Ele é.

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[....]

─ Y: Filho... Noah, acordem!

Abro os meus olhos com calma sentindo a mão da minha mãe em meu ombro.

Levo um susto ao perceber que Noah e eu caímos no sono em uma posição nem um pouco agradável para a minha mãe ver.

Saio de cima dele e sento na cama coçando os olhos.

─ Úrsula: Acorda o Noah e venham jantar.

Me viro para o Noah e começo a sacudir ele, que apenas se vira para o lado e permanece igual pedra.

─ Úrsula: Eu pedi pizza.

Levo um susto quando a bicha esfomeada se senta ao meu lado com um sorriso gigante no rosto.

─ Noah: Uh, só espera que eu estou meio tonto...
─ Joshua: Parece que passa fome em casa, Noah.

Nós rimos.

─ Úrsula: Espero os dois lá embaixo.

Ela me encara de um jeito estranho e saí do quarto, me deixando aflito. Será que pensou que Noah e eu temos algo?

[....]

─ Ron: Eu vou perguntar outra vez, o que aconteceu com o seu rosto, Sina?

Noah e eu havíamos acabado de descer, mas não escolhemos uma boa hora para isso, visto que meu pai e minha irmã estão discutindo.

─ Sina: Já falei que não foi nada demais...
─ Noah: Tio Ron? Oi... a Sina e eu estávamos brincando de lutinha e ela... bem, caiu da cama.
─ Ron: Quando foi isso?
─ Sina: H-hoje.
─ Ron: E por que você também está machucado?

Noah revira os olhos e logo em seguida ri.

─ Noah: Vocês tem uma filha muito vingativa.

Então o assunto se encerrou aí.

Nós nos sentamos na mesa, porém...

─ Úrsula: E então, que posição era aquela?

Minha mãe questiona, me deixando sem saber o que responder. Apesar de nada ter acontecido ali.

─ Noah: Você transou?
─ Joshua: Nós só estávamos dormindo, mãe.
─ Sina: Depois de fazer o lepo lepo?
─ Joshua: Sina, você me assusta as vezes.

Faço careta.

─ Ron: Mas vocês... tem alguma coisa?
─ Noah: Não... nós somos só amigos mesmo.

Vejo todos encarando Noah com uma expressão de interesse em algo ali, mas não consegui entender direito.

─ Ron: Uma pena.
─ Joshua: E se tivéssemos? Não iam ficar bravos?
─ Úrsula: Por que ficaríamos? Vocês são lindos juntos.

Forço um sorriso e volto a comer. Sinto Noah me cutucar embaixo da mesa, mas não dou muita atenção.

─ Sina: Pai, mãe... se o josh fosse gay vocês aceitariam?

Meus pais voltam seus olhares para mim e eu os encaro também, esperando por alguma resposta.

─ Ron: E ele não é?

Meu pai volta a comer e logo me olha novamente, fazendo cara feia.

Estou suando frio a essa altura.

─ Ron: Ele é.
─ Joshua: É... eu acho que sou.
─ Sina: E se eu fosse lésbica?
─ Ron: Você já tem uma carinha, minha filha, não ia mudar nada.
─ Sina: Que bom que nada vai mudar, então...
─ Úrsula: Somos seus pais, e amamos vocês independente da orientação sexual, religião, opinião... qualquer coisa. O nosso amor está acima de tudo.
─ Joshua: Eu amo vocês... sério.
─ Ron: Nós também amamos vocês, queridos.

Sina corre abraçar o papai, logo a mamãe também se junta ao abraço e me chama. Me junto a eles, sentindo meus olhos queimarem.

─ Úrsula: Vem também, Noah.

Sorrio para o meu melhor amigo e ele enfim se junta ao nosso abraço. Durou pouco, mas foi um dos melhores que já tivemos.

Sinto que tirei um peso das costas.

─ Joshua: Agora está tudo bem? Eu posso ser quem sou? Posso parar de fingir ser outra pessoa?
─ Ron: Por favor, filho... seja quem você é, e não deixe que ninguém te impeça disso.
─ Úrsula: Os três. Vocês podem ser quem quiserem, e não devem jamais deixar o medo impedi -los de algo.

Troco olhares com a minha irmã e o meu melhor amigo, ambos sorriem para mim.

─ Ron: Vocês não precisam esconder nada de nós por medo, estamos aqui com vocês, sempre!
─ Sina: Eu... o Noah e eu não estávamos brincando de lutinha, pai.
─ Ron: Eu sei que não.
─ Joshua: Caramba, você sabe de tudo?
─ Ron: Apenas conheço bem os meus filhos. Sei quando mentem ou me escondem algo.
─ Sina: Eu estou namorado... ela é dois anos mais velha que eu e nós apanhamos na rua por causa de um beijo.

[....]

─ Noah: Se sente mais leve?
─ Joshua: Com certeza... é tão bom saber que de agora em diante posso ser eu.
─ Noah: Eu fico feliz por ti...

Noah me olha com um sorriso enorme, seus olhos brilham e eu sei que ele está falando a verdade.

Porém, me assusto quando sinto sua mão em minha bochecha, acariciando-a.

─ Joshua: N-noah...
─ Noah: Eu vou para casa... a gente se vê amanhã?

Assinto.

Noah dá um sorriso e levanta da calçada, sendo assim, tirando a mão do meu rosto.

Não sei que diabos aconteceu aqui, mas sei que demorei um pouco para raciocinar quando ele disse que está indo embora.

Quando me toquei já estava um pouco longe.

─ Joshua: Hey, você quer companhia?

Grito.

O garoto levanta a cabeça e me olha com aquele mesmo sorriso de sempre, e nega.

─ Y: O que foi isso, hun?
─ Joshua: Oi, Sina... isso o quê?

Ela me encara de uma maneira debochada e logo se senta ao meu lado no meio fio da calçada, me enchendo de perguntas e insinuando um namoro meu com o Noah.

Onde já se viu?

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Oii gente, como estão?

O que acharam da reação dos pais deles?

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