Dia 3

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“Todos os tripulantes enxergavam aquele lugar com um grande brilho nos olhos, era enorme e cheio, uma pequena ilha. As pessoas pareciam adorar festas, já que todas eram tão animadas e elétricas. Metade deles haviam se separado e preferiram saquear por lugares escondidos, para não serem reconhecidos, exceto Elisa, que decidiu explorar outro lugar...

“Escalando a parte de trás do castelo, em um ponto cego para chegar à uma das janelas abertas que havia visto lá embaixo, estava Elisa, desde pequena tinha o costume de ficar escalando muros ou subindo nas árvores mais altas. Já fazia um tempo que não precisava repetir isso, mas, conseguiu chegar até à janela sem ter se distraído pelo menos. Suspirou, cansada, sua respiração estava um tanto acelerada. E então deu uma olhada, se encontrava em um quarto arrumado e cheio de especiarias, enquanto dava pequenos passos, um pensamento chegou à sua mente.”

—Será que a coroa da rainha pode estar escondida aqui?

“Improvável, correspondeu seu próprio pensamento balançando a cabeça em negação, seria óbvio demais se algo tão raro estivesse naquele quarto nobre. Talvez estivesse em outro canto, um cômodo diferente. De repente, escutou um ruído, era o barulho da porta rangendo ao ser aberta, em questão de segundos, Elisa se joga no chão e rola para a parte debaixo da cama de casal antiga. E alguém adentra o quarto e ela consegue ouvir uma voz um tanto masculina.”

—Quanta pressão pra uma manhã só...

“A pessoa respira fundo e fica em silêncio um pouco, talvez estivesse pensando. Era possível vê-lo andando de um lado para o outro no quarto, Elisa continuava em silêncio, uma pena sua alergia à poeira não ter colaborado na hora...”

—Atchim!

“A pessoa parou de andar ao escutar o espirro dentro do quarto, procurava saber de que quanto tinha vindo.”

—Merda... “Disse em pensamento.

“Elisa cobre o rosto com sua mão, torcendo para que aquela pessoa fosse apenas um subordinado ou ninguém importante, caso fosse encontrada, poderia subordinar o sujeito.”

—Será que já foi embora?... Disse em pensamento.

“Se assustou ao ver que sua perna havia sido puxada para o lado de fora e milhares de xingamentos vinham à sua mente com seus olhos fechados, por quê tinha inventado de fazer isso? Enfim, mesmo ferrada, teria que tentar sair daquela situação, abriu seus olhos devagar e enxergava aquela figura masculina, um rapaz moreno com olhos castanhos instigantes, bem arrumado e esboçando uma expressão de quem fosse exigir explicações.”

—Quem raios é você?

—Eu...eu...

“Virou o rosto pro lado e a primeira coisa a ver era uma vassoura atrás da porta, por fim, chegou uma ideia à sua cabeça.”

—Sou filha de um dos...subordinados que trabalham aqui...é! Eu estava limpando esse quarto...

—Ah, é? Então o que fazia embaixo da cama?

—Meu brinco caiu e foi parar embaixo....

“Se levantou sozinha e foi até a atrás da porta pegar a vassoura, assim, começando a varrer o chão sem olhar para o rapaz.”

—Eu não conheço você, é filha de qual das pessoas que trabalham aqui? E qual seu nome?

—Por que eu falaria meu nome para um estranho?

—Certo...primeiramente, a única pessoa estranha aqui é uma louca que invadiu meu quarto para espionar e que mal sabe varrer um chão!

—Eu não sou louca, e eu sei varrer um chão, seu sujeitinho estúpido!

“Os dois se olham por um minuto, trocando olhares, até o sujeito começar a falar novamente.”

—Se não me contar quem você é, vou ser obrigado a chamar os guardas...

—Meu nome é...Candice, é...Candice Willis

—Certo..."Candice", agora, por que não me diz...

“Se aproxima fazendo um gesto amigável, a olhando da cabeça aos pés, finalizando.”

—O seu nome de verdade? Não pense que pode me fazer de idiota.

—....

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⏰ Última atualização: Sep 10, 2021 ⏰

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"Entre oceanos e tempestades"Onde histórias criam vida. Descubra agora