꒰ Capítulo 20 ꒱✎ Crime

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⁞ '✎ 𝐏𝐎𝐕 𝐒𝐀𝐋 𝐅𝐈𝐒𝐇𝐄𝐑

Ela me olhou com um sorriso no rosto, eu segurava uma faca e ela tinha um sorriso gentil em seu rosto. Suas mãos deslizaram sobre meus cabelos e ela me puxou para perto me abraçando como se fosse uma despedida, eu não podia matá-la e ela não podia me denunciar. O sangue por todo o meu corpo, minha máscara prostética caída no chão e todos os moradores do apartamento se encontravam mortos...

— Está tudo bem... Eu prometo um dia te tirar daqui.— ela sussurrou.

Não podia matá-la... Ela estava na minha frente, mas eu me recusava, era uma dor insuportável.

— Eu... Me desculpe... Por favor!— chorei sentindo minhas mãos trêmulas deixaram a faca cair no chão.

— Você não teve escolha...— ela falou, sua voz era calma e falhava as vezes.

O som da sirene pode ser escutado agora, [Nome] me pegou pela mão e começou a me puxar para as escadas de emergência, mas com um sorriso fraco eu a olhei de forma triste.

— S-Sal?... O que vo...— interrompi ela com um beijo, sem malícia mas intenso.

Ela ficou confusa mas correspondeu.

— Eu te amo! Não me esqueça, eu vou sair dessa.— falei e vi lágrimas escorreram por seu rosto.

— P-Por favor! Não! P-Podemos sair dessa! Travis irá nos ajudar!— ela implorou, e eu neguei lentamente com lágrimas mais intensas.

Empurrei ela da janela onde eu sabia que teria um grande arbusto, minha última visão por suas mãos na minha direção como se ela quisesse voltar para o meu lado, seus cabelos voando com o vento que passava e suas roupas de movendo junto, com suas lágrimas fazendo uma leve trilha por onde ela caia e o seu rosto em busca de acolhimento e medo, não medo da altura ou da queda, mas medo do que poderia acontecer daqui pra frente.

— Eu também te amo...— fiz uma leitura de seus lábios e depois ela sumiu do meu campo de visão embaçada pelas lágrimas.

Eu me sentei no chão encostando minhas costas na parede e colocando as mãos na cabeça enquanto as lágrimas caiam de forma frenética.

Eu me sentei no chão encostando minhas costas na parede e colocando as mãos na cabeça enquanto as lágrimas caiam de forma frenética

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⁞ '✎ 𝐏𝐎𝐕 [𝐍𝐎𝐌𝐄] [𝐒𝐎𝐁𝐑𝐄𝐍𝐎𝐌𝐄]

Senti meu corpo bater em alguns galhos e folhas do grande arbusto que Sal me jogou, eu pude ver a dor, culpa e a tristeza em seu olhar em aqueles segundos de câmera lenta da minha queda. Fiquei alguns minutos nos arbusto até ouvir os policiais me chamando mas minha visão estava embaçada pelas lágrimas e eu não conseguia me concentrar em suas vozes por causa da minha dor nos ossos das costas. A ambulância chegou e os policiais me levaram até os enfermeiros que me colocaram na maca da ambulância e fui direto para o hospital. Comparando que eu caí do quinto andar, a queda foi tranquila com o arbusto para me deixar menos dolorida, mas mesmo assim seria eu devo ter fraturado ou machucado algo.

⁞ '✎ 𝐏𝐎𝐕 𝐓𝐑𝐀𝐕𝐈𝐒 𝐏𝐇𝐄𝐋𝐏𝐒

Parei de correr e apoiei minhas mãos sobre os meus joelhos, respirei fundo na tentativa de regular minha respiração, eu havia corrido muito até chegar no local onde [Nome] se encontra hospitalizada.

— Q-Quarto...201...— falei ainda ofegante.

[Nome] se encontrava dormindo, com a respiração regulada e calma, mas em seu rosto ela mostrava uma tristeza incomum.

— Acho melhor eu voltar amanhã de manhã...— falei baixo.

Me sentei na cadeira do lado de fora do quarto e soltei um suspiro triste ao ler a notícia de que Sal foi preso.

[...]

Em plena manhã, as 7h30 da manhã com um frio comum e o sol iluminando toda a cidade. Levei minha mão direita até a maçaneta da porta branca e abri tendi a visão de uma [cor do cabelo] sentada na cama de hospital, com os seus braços e as pernas enfaixadas, bolsas de soro ao seu lado e travesseiros deixando suas costas em uma posição mais confortável. Seus olhos sem vida, profundos e vazios encaravam a tijela de cereal a sua frente, sem nem ter comido nada, apenas encarando.

— [Nome]? Desculpa a demora, o trânsito estava ruim hoje.— falei deixando a chave do carro na mesinha do quarto.

Sim. Eu sei dirigir igual ela. Nós dois temos carros separados, mas só usamos eles quando necessário.

— Bom dia!— falei abaixando a cabeça na sua frente, assim chamando sua atenção.

— Bom dia...— sua voz saiu fraca.

Soltei um suspiro longo e pesado.

— Não quer comer? Olha, parece uma delícia.— falei pegando a colher que se encontra ao lado da tijela.

Mergulho a colher na tijela de cereal colorido com leite e levo em direção a sua boca, ela me olhou com uma cara confusa e ao ver que eu não iria desistir ela abriu a boca deixando eu colocar a colher com a comida em sua boca, fiz esse mesmo processo até o cereal acabar e ela deitar um pouco mais as costas.

— Licença.— a enfermeira apareceu e pegou a bandeja com a tijela de cereal e a colher.

— Travis...— ela me chamou, com sua cabeça abaixada e seu rosto sendo tampado por seu cabelo [cor].

— Huh? Sim?— a olhei confuso.

— Você... Acredita em mim?— ela perguntou de repente.

— Acredito. Por que?— perguntei confuso.

— Se eu te contar algo... Vai continuar acreditando em mim e nele?— ela hesitou citar seu nome.

— Sim.— falei e engoli em seco.

[...]

— Eu... Não sei o que falar.— falei me sentando na cadeira do quarto.— Mas...

Ela me olhou esperançosa.

— Eu acredito em você e no Sally. Sempre vou acreditar, [Nome]...— sorri fraco e pude ver lágrimas se formarem em seus olhos.

— Obrigada...— ela sorriu entre as lágrimas.

𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐒 ━━ 𝐒𝐚𝐥𝐥𝐲 𝐅𝐚𝐜𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora