Mercado

12 1 0
                                    

Em 15min estávamos no mercado, talvez eu tenha andando um pouquinho rápido, e ela não reclamou, em alguns momentos me apertava mais forte mas nada de mais, assim que parei numa vaga, falei para ela descer e eu desci logo depois, assim que descemos o celular dela tocou, peguei minha mochila, guardei os capacetes, lá ia me despedindo mas ela fez sinal para que eu esperasse, ela acabou de falar no telefone e veio até mim.

Debora: Obrigado por me dar essa carona, e desculpa te apertar é que não estou acostumada a andar de moto - Disse sorrindo e pondo uma mecha do seu cabelo atrás da orelha, parecia meio sem graça, é a primeira vez que a vejo assim, chega ser estranho, mas não de forma ruim.

Eu: Que nada, e tudo bem sobre os apertos, melhor me apertar do que me soltar e cair, se me falasse que não tinha costume eu vinha mais devagar - Disse dando sorriso sem mostrar os dentes -  Eu vou indo, não quero demorar muito que hoje ainda tenho que assistir aula - Falei chegando mais perto para me despedir.

Debora: Primeira vez que te vejo demonstrar um sorriso longe do Diogo, por um momento até pensei que só ele conseguia te fazer ter tal reação -Disse parece que pensando alto, pois corou assim que terminou de falar e pôs a mão na boca como se não era para ter falado aquilo, eu não dou muita intimidade para as pessoas do meu trabalho, sou fechado na minha, o Di que é quem eu mais converso lá nem sabe que eu mudei, gosto de manter as coisas separadas, não falo muito da minha vida pessoal com ele. - Me desculpa eu fui indelicada, é eu tenho que ir no mercado também, minha mãe acabou de pedir para comprar um chinelo para ela porque o filhote que meu irmão deixou lá até aparecer alguém para adotar comeu o dela - Disse tudo num folego só e quando acabou lá ia andando em direção a entrada do mercado, essa menina é realmente louca da cabeça, pensei comigo.

Eu: Ei pera, não tem problema, não sou de rir muito lá no serviço mesmo, então entendo seu espanto, já que vai no mercado também vamos juntos, não vou demorar - Falei chegando perto dela, que olhou para mim com uma cara de interrogação mas só concordou.

Estávamos no mercado num silêncio entre nós dois, que se eu soubesse que seria assim teria deixado ela ir andando na frente, então resolvi puxar assunto.

Eu: O filhote que comeu o chinelo da sua mãe já tem nome? Qual a raça? - Perguntei enquanto ela escolhia um chinelo.

Debora: Não tem nome não, decidimos deixar sem para não criar laços já que ele esta para doação, lá em casa já tem animal de mais, e meu irmão não pode ficar com ele, ele é o único que sobrou dos filhotes da cadela do meu irmão, aposto que é porque ele tem cara de levado e é um. - Disse tudo olhando os chinelos, mDs que demora para escolher um chinelo.

Eu: Entendi, ele é qual raça mesmo? - Perguntei de novo já que ela não me respondeu.

Debora: Achei - Disse pegando um chinelo preto e pequeno ao meu ver, talvez por isso a demora, a numeração deve ser difícil de encontrar dele preto. - Ele é um boxer, muita gente pergunta porque não vendemos, mas não gostamos da ideia de vender amor, é o que esses filhotes representam para nós. - Falou ficando na mesma altura que eu e me olhando com um brilho no olhar. Talvez ela não seja como eu pensei, quem gosta de bichos tem um lugar no céu.

Eu: A sim, eu já quis ter uma, mas na minha casa mal cabe eu imagina um cachorro - Falei rindo imaginando eu e um cachorro daquele porte na minha casa - Vamos, eu só tenho que pegar mais uma coisa e vamos para o caixa - Falei seguindo para a parte que tinha uns acessórios para cachorros, peguei um brinquedinho que é um mordedor para filhotes, ele tem um material mais difícil de ser destruído, como eu sei disso?! Eu sempre quis ter um cachorro e já pesquisei bastante sobre coisas que ajudam a filhotes gastarem energia e relaxar.

Debora: Para que isso, achei que você não tinha cachorro? - Me perguntou curiosa

Eu: Não tenho, é para o seu filhote, ajuda ele a gastar energia e relaxar, com isso ele tende a parar de comer chinelos e coisas que não deve - Falei dando de ombros e indo para o caixa, a preta só me olhou e me seguiu, paguei minhas coisas e ela as delas, como eu que dei a ideia do mordedor eu que paguei, mas dei ela assim que saímos do mercado.

Debora: Eu vou indo, obrigado novamente pela carona e obrigado pelo mordedor, se funcionar eu te aviso - Disse logo me dando um abraço e um beijo na bochecha

Eu: Por nada, me fala sim viu, espero que ajude, até amanhã - Falei terminando de por minhas coisas no baú da moto e arrumando para sair.





Continua...

Transcendendo pelo mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora