007 - Seven minutes in paradise

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E L I Z A B E T H
C O O P E R
007: Sete minutos no paraíso

Hoje é o dia da festa da Cheryl. Todos os anos ela dá uma festa no mesmo dia para das as boas vindas aos alunos novos e comemorar a volta das aulas.

Chegando na Thornhill, fui direto pegar uma bebida. Veronica disse que ia falar com Reggie e me largou sozinha. Fui procurar alguém conhecido. Cheryl estava fora de cogitação, aquela casa era enorme e ela deveria estar mandando alguém sair do quarto dela ou pararem se quebrar as coisas no banheiro.

Avisto Kevin entrando com uma cara de peixe fora d'água, logo vou me grudar a ele já que ele não conhece ninguém e se eu não ajudar ele a se enturmar, provavelmente ele vai me xingar amanhã

— Ei, Kev! — vou abraçar ele

— Aí, graças a Deus você está aqui. Já ia dar meia volta e ir embora — fala aliviado

— Deixa de bobagem, Kev. Todo mundo é de boa, você vai se enturmar rápidinho — digo

— Ah, claro. Um bando de adolescentes lindos e cruéis que julgam todo mundo devem ser bem de boa mesmo, Elizabeth

— Para de drama, menino — falei rindo

— Tá bom, tá bom... Cadê o Deus grego do sexo? — pergunta varrendo a sala com os olhos

— Quem? — me faço de desentendida

— Jughead — explica

— Ah, não sei, acho que não chegou ainda — falo — E como você sabe que ele é um Deus do sexo?

— Ah, então você sabe? Já transou com ele, Elizabeth? — pergunta arqueando as sobrancelhas

— O quê? Não! Tá maluco? — ralho

— Bem que você queria

— Não queria não — tento o convencer

— Negação é o primeiro sinal de que você quer mas está tentando se convencer de que não. É triste mas eu entendo, amiga

— Eu não estou tentando me convencer. Eu sei que eu não quero transar com ele

— Transar com quem? — Verônica surge atrás de nós

— Ninguém — falo rápido

— Jughead. O seu amigo, aquele gostoso — Kevin fala ao mesmo tempo

— Aí, obrigado, migo! — Jughead aparece do nosso lado

— Ok, da onde vocês estão surgindo? — pergunto

— De nada, bixa! — Kevin me ignora e continua a conversa com Jughead

— Você viu a Cheryl? — pergunto voltando minha atenção a Veronica

— A última vez que eu vi, ela estava gritando com uns alunos do primeiro ano que tentaram entrar de penetra — explicou rindo

— Vou tentar achar ela — aviso

Subo as escadas, indo em direção ao quarto dela mas não tinha ninguém lá. Passo o olhar pelo corredor, tentado achar a ruiva, vejo ela de longe e vou até ela. Chegando lá, pude ver que ela estava beijando alguém. Mais especificamente, aquela menina que ela viu no Pop's aquela dia. Ela realmente consegue tudo o que quer.

Volto pra sala o mais rápido possível pra que elas elas me vejam, não quero atrapalhar a pegação. Avisto Veronica e Jughead conversando em um canto e me aproximo deles.

— Ei, Jughead — o chamo — Qual o nome daquela menina que tava com você no Pop's aquele dia?

— Toni — responde e logo se dá conta de que eu estava observando ele aquele dia — Você tava prestando atenção em quem estava na minha mesa? Isso é obsessão, Cooper — sorri debochado

— Deixa de ser idiota, Forsythe — reviro os olhos

— Vou deixar o casal brigar a sós — Veroniva fala e vira as costas pra sair

— Você, fica — puxo ela de volta

Antes que ela pudesse contestar, Cheryl sobe em cima da mesa de centro da sala, atraindo toda a atenção sobre ela

— Agora a festa vai começar — fala alto sorrindo diabólicamente — Sete minutos no paraíso. Quero todo mundo na roda. Agora

Todos nos juntamos numa roda no centro da sala com uma garrafa no meio que indicaria quem entraria no armário.

— Bom, como bons adolescentes americanos, já devem conhecer o jogo então vou poupar explicações. Vale tudo dentro daquele armário, com o consentimento de ambos, obviamente. Que comece a diversão — falou com um sorriso no rosto

A garrafa virou e parou em Veronica e Reggie. Ambos sorriram maliciosamente e se levantaram

— Não façam nada no meu armário — Cheryl dita

— Você disse que vale tudo —Veronica fala enquanto caminha puxando Reggie

Depois de sete minutos, eles saem como se nada tivesse acontecido. Cheryl gira a garrafa mais uma vez e para em mim, sigo com o olhar para onde a garrafa estava apotando e Jughead estava me olhando com um sorriso de lado e com as sobrancelhas arqueadas, provavelmente se perguntando se eu ia mesmo fazer isso

— Vai vir ou não, Forsythe? — pergunto de pé olhando pra ele

— Não perderia uma chance como essa — se levanta e me segue até o armário

— Isso vai ser divertido — a ruiva fala com um sorriso no rosto e logo tranca a porta

— Você tá linda com esse vestido — aponta pra minha roupa

— Você não precisa ficar falando isso só porque te contei minhas inseguranças no meio de uma crise de choro, mas obrigada

— Não tô falando isso por causa das suas inseguranças. Tô falando o que eu achei — explicou

— Então, obrigada... Eu acho — agradeci

— Não quer tirar ele pra eu ver melhor? — debocha

— Não. Obrigada. Estou bem assim — respondi

— Que pena — falou rindo

— Engraçadinho... — falei irônica e ele riu — Escuta... Obrigada por ontem, você não tinha que fazer aquilo por mim

— Para de dizer que eu não tinha que fazer, eu só fiz o certo. Qual é? A gente meio que se odeia mas a gente convive todo santo dia, você faz parte da minha vida. Uma parte bem irritante, mas faz — fala

— É, você também faz uma parte bem irritante da minha vida — concordei rindo

— Fico lisonjeado de saber disso — fala — Ainda não quer tirar o vestido? — fala brincando

— Escuta aqui, garoto. Não é só porque você me ajudou que eu deixei de te achar um idiota não, viu? Eu ainda te odeio — retruquei

— É, eu também te odeio — falou sorrindo

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eu te odeio = eu te amo
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