capítulo 5

135 11 0
                                    

Já havia quase um semana que Carla e Samuel não se falavam após a noite que tiveram.

      Carla pensou todos os dias no que fazer, afinal, não poderia mais ficar nessa situação. Ela não aguentava mais Barney e só pensava em Samuel.
   
       Já Samuel tentava ao máximo parar de pensar em sua ex e se aproximar mais da Molly, não era justo com ela o que ele havia feito.

          Samuel estava no seu escritório analisando seu caso mais difícil, contra o deputado Lewis, que seu sogro já havia “pedido” para ele fechar, o que ele não fez, claro, ele presava a justiça e queria que o zelador tivesse justiça.

       Estava concentrado quando a campainha tocou.

       Suspirou por ter que parar o que fazia e seguiu para a abrir a porta, não conseguiu esconder a feição de surpresa.
            - O que você faz aqui? – Questionou com surpresa.

        - Oi Samuel. – Carla respondeu envergonhada. Houve um silencio que estava ficando constrangedor. – Não vai me convidar para entrar? – Samuel apenas se afastou da porta dando espaço para ela passar.

         Carla observou o local enquanto Samuel fechava a porta e se vira para ela. Ele cruzou os braços quando ela se virou para ele novamente.

         - Parasse que voltamos no tempo, você ta me olhando da mesma forma que olhou há 7 anos atrás. – Diz tentando diminuir a tensão que se formara.

        - Porque você veio, Carla? – Questiona com certo tom de irritação.

      - Eu amo o jeito que você me olha sabia. – Caminhou até ele que estava encostado na parede. – Como se você não visse maldade em mim.

         - Eu nunca vi maldade em você. – Respondeu tenso.

      Carla se aproximou mais até chegar a boca de Samuel que desviou do beijo que ganharia.

        - Já disse. A gente pode fazer coisa com roupa.
  
         - Eu sei.

          - Você não vai dizer que com roupa não vamos dá certo mesmo?

         - Não, não dessa vez. – Sorrio-  Samuel, eu to aqui porque eu te amo e quando você voltou, deu sentido a minha vida. Vamos fugir Samuel, vamos reviver aqueles 7 dias. – Era praticamente uma súplica.

          - Carla, o que aconteceu? – Questionou tentando ser sério, mas no fundo queria acreditar naquelas palavras.

            - Nada. – Seus olhos lacrimejaram. – Eu só decidi que quero ser feliz.

...Horas antes...

        Carla acordou cedo e foi até a empresa Cartie, na sala de seu noivo. Queria falar com ele urgentemente.

        - Carla! O que faz aqui? – Barney perguntou ao entrar na sala.

         - Eu quero falar com você e precisa ser agora. – Exigiu.

        - Tá, mas cadê meu beijo? Chega assim e nem me beija.

           - Estou falando sério, Barney. – Se levantou do sofá que estava.

          - Fala logo então por que estou sem tempo para mulher estética.  – Ele diz voltando sua atenção para os papéis, já estava estressado com a noiva.

          - Eu quero cancelar o casamento. – Disse simples tentando não parecer tão feliz. O rapaz a encarou, sério por um tempo antes de começar à rir.

         - Ai Carla, como você é idiota. Não serve para fazer comédia. Você só serve na cama mesmo. As vezes nem nisso. – Diz com desdém, voltando sua atenção para os papéis novamente.

         - Não é nenhuma piada. – Falou entre sorrisos. – Eu não quero mais me casar com você, simplesmente por que eu não te amo e nunca vou amar.

           Barney respirou fundo, sem encarar Carla. Sua respiração ficou alterada e ele se levantou devagar, encarando a mulher. Ela não estava com medo e permanecia com sua postura confiante. Barney não gostou daquilo e avançou contra ela, pegando forte em seu braço a trazendo para si.

          - Repete isso. – Ordena alterado, mas de alguma forma, Carla não sentia mais medo.

         -Eu não te amo – Disse calmamente tentando se solta. – E nunca vou te amar. – Barney apertou mais forte o braço de Carla o torcendo, ela gemeu de dor.

         - Quem você pensa que é sua vadia? Eu decido se você vai se casar comigo ou não. – Diz entre dentes.

            Carla empurrou ele com toda força que tinha, o que fez com que ele desse um passo para trás e a soltasse.

            - Não estamos mais na idade da pedra, você não é meu dono. – Ela diz massageando o pulso e indo até a porta.

          - Se você me deixar, você ficará na lama. Não terá nada. – Carla apenas respirou fundo e se virou para ele.

         - Do que você está falando?

         - Das suas vinícolas. Você é tão burra, que deixou toda a sua fortuna na mão de um drogado que afundou mais ainda sua adegas.

          Carla estava ainda mais confusa e deu um passo à frente.

             - Do que você está falando? – Ela pergunta novamente, dessa vez com a voz mais intimidadora.

          - Eu estou falando sua idiota, que você não tem mais nada. – Ele diz se divertindo com a situação. - Que toda a sua fortuna me pertence e que você sem mim vai ficar na lama onde é seu lugar. - Carla não disse nada só o olhava, dessa vez assustada.

            - Você não tem mais nada Carla. Seu pai vendeu 51% das adegas para mim e seu eu tenho o investimento você não vai ter mais nada.

          - O que você quer? – Ela diz recuperando a confiança.

           - Que você se case comigo e se comporte como uma verdadeira mulher. Como as mulheres da idade da pedra como você disse. – Ordenou.

         - Eu já disse que eu não te amo. – Diz novamente e dessa vez mais firme.

           - Eu sei disso e não me importo. Eu só quero que você seja minha. – Diz em tom dominador. Carla ficou em silencio por alguns segundos.

             - Eu prefiro não ter nada do que passar mais um dia da minha vida com você. – Diz entredentes. Saiu da sala nem dizer mais nada.
. . . X . . .

          - Eu decidi que quero ser feliz. Eu só vou ser feliz com você Samuel.

           Samuel não aguentou a declaração de Carla e avançou em sua boca, a puxando para si pela cintura. Um beijo cheio de amor, carinho e saudade. Terminou o beijo mordendo o lábio inferior da mesma. Encostou sua testa na dela a encarando.

         - Você está falando sério? – Ela não conseguia evitar sorrir.

             - Nunca falei tão sério em toda a minha vida. – Ela segurou o rosto de Samuel e o puxou para mais um beijo.

         Algumas horas depois deles se amaram ali mesmo no sofá e após um intenso orgasmo e trocas de carinho. Samuel foi arrumar sua mala.

       Carla queria viajar ficar pelo menos um semana só ela e Samuel.

       Foram com o carro dele dirigindo sem rumo. Carla já estava com suas malas no porta-malas de seu carro, ela estava pronta para se permitir ser feliz ao lado de quem amava.

Not even time can eraseOnde histórias criam vida. Descubra agora