se não fosse a sede que propagava um deserto em sua boca, ela se recusaria a levantar.

Porém, foi quando finalmente abriu os olhos, que a realidade a atingiu com a força de um tapa no rosto, levando-a até a se esquecer da secura em sua garganta. Não estava em casa, na vasta propriedade de Massachusetts, mas em Liverpool, sob a tutela de um homem que mal conhecia. Desmoronou, afundando no colchão macio, não queria acordar, não queria ter que ser obrigada a enfrentar as divergências que se apresentaram a ela.

Sem bater, uma jovem trajada com vestido marrom e com os cabelos ocultos em uma touca, entrou no quarto. Os braços dela estavam ocupados com uma confusão de tecidos.

— Ah, está acordada! O almoço já foi servido, e o chá também, sinto em dizer. Sr. Carter solicitou que a deixássemos dormir — disse ao depositar sua carga aos pés da cama sem nenhuma cerimônia.

— Sr. Carter? — Esfregou os olhos e suprimiu um bocejo.

— Vosso primo — explicou delicadamente.

— Sim, meu primo — afirmou, sem convicção.

— Ainda deve estar se sentindo muito cansada. — A jovem lhe ofereceu um sorriso compreensivo.

— Temo que jamais possa recuperar-me completamente — sussurrou, mais para si mesma.

— Não diga isso, amanhã já estará renovada, verá. — Balançou a cabeça em afirmativa. — Trouxe alguns vestidos de Srta. Carter, até que encomende novos. Tentamos lavar e consertar o da senhorita, enquanto dormia, mas infelizmente não houve meios de restaurá-lo.

— Está tudo bem.

Genevieve não tinha nenhuma intensão de rever o vestido, ele apenas lhe trazia memórias ruins.

— Deve servir, seus tamanhos são semelhantes. — A jovem pegou um dos modelos que estavam embolados na pilha sobre a cama. — A camisola lhe caiu muito bem, não é?

— Oh, sim. Fazia muito tempo que eu não trajava algo tão confortável.

— Muito bem. — Sorriu. — Deseja escolher alguns destes? Posso trazer outros.

— Não, esses são perfeitos.

Em verdade, as cores alegres não pareciam combinar mais consigo, Genevieve costumava usar tons azuis ou rosados; vestidos leves para o campo, porém algo dentro dela se apagou, de modo que se sentia inclinada a tornar-se mais uma que cederia aos tons sóbrios da moda inglesa; a Srta. Carter certamente era uma exceção por sua predileção vibrante.

A Dama do Luar: Bruxas Vitorianas [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora