Capítulo 9.

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(Hyunjin): Acho que eu acertei. -Diz sorrindo.

(S/N): Com certeza acertou, como sabia?

(Hyunjin): Não sabia na verdade, mas fico feliz de ter acertado. Esse é um dos meus lugares favoritos também.

(S/N): Achei que preferisse lojas de roupas.

(Hyunjin): Ha, ha, ha... -Sínico. foi só uma vez.

(S/N): Eu sei, mas você me fez lembrar disso por semanas. -Digo rindo.

(Hyunjin): Ér... foi mal por isso.

(S/N): Não... tudo bem, você devia amar aquele casaco, eu sei como se sente.

(Hyunjin): Se soubesse o motivo... -Diz baixo. -Então senhorita essa é só a primeira parada, deseja continuar?

(S/N): Claro. -Digo sorrindo.

(Hyunjin): Vem.

         Subimos na moto de novo, e ele desceu pros trilhos e acelerou entrando no túnel do trem, se eu não tivesse certeza de que os trens não passavam mais por ali eu nem teria subido nessa moto. Depois de alguns minutos dirigindo pelos trilhos, ele parou e subiu por uma das escadas, estávamos em uma rua vazia, pelo visto o garoto gostava de lugares peculiares, aqueles que nem se passa pela nossa cabeça. 

           Era interessante a ideia de estar em lugares que eu nunca estive antes, isso me inspirava e me deixava arrependida ao mesmo tempo... devia ter trago a minha câmera. Paramos em frente á um prédio. A pintura estava descascada, e havia uma corrente trancando as portas, fora isso parecia estar normal, se não fosse a pintura eu diria que é uma construção atual.

(Hyunjin): Acho que vai gostar daqui também.

(S/N): Vamos entrar?

(Hyunjin): Sim.

(S/N): Como exatamente?

(Hyunjin): Pela porta dos fundos, eles não trancaram ela direito. E relaxa, só trancaram pra manter algumas coisas do lado de fora. Não estamos invadindo propriedade privada nem nada.

(S/N): Tudo bem...

         Ele segurou a minha mão e me guiou até a porta dos fundos. A corrente dela estava realmente solta, dava pra qualquer "coisa" entrar se quisesse, e nós não éramos uma exceção. Entramos e eu não via nada, a luz do sol do lado de fora não fazia diferença alguma do lado de dentro, até que de repente as luzes se ascenderam me dando a visão perfeita de uma biblioteca, era linda, o lugar todo fazia jus ao termo não julgue um livro pela capa.

(Hyunjin): Não imaginava isso não é?

(S/N): Jamais, eu imaginava que fosse uma estrutura totalmente abandonada.

(Hyunjin): Acho que todos pensam que não tem nada aqui dentro, por isso não entram. Quando eu descobri ele só estava um pouco empoeirado, tá... talvez mais do que pouco, mas deixar ele assim foi uma das coisas mais satisfatórias pra mim.

(S/N): Quem diria que você teria um gosto tão peculiar.

(Hyunjin): Só não sou óbvio.

(S/N): Percebi...

        Enquanto olhava as prateleiras analisando os livros, eram tantos que eu amaria passar dias lendo... eu estava ainda mais confusa, mas talvez fosse apenas algo em comum que nós tivéssemos, não era como se ele soubesse tudo sobre mim. 

(Hyunjin): Pode voltar quando quiser.

(S/N): Sério?

(Hyunjin): Sério. Eu estou certo de novo, você gostou. Não gostou?

(S/N): Na verdade não. -Fiz uma pausa e a carinha dele de felicidade pareceu sumir apertando o meu coração. -Eu amei. -Digo sorrindo.

(Hyunjin): Não faz mais isso.

(S/N): Achei que reconheceria uma atuação. 

(Hyunjin): Engraçadinha você.

(S/N): Eu preciso perguntar... o que aconteceu com a gente?

(Hyunjin): Ahn... É um pouco difícil pra explicar.

(IN): Na verdade não é não.

(Hyunjin): Pode ser que não seja... Mas acho que me evitaria depois que eu explicasse.

(S/N): Prometo que não.

~Hyunjin P.O.V.~

(IN): Se for dizer o que sente por ela é melhor dizer logo, está quase na hora.

~S/N P.O.V.~

(Hyunjin): Aish... Acho melhor te levar pra casa antes que seja tarde demais.

(S/N): Mas ainda são cinco da tarde.

(Hyunjin): Você ainda vai entender eu prometo. -Diz me dando um beijo na testa.

       Yaah... O que ele faz comigo?! Eu não devia sentir que o meu coração vai sair pela boca. Ele segurou a minha mão e saímos subindo na moto não demorando muito pra chegarmos na minha casa. Eu desci da moto e ele fez o mesmo, antes que eu entrasse abracei ele, e mesmo que parecesse um tanto surpreso retribuiu o ato.

(S/N): Eu não faço ideia de como você sabia, mas mesmo assim obrigada. Eu não fazia ideia da existência dos meus lugares favoritos e agora graças á você eu já sei aonde ir se estiver enlouquecendo com o mundo aqui fora.

(Hyunjin): Não precisa agradecer... Eu prometo responder todas as suas perguntas quando souber exatamente como respondê-las.

(S/N): Não precisa ter pressa... Eu consigo esperar. -Digo sorrindo.

       Nos separei e entrei em casa.

(Han): Que bom que chegou cedo.

(S/N): É...

(Han): Aconteceu alguma coisa?

(S/N): Não... Ele me mostrou meus novos lugares favoritos na cidade.

(Han): E quais seriam?

(S/N): Um metrô, e uma biblioteca abandonados.

(Han): Você foi á lugares abandonados com um estranho?!

(S/N): Ahn, primeiro não é um estranho, segundo você sabe como eu amo esse tipo de vibe, e terceiro você não tem que se preocupar tanto. Eu cheguei cedo e estou bem certo?

(Han): Aish... Eu desisto. -Diz emburrado.

(S/N): Não fica assim ciumento... Quer jogar comigo?

(Han): Assim não vale e você sabe trapaceira.

(S/N): Foi só uma pergunta chato. -Digo apontando a língua pra ele.

(Han): Também te odeio. -Faz o mesmo.

(S/N): Vai jogar comigo ou não?

(Han): Tá... Vem.

       Nos jogamos no sofá e ligamos o console e os controles já começando uma partida competitiva no Halo. Eu não conseguia tirar o que aconteceu da minha cabeça... Por que eu tinha que ser sempre assim? Era tão difícil lidar com tudo que envolvia o Hyunjin mas eu amava tanto tudo que envolvia o mesmo. Droga, a vida tinha mesmo que ser tão complicada assim?!

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