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Nunca vi uma fada. Mas sei tudo sobre elas, o quanto são belas, mentirosa, traiçoeiras, e mesmo assim estou prestes a entra em seu covil
Eu nunca vi uma fada, contudo isso vai mudar.

Depois de dois dias da emboscada que sofremos, a comida de Domun encontra-se escassa. Com medo da fome tudo que nos sobrou foi ir ao encontro do antigo fornecedor, uma fada exilada que montou um pequeno exército com outros de sua espécie que não concordam com o governo de seu rei.

Mera é eu fomos enviadas para conseguir mantimentos, dessa vez sem um roubo na penumbra da noite, nos faremos uma troca.

Fadas adoram barganha, trocas, possuir o que já foi de alguém, de preferência algo velho.

Quando eu era criança e papai contava histórias sobre fadas, eu imaginava será pequenininhos e com belas e frágeis asas.
Imagine minha decepção, ao entrar no acampamento e ver soldados de tamanho normal é sem asas, fortemente armados e nos olhando com tudo menos hospitalidade.
Tento esconder meu olhar de decepção.

- Você não achou mesmos que elas seriam pequenas e fofas? - Mera sussura ao meu lado com sarcasmo, a ignoro.

Durante o caminho para o centro do acampamento - onde o a tenda do líder fica - alguns dos habitantes locais nos seguem fazendo caretas ameaçadoras, forço meus ombros a não se encolheram, lembro do conselho que Guerda deu.
" Não exite, eles podem sentir o seu medo. "

Ao chegar no nosso destino posso ver o mandante, exatamente como James o descreveu. Pele branca e pálida, madeiras ruivas caíindo na lateral de seu rosto, roupas coloridas e extravagantes e por fim uma camada de sombra vermelha ao redor de seus exoticos olhos verde limão.
Ele está sozinho sentado em uma mesa com três cadeiras, tomando o que parece ser chá.

Olho para mera e ela me dá um pequeno assento com a cabeça em sinal de apoio.
Ando com máximo de determinação até ele com mera logo atrás de mim e me sento.

Ele levanta a cabeça de sua chicara e nos observa sentadas em sua frente.

- Ao que devo a honra de sua visita? - ele pergunta com uma sombracelha arqueada olhado diretamente pra mim, ao que parece ele já está familiarizado com Mera, Guerda me disse que que ela é James que vinham fazer a transação. Sua voz é doce e rouca.

- Vim barganha em troca de suprimentos - digo a ele, tentando parecer o mais formal possível.

- Que eu saiba Domun não tem nada mais que eu queira possuir. - ele diz com zombaria, mas sem tirar o seu falso mas convincente sorriso. Ele serve uma chácara de chá e a empurra em minha direção fazendo um ruído sobre a mesa improvisada de madeira.

- As coisa mudaram - O informo com cinismo.

Levo a chicara ao meu nariz para sentir o aroma.

- Chá de belladona, o meu favorito, - ele anuncia antes que eu possa distinguir o cheiro, Mera fica rígida ao meu lado, pronta para nós tranportadora de volta a Domun. No olhar de nosso estimado anfitrião vejo um desafio, é eu o aceito levando a chicara aos meus lábios e bebendo o líquido arrocheado de uma só vez, o sabor é amargo e temo que fique empreguinado em meu paladar.
Beladona é venenosa para todas as espécies menos fadas, - O povo que cultiva a grande parte da erva - para os Militibus são mortais, nosso único ponto fraco. Nos campos de batalha os inimigo banham suas flechas com o veneno e atiram contra o povo, essa técnica venceu muitas Guerras.

Todos ao redor soltam um suspiro, mesmo aqueles que fingem que não estão observando.

- Que espécie você é? - O líder indaga com claro curiosidade.

- Nenhuma que você conheça, - respondo.

Mera continua calada ao meu lado em silêncio, é estranho está no mesmo ambiente que ela e não ouvir sua voz irônica e sarcartica.

- Bem, vieram aqui para uma troca, o que vocês têm para mim, - Ele pergunta mundandando de assunto, como se nada tivesse acontecido.

Tiro um pequeno vidrinho cheio de sangue de minha bota e levo para ele me inclinando levemente sobre a mesa mas voltando ao meu lugar rapidamente.

- Sangue? - ele pergunta como se tivesse ofendido. Posso ouvir uma gargalhada não muito longe daqui.

Não a nada mais importante em nosso mundo do que sangue. Algumas pessoas o bebem para se sentirem fortes, outros como um símbolo do poder, para fazer laços e juramentos, já as fadas bebem por puro prazer.

- Tem que ser de um unicórnio para valer o meu tempo, - ele murmura como uma criança mimada que não ganhou o quequeria, tento não pensar em como alguém tem coragem de machucar criaturas tão puras como unicórnios, pelo menos ele tirou aquele sorriso do rosto.

Ele tira a tampa e leva o pequena recipiente ao nariz, ele inspira levemente, em um curto período de tempo ele arremessa o recipiente na neve derramando todo o líquido avermelhado sujando o branco do chão.

- Onde conseguiu isso?! - ele indaga nervoso, elevando seu tom. Seis homens ao redor pegam as armas mais próximas entusiasmados para obter um pouco de briga. Bárbaros.

Mera olha pra mim com uma pergunta silênciosa em seu rosto, sorriso minimamente, isso parece acalma la.

- É meu.

- O que você é?- ele pergunta mais uma vez.

- Me conhecem por muitos nomes. - não sei se seria sensato contar a ele. - Vamos embora, já que recusou nossa oferta. - falo já me levantando, tentando evitar um confronto.

- Sugadora de almas.- eles sussura e depois gargalha, sento novamente. - Eu já provei o sangue de todas as espécies vivas menos o seu. - ele admite, ainda sorridente, porém dessa vez um de verdade com direito a dentes brancos e brilhantes.

- Achei que estivesse com o rei. - ele comenta entretantanto posso ouvi a pergunta em sua voz.

- Nunca estive com o rei, - digo interessada em sua história.

- Não é isso que ele diz. Foi por isso que meu povo não entrou em guerra, - a revolta em seus olhos pela mentira me assusta.

Uma ideia se assende em minha mente.

- Jure lealdade a mim, - a frieza em minha voz mostra o quanto levo a serio meu pedido. Mera solta um suspiro pesado.

- Por que eu faria isso? Você pode muito bem está me enganando. - ele acusa e eu bufo.

- Você ouviu as lendas, sabe do que sou capaz, cheirou o meu sangue e poderia muito bem tê-lo provado. Não tenho prova maior que essa.

Ele pensa por um instante, até que leva sua mão esquerda para a direita e rasga sua palma deixando que o sangue dourado apareça, três gotas caem na mesa antes que ele estique a mão sangrando em minha direção. Faço o mesmo com minha mão e a levo em direção a sua grudando nossas palmas, misturando nosso sangue.

- Eu Deucalion, líder desse acampamento, exilado do Reino das Fadas juro lealdade a você. - ele diz, quando separamos as mãos ele curva a cabeça em reverência.

- Os suprimentos estaram lá pela manhã. - ele diz ja em pé, me levanto para ficar de uma altura próxima da dele, Mera me segue.

- Freya, - digo a ele, já que não nos apresentamos devidamente.

Viro de costa e vou pelo mesmos caminho que vim para chegar aqui. Quando estamos longe o suficiente Mera nos teletransporte de volta a Domun, na sala de reunião onde os outros nos esperam.

- Você foi muito bem!- Mera comemora.

Antes que os outros possam levantar de suas cadeiras me curvo e jogo pra fora toda a comida em meu estômago já dolorido pela ansiedade.

- E lá se foi todo progresso.






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⏰ Última atualização: Jul 18, 2021 ⏰

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