De Corpo & Alma
Só que para Angel e Jadde tudo era um pouco mais complicado e estranho. E foi justamente sob a luz das estrelas que ambos se avistaram, pela primeira vez, com um simples olhar e um leve toque ambos tinham a certeza de pertencerem um...
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— Se não se entregar verdadeiramente, não saberá o real sentido do amor. Errar em relação a pessoas é natural, mas não se pode julgar um livro pela capa. É preciso mergulhar de cabeça e não negar os sentimentos, assim poderá provar de viver uma grande paixão. Está realmente preparado para isso Angel?
Antes que pudessem abrir meus lábios de novo sua luz me cegou de um modo assustador, assim que consegui abrir meus olhos de novo, estava em pé no centro do jardim.
Mas percebi terra em meus joelhos sendo levadas embora pela intensa chuva que começou a cair. E Jadde onde estava ela, corri de volta para a floresta a encontrando-a tentando se proteger da forte chuva e completamente molhada.
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Todas as tardes eu corria. Aliás, corro sempre faça sol ou faça chuva. Corro religiosamente todos os dias por volta das seis horas e cinquenta minutos às sete. Sempre é bom, pois alivia o estresse e a tensa do dia. Prazeroso e me deixa mais calma no outro dia. Conviver com Angel e sabendo de tudo que vivemos e sentimos um pelo outro está sendo a coisa mais louca e estranha que já fiz em toda a minha vida. Percorro um trecho de duas horas caminhando. Destas duas, ando trinta, corro uma e trinta, e caminho novamente. Diversas pessoas cruzam meu caminho nos dias de semana, mas hoje por ser fim de semana quase não tem ninguém. Mais homens que mulheres é claro. O local é belo, repleto de árvores, e sem querer fazer trocadilhos, até ipês-amarelos! Muitos pássaros cantam, e confesso, me encantam... Enfim, cenário perfeito para o bem estar. Campos de Jordão é lindíssima com certeza.
Uma estranha luz me fez ir para o outro lado invés de seguir em frente, estava curiosa. Parecia que diversas vozes falavam ao mesmo tempo. Fiquei abismada e um pouco em pânico, mas algo me mandava seguir em frente.
Naquela tarde de sábado tudo parecia estar diferente. Saí da mansão e o tempo não estava aberto, meio nublado. Caminhei... Avançando pelo caminho habitual alcancei a estrada central da pequena floresta que circula o lago, o tal cenário perfeito de que tanto falo. Perfeito por não ter praticamente carro algum a cruzá-la, é um trecho histórico, portanto mais fechado. Todavia eu estava me preocupando... Creio que os costumeiros passantes que por ali se exercitavam não haviam ido, visto que o tempo de nublado já se mostrava negro.
