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P.O.V Harry James Potter

Meu nome é Harry James Potter, mais conhecido como O-Menino-que-Sobreviveu. Fui criado pelos meus padrinhos desde os 13 anos, Sirius e Remus. Antes disso eu morava com meus tios trouxas e era feito de elfo doméstico, totalmente maltratado. Agora eu sou chefe dos aurores, tenho um relacionamento decadente com Gina Weasley e três filhos. Dois deles de 11 anos, James e Albus Severus, a mais nova tem 2 anos, a Lily Luna. Sou padrinho de Teddy, o filho dos meus padrinho, que estuda no primeiro ano em Hogwarts junto com meus filhos.

Você sequer pode imaginar a loucura que é nosso mundo, somos bruxos e ainda somos divididos em Alfas, Betas e Ômegas, o famoso mundo ABO. Nessa confusão toda eu sou um Alfa Lúpus Puro, resumindo são aqueles que podem se transformar em lobos de verdade. Mas não se engane, não existe apenas Alfas Lúpus, tem Ômegas também, que apesar de ter o lobo menor tem todas a restrições igualmente. Os ômegas da minha espécie apenas podem ser marcados e ter amor de verdade com o seu soulmate, assim como os Alfas só podem marcar e amar sua alma gêmea.

Essa coisa de ser Lúpus é toda a origem do meu problema e da minha dor de cabeça diária. A Gina é uma ômega normal, consequentemente não tem como ela ser minha soulmate ou meu verdadeiro amor e com isso eu não posso marca-la. Sinceramente, acho que ela já cansou dessa vida, de estar com alguém que não pode dar a ela um sinal de pertencimento, de ligação e a marca mais importante do nosso mundo.

- Não dá mais, Harry! Eu não posso mais viver assim. – Fui atacado com palavras de Gina assim que desci as escadas para tomar café da manhã. – As pessoas me tratam como puta, Harry. Dizem que me entreguei a você e nem me marcar você pode! Dizem que eu não tenho dono, então posso ser usada por qualquer um, eu não vou aceitar isso! Eu não quero mais viver assim, eu quero achar alguém que eu ame de verdade, que possa me marcar e que eu possa viver o sonho de estar ligada a alguém! – Ela despejou as palavras em mim com desespero.

Puxei ela para que se sentasse e a dei um copo de água. Coloquei ela deitada no meu colo enquanto eu fazia carinho. – Quero que realize seu sonho, Gina, não posso te prender comigo. Mas como ficam nossos filhos? – Tentei ser racional.

- Não quero eles. Não posso ficar com eles. Se eu quiser achar alguém, não posso ter filhos, você sabe que não vou ser bem vista se eu assumir eles. – Isso me tirou do sério, ela vai largar nossos filhos sem mãe?!

- Não esqueça que eles chegaram ontem de férias e estão no cômodo ao lado, Ginevra! Você vai abandonar nossos filhos?! Deixá-los sem mãe?! – Eu estava furioso, eu não estava ouvindo aquilo.

- Eles já não gostam de mim mesmo! Você pode cria-los sozinho! Agora eles são seus filhos. – Ela disse irritada, já levantando.

- Pega suas coisas e faz o que quiser, só não fica mais aqui! Vá embora, eu sequer consigo olhar nos seus olhos. – Bufei de indignação. – Precisa de alguma coisa? Dinheiro? Lugar para ficar?

- Não, minhas malas estão prontas, vou voltar para a casa da mamãe. – Ela abanou a varinha e aparatou sendo seguida pelas malas.

Foi preciso apenas ela sumir que meus três filhos correrem até mim chorando. Acolhi todos eles em meus braços, afagando-os e soltando meu cheiro para que se acalmassem com algo familiar.

Escutei um estalo de aparatação e vi meus melhores amigos correndo até nós e nos abraçando, apenas murmuraram um 'ficamos sabendo'. Eu fico feliz por ter amigos tão bons, que eu posso contar toda hora. Ronald é um ômega da minha equipe de aurores e Hermione é uma alfa que trabalha como Ministra da Magia, eles tiveram um lance no meio da guerra, mas eles acabaram resolvendo que ficam melhores apenas como amigos. Agora eles têm seus próprios relacionamentos, Mione com Pansy e Ron está saindo com Blaise.

- Pai, nós sabemos que você está cheio de problemas, mas precisamos te contar uma coisa. – Albus e James falaram juntos. Os dois são Alfas Lúpus, como eu. Albus é um sonserino e James um grifinório, apesar das casas diferentes eles são muito grudados, passam todo o tempo que podem juntos, é estranho eles me lembrarem a relação dos gêmeos Fred e George?

- Vão em frente, vocês sempre serão minha prioridade. – Falei carinhoso, secando as lágrimas dos olhos deles.

- Encontramos nossos soulmates. Eu sei que somos novos, que não passa de uma grande amizade... – James começou.

- Mas nós sabemos que são eles, só sabemos, não tem como explicar o sentimento. E achamos importante que você soubesse, mesmo que não tenha nada agora todos sabemos que quando crescermos não vai dar para resistir. – Albus completou.

Eu, Ron e Mione nos entreolhamos, eu sorri de orelha a orelha. – Eu estou feliz demais por vocês! Estou orgulhoso que tenham tomado a atitude de me contar. Mas não precisam ficar com medo, tudo vai acontecer na hora certa. Agora só preciso saber quem são, porque como vocês se reconheceram podem ficar doentes se ficaram muito tempo longe um dos outros.

- O meu é o Teddy, filho do Tio Sirius e do Tio Remus. – James disse primeiro e caindo entre nós fiquei super feliz de saber que é meu afilhado.

- O meu é meu amigo sonserino, ele chama Scorpius, filho de Draco Malfoy. – Albus sussurrou a última parte e se eu não tivesse audição apurada com certeza não teria ouvido.

- Filho do Malfoy?! – Quase surtei. Todos sabemos que Malfoy foi obrigado a se tornar Comensal, salvamos ele pouco tempo antes de receber a Marca Negra. Mas mesmo assim, depois da guerra o sobrenome dele foi rebaixado, tiraram muito dos bens que ele tinha. O Ministério nem ligou que ele era apenas um adolescente assustado que tinha acabado de perder os pais.

Eu não ligo para o sobrenome dele ou o que quase ele se tornou na guerra, eu só não consigo esquecer daquele menino que me insultava, zombava dos meus pais mortos e rebaixava meus amigos com as piores ofensas. Prefiro acreditar que aquele menino cresceu e que não pensa mais daquele jeito.

Vi Albus assentir, confirmando minha pergunta. – Bem, com o James vai ser mais fácil, sempre que quiser podemos trazer o Teddy aqui ou você pode ir para a casa do Tio Sirius e do Tio Remus. – Suspirei. – Agora com você, Albus, vai ser mais complicado. – Peguei um pergaminho e pena já escrevendo uma carta para Malfoy. – Espero que o Malfoy concorde em jantar conosco hoje. – O que eu não faço para ver um sorriso daqueles aparecer no rosto do meu filho.

Wolf - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora