Ex e atual

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Chegamos no mercado, fizemos a compra para a mãe dela, deixamos o carrinho reservado perto de um caixa e fomos comprar as coisas lá pra casa. Fizemos dessa forma por ser mais fácil de separar as coisas, conversamos sobre aleatoriedades até que Debora pergunta sobre minha família, eu só falei que era um assunto complicado e que em outro momento eu contaria a ela todo o role.

Acabamos as compras, pagamos, guardamos as coisas no carro, até que a lista da mãe da Debora não estava grande, mas eram coisas grandes e pesadas, a senhora gostava de comprar tudo em grandes quantidades. As minhas coisas foram bastante aproveitei que não estávamos de uber e comprei tudo que precisava de uma vez só, a única coisa que deixei para pegar depois foi a carne, gosto de comprar só quando vou fazer, não gosto de ficar congelando ou guardando muito tempo na geladeira.

Enquanto eu e Debora conversávamos no carro o celular dela tocou, na primeira ela olhou o numero, revirou os olhos e não atendeu, na segunda ela murmurou um que saco baixinho e desligou, na terceira eu falei com ela sem tirar os olhos da pista

Eu: Quem é? pelo jeito quer muito falar com você, acho melhor atender mesmo parecendo que você não gosta de falar com a pessoa

Debora: É só o infeliz do meu ex, não vou atender não, ele que vá para a merda, toda vez que esta sem ninguém vem me procurar, já me cansei dele - Falou nitidamente brava

Eu: Ok, se prefere assim - Falei encostando o carro, parei o mesmo e peguei o celular dela - Eu atendo para você - Falei aceitando a ligação, Debora só me olhou com os olhos arregalados

Eu: Pois não? - Falei no telefone

Ex da Debora: Quem é? Quero falar com a Debora, passa pra ela e rápido - Disse grosso

Eu: Sinto muito ela não pode falar agora, aqui quem fala é o namorado dela. Quem é, quer deixar recado?! - Falei o mais serio que consegui, Debora me olhava incrédula

Ex da Debora: Namorado??? Desde quando? Deixa eu falar com ela agora, fala que é o Hugo- Questionou bravo, consegui ouvir ele bufar no telefone.

Eu: Hugo meu caro é você, já ouvi falar de você, então cara não vai da pra você falar com ela agora e nem nos próximos dias, estamos bem ocupados, mas eu falo que você ligou, forte abraço ai cara - Falei e desliguei sem deixar ele responder, não aguentei e cai na risada olhando a cara da Debora de quem estava passada com tudo isso.

Debora: Namorado? Você é louco menino ? Não pode sair pegando meu celular e muito menos falando que é meu namorado, mas - Ela respirou fundo, eu parei de rir e a olhei - obrigado mesmo isso sendo uma loucura, aposto que esse escroto vai me deixar em paz pelo menos esse fim de semana, e depois eu vejo o que faço com ele - Disse e depois sacudiu a cabeça em negativo com um sorrisinho nos lábios sem mostrar os dentes.

Eu: Desculpa, só queria ajudar, não aguento macho escroto e pelo que o Di já me falou ele é um desses, como você, uma pessoa tão legal foi namorar esse babaca? - Quando percebi o que falei, vi que falei de mais - Não tem que agradecer, vamos? Podemos deixar as coisas lá em casa primeiro e depois deixamos as da sua mãe e o carro lá - Falei tudo em um folego só já dando partida no carro e indo em direção ao nosso bairro

Debora: Pode ser, de lá vamos beber em um lugar que conheço, já são 20hrs até chegarmos lá já vai ser umas 21hrs - Falou olhando no celular

Ficamos conversando aleatoriedades, chegamos na minha casa, ela me ajudou com as sacolas, aproveitamos para já limpar e guardar as coisas nos armários, fizemos tudo rapidinho e fomos para casa dela, lá íamos fazer o mesmo mas a mãe dela não deixou, quando já estávamos saindo da casa a Mara chama Debora

Mara: Filha lá ia me esquecendo de dar o recado, o embuste do Hugo ligou te procurando, falou que queria vir aqui amanhã, mas eu disse que você não estaria aqui, ele não pareceu nada feliz com isso e ainda me perguntou se você estaria com seu novo namorado - Falou a ultima parte me olhando

Debora: Obrigada mãe, ele me ligou mas eu não atendi aquele incompetente, mas o Thômas atendeu e falou que era meu namorado para vê se ele parava de encher o saco, se ele ligar de novo não atende, deixa que depois resolvo com ele - A expressão de Debora sempre muda quando o assunto era o Hugo - Tchau mãe, benção - Deu um beijo na mãe e foi saindo.

Eu: Tchau Mara até mais, fica com Deus - Dei um abraço na senhor e fui indo até Debora que já estava na rua

Mara: Deus te abençoe filha, se não for voltar hoje me avisa, se cuida. Tchau genrinho, cuida da minha menina - Falou dando tchau do portão, na hora que ouvi um genrinho me deu uma vontade de sair correndo, mas só finge que não ouvi e continuei andando.

Transcendendo pelo mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora