capítulo 3

148 13 1
                                    

Quando viu Samuel saindo, Carla não aguento e seus olhos se enceram de lagrima. Ela sabia que eles nunca dariam certo. Nem hoje e nem 7 anos atrás.

            Era segunda-feira, nove e quarenta da noite. Samuel recebeu um convite de seu futuro sogro querendo conversar na empresa. Samuel não sabia o motivo da reunião mais aceitou ir.

          - Doutor Leon. – Esticou a mão para cumprimentá-lo

        - Rapaz. – apertou a mão de Samuel – Sente-se. – Apontou para cadeira em sua frente e se sentou. – Aposto que está curioso para saber o motivo que te chamei aqui.

           - Não vou mentir. Estou muito.

            - Bem, vou direto ao ponto. Soube que você abriu um ação contra o deputado Lewis. Quero que fosse feche o caso hoje mesmo. O mais tarda amanhã. - Samuel ficou em silencio por alguns segundos diante da sentença dita por seu sogro.

          - Isso é algum tipo de piada ou algo assim? – Estava sem acreditar que seu sogro tinha tamanha cara de pau para pedir uma coisa dessa.

             - Eu estou rindo, meu rapaz? – Levantou da cadeira sério e se inclinou para falar perto do genro. – É bom que esqueça isso. É só um zelador... – Diz com desprezo. - Você terá muito a perder.

     Samuel sabia que não era um caso só de um pobre zelador sendo acusado de roubo. Sabia que ele era o bode expiatório, mas não sabia que era tão sério até Leon precisa ameaçá-lo. Samuel se levantou e ficou olhando Leon.

          - Doutor, com todo o respeito, você não tem o direito de me pedir isso. Eu não vou deixar um zelador ser acusado em quanto um deputado corrupto fica à solta.

        - Olha aqui rapaz... – Disse se aproximando de Samuel, mas sendo interrompido.

       - Oi pai... atrapalho alguma coisa? – Molly entrou na sala.
     
          - Nada, minha filha. – Leon se afasta de Samuel. - Mas ninguém te ensinou a bater na porta? – Diz com uma voz repreensiva, porém não tão dura.

           - Desculpa papai. Oi amor. – abraçou Samuel o dando um selinho que retribuiu.

         - Oi – Samuel sorrio fraco.

            - Ta tudo bem? – percebeu o clima estranho. – Já terminaram seja o que lá que vocês estavam fazendo?

           - Ainda não minha filha.

           - Terminamos sim. – Samuel o contrariou. - Se era só isso que o senhor queria eu já vou indo. Com licença. – O rapaz sai da sala se nem olhar para Molly. Portanto ela logo o seguiu.

          - Samuel, o que houve? Você ta estranho desde o jantar lá em casa.

         - Nada. Eu estou bem. Só to um pouco preocupado com um caso.

          - Vamos jantar? Em? – Samuel balançou a cabeça em sinal de sim, mas sem demonstrar nenhuma animação com o convite. – Dá um sorriso para mim então. Vai. – Molly deu várias mordidas de leve no pescoço de Samuel, em uma tentativa de anima-lo.

           - Para. – Samuel riu levemente encolhendo os ombros, seu corpo reagindo ao toque de sua noiva. – Você sabe o que o pescoço e meu ponto fraco.
  – Ele a afasta levemente e ela o encara com um olhar provocativo.
        
         -  Irmãzinha. – Barney a chamou olhando a cena ao lado de Carla, que estava enciumada pela cena que testemunhou.

             - Maninho. – Soltou um suspiro de tédio por ter sido interrompida. Samuel olhava pra Carla, mas ela não conseguia encará-lo e por isso desviou o olhar dele, às vezes o olhava, mas nunca por muito tempo.

Not even time can eraseOnde histórias criam vida. Descubra agora