"Entre oceanos e tempestades"

Dia 1: Navegando pelo oceano

“O vento fresco daquela manhã era forte e de fato, resistente, a brisa que batia em seu rosto e em seus cabelos ruivos, era relaxante e inspiradora. Por fim, abriu seus olhos verdes hipnotizantes, olhando para o horizonte e escutando o som das ondas batendo contra o navio, gaivotas voando e passos altos. Depois de sete dias em alto mar, a capitã Elisa Stanley e sua tripulação de piratas acabará de pisar terra firme, chegando à mais uma cidade nova, para explorar e saquear.”

—Meu plano é sair com um roubo limpo e rápido, rapazes. — Disse olhando para a tripulação que havia descido do barco

—Capitã, o que acontece se os guardas chegarem até nós? — Perguntou um de seus homens, um pouco apreensivo.

—Bom, novato...Eu não me importo de sujar as mãos com um pouco de sangue, apenas desmembre qualquer um que ousar intervir. — Respondeu com uma mão atrás da nuca

“Ela olha para o vilarejo, não parecia ser uma cidade cheia de riquezas à primeira vista, e faz um sinal para o grupo se separar em partes iguais e saquear alguns pontos caros do lugar. Elisa ficou com seu braço direito: Sadie Morris e foram até um bar próximo, que parecia ser bastante frequentado. Sadie arromba a porta com facilidade, fazendo um grande barulho que chama a atenção de todos que estavam lá dentro, então as duas adentram o local já com suas armas nas mãos apontando para os moradores.”

—Ótima manhã, senhores. Vocês não acreditam em que acabou de chegar da América...

“Finalizou sua frase com uma risada interna, se aproximando do balcão junto à Sadie, o dono do bar estava pálido de tanto medo e se tremia todo o segurando o copo cheio de cerveja. Assim que Elisa se senta à sua frente, ele ainda tremendo entrega o copo para a mesma, que o segura e o levanta para uma tentativa de brinde, os outros clientes reconheceram e levantaram seus copos também e logo voltaram à beber em silêncio. Saída continuava em posição de ataque próximo à Elisa, pronta para atirar ou esfaquear alguém assim que recebesse sinal para isso.”

—Eu soube que o príncipe retornou pro reino, acho que houve um desentendimento na viagem de negócios... — Sussurrou um dos clientes perto do canto da parede

—Acho que ele voltou para vigiar a coroa de diamantes e as jóias da rainha... — Retrucou o outro cliente meio apreensivo

—Espere aí... Eu ouvi "coroa de diamantes"?

“Mesmo com sussurros tão discretos, Elisa acabou por escutar a conversa dos rapazes e ficou surpreendida sobre o que se tratava. Tomou o último gole da sua cerveja e afastou seu banco do balcão para se levantar, ela faz um sinal com a cabeça pro lado olhando para o dono e depois para Sadie, que pula pro outro lado e começa a pegar todo o dinheiro que estava em uma gaveta atrás do balcão, enquanto Elisa se aproximava com curiosidade daqueles clientes do canto da parede com sua postura firme e olhar sério.”

—De qual príncipe estão falando? — Perguntou em um tom alto

—E-Ethan. Ethan Flin... ele é do Reino das Á-Águas Claras, é muito bondoso e muito rico... — Respondeu o sujeito ao lado da parede

—Eu também ouvi falarem sobre jóias e uma coroa... — O pressionou arqueando a sobrancelha

—A c-coroa de diamantes da rainha Flin? É impossível chegar perto dela, o príncipe a mantém sob total vigilância, assim como o resto do castelo, é uma missão suicida!! — Afirmou o outro sujeito

—Me digam qual caminho mais rápido para chegar até esse reino se não quiserem morrer. — Disse com uma expressão séria, olhando para os sujeitos

“Eles se calam por um minuto, até pensaram em relutar, mas não teriam escolha de qualquer jeito e assim começaram a falar detalhadamente sobre o percurso apavorados. Até que Sadie a chamou mostrando a bolsa cheia de dinheiro e apontando a arma para a cabeça do dono do bar, ela o olhou e abriu um sorriso amarelado, já estava na hora de ir embora.”

—Sadie, acho melhor nos apressarmos... — O sorriso satisfatório que esbossava em seu rosto já dizia tudo.

—Viagem dourada, capitã? — Pulou para o outro lado do balcão curiosa

—Vamos até Águas Claras. — Finalizou de uma forma que pareceu confiante.