ONE- SHOTS BRITTANA

Lua de Mel

Paris, França

Santana estava por cima de Brittany, passeando com suas mãos pelo corpo da loira sem pudor algum, estava excitada demais para se preocupar com bons modos. No momento ela só pensava em saciar sua vontade quase que incontrolável de tomar o corpo de Brittany para si.

Ela a amava e queria mostrar através da ação todo seu amor pela outra, estava tentada a não só exibir fisicamente esse amor, mas sim transcender esta barreira e exibi-lo de maneira que ultrapasse até mesmo seus sentimentos e emoções. Santana queria fazer o possível e o impossível, assim como Brittany também estava empenhada a fazer, a mostrar, a sentir e, além de tudo, a se entregar.

A noite seria longa sem dúvida alguma, mas a pressa e aflição não tinham espaço no presente, elas não estavam apreensivas a chegar ao futuro. O momento do agora era o que prevalecia e importava.

E com isso, de maneira lânguida e sensual Santana com uma delicadeza que antes não se fazia presente e, mais que isso, fora do usual começou a despir a loira abaixo de si. A cada pedaço de roupa retirado ela beijava a pele alva e macia de sua recém esposa como se fosse um objeto de extrema raridade e fragilidade. Seus lábios de encontro com a pele da outra os faziam formigar de excitação e contentamento, seu coração acelerado era prova de tamanha felicidade e é claro nervosismo, coisa que nunca deixaria de ter ao lado dela.

Brittany, assim como Santana, estava em êxtase completo, flutuava e se perdia nos olhos castanhos da morena que a encarava com fome e voracidade, nunca os deixando de fita-la. Pareciam imãs, tamanha atração. Seus olhos falavam mais do que sua boca convidativa permitia, nenhuma palavra ali faria jus ao que acontecia, apenas a conversa que seu olhares faziam era o suficiente para selar o que as letras em conjunto não podiam. E era o bastante.

O escuro do quarto as embalavam nesse ritual de paixão, apenas a luz da lua as banhavam naquele quarto de hotel na incrível cidade das luzes. Paris, doce, Paris.

Logo após a cerimônia, simples ao mesmo tempo sofisticada, de casamento, elas partiram para França aproveitando a lua de mel que tanto mereciam.

Naquele mesmo dia haviam ido fazer um passeio pelas ruas parisienses, a fim de conhecer um pouco mais daquela paisagem nova. Logo mais ao entardecer desfrutaram de um jantar muito bem arrumado com direito a luz de velas, tudo isso arquitetado pela criativa mente de Brittany Pierce- Lopez no alto de uma colina, na parte mais bucólica de Paris, onde o ar fresco fazia com que os longos fios das novas recém casadas dançassem conforme o vento quisesse.

Tudo ia conforme o planejado, assim que terminaram a deliciosa refeição foram rumo ao hotel que não era tão longe do restaurante em que se encontravam. As ruelas pouco iluminadas naquela parte da cidade davam um ar ainda mais romântico e misterioso, como se isso já não fosse possível.

Brittany com seu vestido preto que ia até seu joelho dançava e cantarolava pelo caminho, sua alegria chegava a ser palpável assim como a de Santana que a observava com um brilho no olhar mais forte que qualquer estrela que surgia no céu francês. A morena trajava um vestido, também como o de Britt, até o joelho, sendo que mais justo e de um tom mais forte de verde.

Ambas estavam, indiscutivelmente, lindas. E não era necessário muito para que isso acontecesse.

Entre risada e beijos roubados elas chegaram a porta do hotel. Era um hotel razoavelmente grande, suas paredes eram cruas, com os tijolos aparentes cobertos por ervas daninhas, o que dava um certo charme ao local. A entrada era majestosa em sua modéstia.

Como já era tarde, o lobby do hotel estava estranhamente silencioso diferentemente do normal aonde vozes e línguas de diversos cantos do mundo se uniam e formavam o mais distinto dos sons. Mas nada disso importava naquele instante, até preferiam que fosse assim, queriam aquele momento apenas para elas, o silêncio ali as confortava, queriam ouvir, apenas que brevemente, o bater do coração uma da outra. Queriam ouvir a respiração, movimento do peito a cada inspiração e expiração feita.