019 - Partners, even if we don't know yet

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E L I Z A B E T H
C O O P E R
019: Namorados, mesmo que a gente ainda não saiba

- Betty! - a pequena Jellybean vem correndo em minha direção abrindo os braços pra um abraço

- Ei, pequena! - a aperto contra mim

- Cadê meu irmão? - ela pergunta

- Ele já foi, agora temos a tarde toda apenas pra nós duas - falo sorrindo

- E o que nós vamos fazer? - questiona animada

- Eu trouxe algumas coisas de fazer unha, nós podemos ver um filme ou cozinhar alguma coisa - proponho

- Você é a melhor cunhada do mundo! - exclama

- Ainda com esse papo de eu e seu irmão sermos namorados? - pergunto

- Vocês podem até não serem, mas vão ser já já. Espera pra ver - fala firme e eu assinto rindo

- Claro - ironizo - O que quer fazer agora?

- Vamos ver Enrolados pra você ver os olhares deles e comparar com os do meu irmão para você - sai andando em direção ao sofá e coloca o filme

Depois de quase duas horas de filmes e de muitas comparações com os olhares que eu dou pro Jughead da parte de Jellybean, acabou o filme e Jelly pediu pra eu pintar suas unhas. Peguei a bolsa que tinha trazido e ela escolheu um roxinho claro.

Após fazermos tudo que tínhamos combinado, nos jogamos no sofá entediadas, apenas esperando por Jughead.

Ouvimos a porta abrir e Jughead aparece com uma expressão não muito boa. Ele estava sério. Mas não se esperava algo diferente, deve ter sido difícil pra ele ver seu pai na cadeia.

- Oi... - falo cautelosa - Como foi?

- Num geral, tudo bem... Te explico tudo melhor depois - se senta do lado de Jellybean e a abraça de lado

Vou até a cozinha e pego meu celular que estava carregando em uma tomada ali. Me sento na mesa e fico rolando o feed do Instagram.

- Ei, por que saiu de lá? - a voz de Jughead soa por trás de mim

- Queria dar privacidade pra vocês - falei e ele deu de ombros e se sentou na minha frente. Vi nos seus olhos que ele estava sobrecarregado - Você precisa conversar?

- Ele foi preso por tráfico de drogas. - soltou - Muita droga. - infatizou - Ele vai pegar de 10 a 15 anos. - falou com os olhos marejados - E eu estou perdido. - uma lágrima escorreu - Ele não era uma pessoa boa mas era a única pessoa que podia e tinha como ficar com a Jellybean legalmente. E agora a polícia vai ficar atrás da gente e ela vai ser levada pelo conselho tutelar ou sei lá o que, e eu vou assistir isso e não vou poder fazer nada porque meus 18 anos são só daqui 6 meses.

Fiquei sem palavras, não sabia como o ajudar. Logo eles continuou.

- Tudo por causa daqueles planos idiotas de antigos Serpentes - falou e eu franzi o cenho, confusa - Teve um grupo dos Serpents que se juntou pra quebrar o código e fazer trabalhos sujos antigamente e meu pai entrou pra eles, porque pagava bem e ele tinha sido demitido do emprego e precisava comprar bebida. Eu nunca concordei com isso e discuti com ele. Moral da história: fui expulso de casa - concluiu

Sem saber o que falar, me levantei e andei até ele, me agachei me apoiando em suas pernas e levei uma mão até seu rosto, afastando as lágrimas e fazendo um carinho. Ele deitou o rosto sobre a minha mão e fechou os olhos.

- Vai ficar tudo bem... Eu vou ajudar você - falei baixinho e ele me levantou e puxou minha cintura pra perto, me abraçando ainda sentado, fazendo com que seu rosto se apoiasse abaixo dos meus seios. Afaguei seus cabelos.

Cogitei sugerir para ele falar com sua mãe, mas preferi não tocar nesse assunto, até porque eu não sabia como era a relação deles a fundo. Só sabia que ela os tinha abandonado e sumido do mapa. Apenas fiquei em silêncio, agarrada com ele. Eu não sabia o que estava fazendo ou o que estava rolando entre nós, mas eu sabia que era bom, e que eu realmente gostava da companhia dele.

De repente, ele solta minha cintura e limpa suas lágrimas, se recompondo.

- Então... O que vocês fizeram enquanto eu não estava aqui? - mudou de assunto

- Vimos filme, eu fiz as unhas dela, fizemos pipoca e Jellybean me mostrou provas concretas de que os olhares de princesas da Disney para os seus parceiros são iguais aos que nós nos damos o que indica que nós somos namorados, mesmo que a gente ainda não saiba - falei e ele arregalou os olhos surpreso com a minha última informação e logo soltou uma gargalhada

- Sério que ela fez isso? - perguntou ainda rindo

- Fez. E por um momento ela conseguiu me persuadir com as teorias dela, mas aí eu lembrei que você é um pé no saco e que eu nunca gostaria de você - brinquei

- Você me adora, Cooper - falou baixinho se levantando

- Vai nessa, Jones - falei e ele piscou um dos olhos pra mim e voltou até a sala

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aiai, esses dois...
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Just Now - BugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora