Super Gene 4

CAPÍTULO 613: OPORTUNIDADE

Han Sen reconheceu o som como pertencente ao pavão que encontraram antes, que havia recebido uma picada feia no rosto. Ele voou para muito longe depois disso, e eles não achavam que o encontrariam de novo tão cedo.

"Seus gritos são de dor e sofrimento. É por causa do veneno?" Queen perguntou, olhando na direção de onde vinham os gritos.

Se realmente fosse devido ao veneno, seria a oportunidade perfeita para os humanos derrubarem uma super criatura. O primeiro da história.

"Vamos descobrir!" O rosto de Han Sen estava vibrando de empolgação e ele parecia genuinamente feliz com a perspectiva. Se ele pudesse caçar uma supercriatura com o mínimo de esforço, mesmo que não recebesse uma alma de fera, comer sua carne seria bom o suficiente.

Eles se entreolharam e entenderam o que cada um estava pensando. A rainha ordenou que a grande baleia começasse a navegar na direção do pavão guinchante.

O pássaro gritou tão alto que parecia que poderia destruir a atmosfera. As criaturas ao redor parecem apavoradas, e aquelas que voam no céu parecem evitá-lo a todo custo.

Eles navegaram mais quarenta milhas antes de ver uma ilha no horizonte. Era surpreendentemente pequeno, não maior do que um recife saliente.

O pavão estava no recife com a cara podre. Estava vermelho com bolhas infectadas e pus e sangue escorriam de suas feridas.

"Deve realmente ser o veneno ainda fazendo sua mágica miserável", disse Han Sen, horrorizado.

Ele estava feliz que o pavão estivesse em tal condição, obviamente ainda lutando contra o veneno que o estragou. Mas ele estava preocupado se poderia ou não comer a carne, vendo como o veneno era eficaz e duradouro.

A rainha ordenou que a baleia parasse a uma boa distância do pássaro. Ela não queria entrar cegamente. E embora a supercriatura estivesse sentindo uma dor significativa, ainda era uma supercriatura. Eles podem muito bem não ser capazes de matá-lo, mesmo assim. Eles não tinham certeza de como o pavão estava doente, e provavelmente teriam um fim infeliz se marchassem sem uma pista.

"Ainda pode gritar muito. Provavelmente ainda está bem energizado. Talvez devêssemos esperar aqui alguns dias para ver como vai?" Han Sen sugeriu.

Quanto mais esperassem, mais fraco o pássaro se tornaria. Se eles iam arriscar suas vidas na tentativa de derrubar uma supercriatura envenenada, seria melhor fazer isso mais tarde do que antes.

Mas logo depois que Han Sen disse isso, o mar perto do recife começou a cuspir ondas de algumas dezenas de metros de altura. Uma criatura roxa gigante com pinças de metal saiu de baixo das ondas turvas. Seu alvo era definitivamente o pavão.

A lagosta roxa gigante estava de volta. Não tendo recebido nenhum benefício da ilha antes, parecia querer se vingar do pavão ferido que o havia intimidado anteriormente.

O pavão foi envenenado bem na cara e parecia que as toxinas haviam afetado seu cérebro. Não parecia tão inteligente ou reativo como antes. A lagosta já conseguiu prender uma de suas asas.

Era impossível para o pavão se livrar das garras da lagosta. Ele bateu as asas o melhor que pôde, mas não conseguiu escapar. Quanto mais ele se debatia, mais penas suas asas caíam.

O pavão ficou furioso. Ele abriu sua cauda de penas para revelar seus olhos azuis e inundou a área com sua luz azul inebriante. Assim como antes, a lagosta foi feita para parecer bêbada.

Parecia que a lagosta sabia que isso estava chegando, entretanto, ela continuou a manter o controle sobre a asa do pavão. Não importa o quão ferozmente o pavão tentasse repelir seu atacante, a lagosta não se soltou.

A casca da lagosta também estava dura demais. Não havia nada que o pavão pudesse fazer. Eventualmente, sua asa agarrada começou a sangrar, e plumas de penas dançaram no ar ao seu redor, amortecendo o mar violento.

Enquanto os dois monstros lutavam, Queen fechou os olhos e se virou para evitar os efeitos da luz azul.

Embora estivesse a uma boa distância deles, a luz era poderosa e se espalhou para longe. Olhar para ele por um segundo poderia deixá-los tontos e, no mar, havia a chance do Queen cair no mar e se afogar.

Han Sen parecia estar fazendo a mesma coisa, mas ativou seu gene lock. Com seus sentidos, ele nem mesmo teve que olhar na direção deles para observar tudo o que estava acontecendo.

"O pavão pode ser um inimigo extremamente poderoso, mas sob os efeitos daquela picada venenosa e da surra da lagosta, ele certamente deve estar próximo da morte", pensou Han Sen. Ele então começou a se perguntar como ele poderia se beneficiar dessa situação.

O recife começou a rachar e as ondas ferveram na turbulência do combate. O recife foi incapaz de sustentar o peso dos monstros e começou a desmoronar.

A casca da lagosta era obscenamente resistente, e a lagosta tentou arrastar o pavão para as profundezas salgadas com suas pinças. Tudo o que o pavão podia fazer era continuar a bicar a casca, sem sucesso.

Embora o pavão estivesse resistindo, um colapso do recife significava uma sepultura de água garantida para ele.

"Como é que aquela lagosta também não foi envenenada?" Han Sen pensou consigo mesmo.

Mas vendo o que estava acontecendo, foi uma boa coisa que eles não se precipitaram para atacar como inicialmente pensaram. Se não tivessem ficado para trás, poderiam ter sido mortos pela incursão da lagosta.

Estrondo!

Três horas depois, o recife desabou e o pavão afundou com ele.

Embora o pavão continuasse a emitir seus feixes de luz sonolenta, não era tão eficaz quanto antes. Não afetou tanto Han Sen e Queen.

Queen se virou e olhou para o mar. Ela viu o brilho fraco de uma luz azul e um mar que enlouqueceu com a surra selvagem do pavão. Grandes ondas colidiram umas com as outras, acima de onde afundou até o seu fim inevitável.

"Que criatura horrível. Teria sido muito difícil para nós lutar contra ela", disse Queen com um suspiro.

"Teria sido impossível para nós matá-lo, sim. Mas agora temos uma chance." Han Sen observou as ondas inquietas com olhos gananciosos.

Eles podem não ter conseguido matar o pavão envenenado, mas ele foi atacado pela lagosta e arrastado para o fundo do mar. Ele iria morrer, não importava o que acontecesse. Talvez esta fosse sua oportunidade de uma morte fácil.

Mesmo assim, Han Sen não ousou tentar roubar a presa da lagosta diretamente. Ele não tinha força e sabia disso.

Mas se ele fizesse isso rapidamente, havia uma chance de receber a alma da besta.

"O que você está fazendo?" Queen franziu a testa enquanto olhava para Han Sen.

"Espere aqui, ok?" Depois de falar, Han Sen mergulhou rapidamente no mar.

A raposa prateada ainda estava no ombro de Han Sen. Ele usou as patas para agarrar seu pescoço e mergulhou com ele.

Como os dois monstros ainda estavam girando no mar, as correntes subaquáticas eram um pouco imprevisíveis. De vez em quando, Han Sen era enviado girando devido a flutuações loucas no fluxo. Ele realmente achou difícil nadar direito.

Foi uma sorte que ele pudesse respirar debaixo d'água. Por causa disso, ele não precisava ter medo de se afogar. O único problema era o fato de que ele estava nadando mais devagar do que gostaria.

A lagosta fazia o possível para arrastar o pavão para os recessos mais profundos do mar. Embora o pavão tenha tentado resistir, foi inútil. A lagosta estava conseguindo seu caminho, e cada vez mais fundo eles iam.

Han Sen perseguiu as duas criaturas nas águas mais escuras. Ele observou o que estava acontecendo atentamente, aguardando a oportunidade perfeita para atacar.

Embora o pavão não tenha sido bem sucedido em batalha subaquática, ele chutou razoavelmente bem. Não parecia que seria morto pela lagosta tão cedo.