Extra

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Existiam coisas que a família Weasley sabia esconder muito bem; eles eram muito reservados e tinham até um jeito muito adorável de tratar as pessoas, mas, como toda boa família, eles tinham alguns problemas e falhas, principalmente de caráter.

O avô de Rony era um homem nada legal, na verdade, ele tinha um jeito rude de tratar as pessoas e largou seu pai, Arthur, muito cedo para o mundo cruel e sem proteção ou auxílio. Arthur pensou que ia morrer até conhecer a garçonete ruiva e bonita de uma lanchonete famosa em sua antiga cidade. Seu nome era Molly Prewett e era a garota mais bonita da região, depois da clássica e esbelta Lily Evans.
Eles começaram a namorar, e logo, Molly engravidaria de seu primeiro filho, Gui, e depois dele tiveram mais seis crianças. Nesse meio tempo, Arthur começou a trabalhar em uma filial de uma empresa pequena, recém começando a engatinhar em boas finanças, a nobre empresa Lestrini.

Mas o que vocês não sabem também, é que Lestrini tem uma ligação muito mais profunda com Blaise Zabini e, enquanto Rony nascia em meados do final de Fevereiro e início de Março já com uma família segura-financeiramente falando-, do outro lado havia Blaise, que nascia já jogado a sorte pelo mundo.

Flashback:

A mulher olhava os livros didáticos  cima da mesa de jantar, o relógio em cima da estante estava marcando quase 22h, estava tão escuro lá fora, ela olhou o relógio preocupada de novo.

— mamãe? — chamou a criança da porta da cozinha.

Vanessa Zabini olhou para trás e viu Blaise, no auge de sua fofura, coçando os olhinhos e com seu paninho de dormir dependurado no ombro, nem devia notar o peso sem significado do paninho.

— Blas, não conseguiu dormir?— perguntou e o menino se aproximou.

— tenho medo do escuro e meu abajur não liga mais— explicou se aproximando da mãe, puxou uma cadeira e subiu nela para enterrar o rosto nos cachos tão volumosos e cheirosos de sua mãe, aqueles cabelos volumosos e lindos, cacheadissimos.

— amo seu cabelo, mamãe — falou abafado e a mulher riu.

— obrigada, Blaise, fique do meu lado esperando o papai chegar, mas fique quietinho que mamãe está estudando—

Blaise Zabini nasceu em uma família pobre, eles moravam no lugar mais afastado das boas classes sociais possíveis e, diferente da sorte de Arthur Weasley, Victor Zabini- pai de Blaise- não conseguiu engressar em nenhuma boa empresa. Alguns vão dizer que era por causa de seu currículo, outros de sua aparência cansada, outros vão optar por dizer que ele apenas não escolhia bem os lugares nos quais levava seus currículos e fazia entrevistas, mas, a verdade era a mais imperdoável e inexplicável que você poderia querer ouvir de uma sociedade: Victor era, simplesmente, negro e tinha sua aparência cansada por trabalhar em obras e fazer, muitas vezes, bicos que apenas lhe rendiam para comprar algo para Blaise comer no final do dia.

Mas, nem tudo era ruim, eles ainda se amavam.

...

— Blaise, ouça o papai— dizia o Sr Zabini, Blaise tinha apenas 5 anos na época, era miúdo e de olhos grandes e brilhantes.

Andava pelas ruas do centro com seu pai, ambos humildes, sem relógios caros ou jóias, a única jóia reluzente de encontrava no dedo anelar de Victor Zabini, sua aliança.

— não toque em nada, peça para o papai comprar para você — pediu e o garoto parou com o pai na frente da loja— mas primeiro vamos achar um presente para a mamãe, certo?—

— certo, pai— exclamou animado e o mais velho sorriu, não se conteve e pegou o pequeno Blaise em seu colo e o abraçou forte antes de entrar na loja.

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