Contando a verdade

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~ Filha! Que susto! A mamãe já não te disse para não sair correndo assim?

~ Desculpa, mama. 

~ Ta tudo bem, minha filha. Porque você não vai até a sala da Mi e pede para ela papel e lápis pra você desenhar? A mamãe precisa termina aqui e logo logo eu vou lá. 

~Ta bom mamãe. Tchau papai.

Deu um beijo na bochecha do Arthur e pede pra descer. 

Arthur, ainda sem acreditar no que estava acontecendo, a colocou no chão e ao voltar a se erguer, olha com raiva para Carla. 

Não conseguia acreditar que ela tinha falado para pequena que ela era sua filha! 

~Olha, calma. A gente precisa conversar. Eu to querendo conversar faz tempo com você. Você pode me ouvir? 

~ Como você tem coragem de mentir para sua própria filha? Eu tenho vergonha de você!

~ Como eu já imaginava que você não iria acreditar, aqui. Leia. 

Carla pega na bolsa dela o papel que tinha a anos guardando. 

~ O QUE? Eu não vou ler porra nenhuma!

~ Marrento! Olha aqui: FELIPE LOMBARDE NÃO É O PAI BIOLÓGICO DE MARIA CLARA DIAZ!

~ Como você quer que eu acredite nisso, Carla?

~ Ai pai, precisava ser tão marrento? Olha, eu to disposta a fazer o exame comprovando a sua paternidade. VOCÊ É O PAI DA MARIA CLARA. Olha pra ela! Ela é a sua cara! Todo mundo sabe disso! 

~ CARLA, VOCÊ ME TRAIU! 

~PELA MILHEZIMA VEZ, EU. NÃO. TE. TRAI!

~ Foda -  se! Eu quero essa merda de exame sim! Mas vai ser onde eu escolher! Você não vai mais poder encher a merda dessa boca pra afirmar que não me traiu! EU SEI O QUE EU VI!

~EU JÁ TE FALEI QUE O FILHO DA PUTA DO FELIPE ARMOU PRA NÓS DOIS! MAS VOCÊ PREFERE ACREDITAR NESSE MERDA DO QUE NA MULHER QUE VOCÊ DIZIA AMAR!

~ Daqui a duas horas, eu vou mandar a localização. Agora, mais do que nunca, eu faço questão de jogar na sua cara que ela não é a minha filha!

~ Ok, Senhor Arthur Picoli de Conduru, vamos ver quem está certo!


Duas crianças? 

A verdade é que os dois não aguentavam mais. 

O coração acelerado, o tremor, o olho no olho. 

Tudo os faziam voltar no loop eterno de sentimentos. 

Raiva, rancor, magoa,  dor, paixão, medo, amor. 

Tudo o que o Arthur queria era acreditar que era verdade. 

Já tinha pensando e repensado zilhões de vezes em sua mente, repassando cada segundo. 

Queria tanto acreditar em Carla. 

Pediu tanto para que fosse mentira. 

Mas a verdade era cruel. 

A mulher da sua vida o tinha traído. 

E além de tudo, ainda apareceu gravida. 

Nunca conseguiria a perdoar. 


Duas horas depois, no local combinado, o exame foi feito. 

Pediram meia hora e logo o resultado estava em suas mãos. 

E ele não conseguia acreditar. 



Maria Clara era sua filha. 



Mas...



Como?

Vou revelarOnde histórias criam vida. Descubra agora