Reconciliação?

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[....]

─ Joshua: Sina, sabe do noah?
─ Sina: Está no hotel, Joshua.

Todos a mesa alternam os olhares entre minha irmã e eu, em excessão a Sabina.

─ Wendy: O que aconteceu?
─ Ron: Por que ele não veio?
─ X: Porque eu estava dormindo, foi mal.

Noah surge do nada no restaurante e se junta a nós. Apesar de estar aqui, em momento algum ele me olhou, nem mesmo do canto dos olhos.

Jantamos em um silêncio chato.

Acho que todos da mesa perceberam que há algo de errado, mas não quiseram falar nada.

[....]

─ Ron: Você quer me dizer o que está acontecendo, filho?

Olho para o meu Pai, e me lembro da conversa que tivemos quando eu me assumi... ou Sina me assumiu.

Seguro meu pai para nós ficarmos para atrás, e então lhe conto o que aconteceu, desde a minha raiva no avião até o beijo que Noah me roubou. Não escondo nada, nem mesmo a parte que eu gostei.

─ Ron: Filho... qual o problema? Você acabou de me dizer que gostou.
─ Joshua: Somos melhores amigos, não quero correr o risco de um relacionamento estragar tudo.
─ Ron: Você precisa conversar com ele e se explicar, josh.
─ Joshua: Eu não quero... não senti ciúmes dele, e vou me convencer de que odiei aquele beijo.
─ Ron: Joshua, não adianta você tentar fugir dos seus problemas. Quanto mais você foge, mais eles te perseguem.

O encaro e apresso os meus passos, voltando a andar junto com o pessoal.

Do canto do olho vejo Noah sussurrar algo no ouvido da tia Wendy e se afastar de nós. Penso em ir atrás e conversar, como meu pai me aconselhou, mas porra...

Quando me dou conta, meu corpo é jogado para frente. Olho para atrás e vejo meu pai com um sorriso enorme no rosto, todos nos encaram confusos.

─ Ron: Vai atrás dele, não estamos no Canadá.

Eu quero ir.

Mas algo me prende aqui.

Foda-se.

Corro até alcançar noah, que me encara e dá um pequeno sorriso.

─ Noah: Desculpa.
─ Joshua: Podemos conversar?
─ Noah: Uhum.

Ele agora voltou a olhar para a nossa frente. Não sei bem onde estamos indo, só estou seguindo.

Sei que preciso falar tudo o que disse ao meu pai... mas não quero que ele pense que foi uma crise de ciúmes.

Porque não foi...

─ Joshua: Eu fiquei chateado com a sua falta de atenção no avião. Não gostei nem um pouco daquela loira.

Ele me encarou, e foi a minha vez de desviar. Prestar atenção onde estamos indo me parece mais tranquilo...

─ Joshua: Desculpa por te tratar com tanta grosseira.
─ Noah: Desculpa por te beijar... mas você correspondeu.
─ Joshua: Foi bom. Mas eu não quero que se repita, somos amigos.
─ Noah: Vamos só nos convencer de que aquilo foi ruim.
─ Joshua: É.

Balanço os ombros.

Continuamos andando, dessa vez em um silêncio chato e constrangedor.

- Algumas semanas depois.

─ Ron: Estão animados para as aulas?
─ Sina: Nem um pouco... não aguento mais aquele lugar.
─ Úrsula: Ah filha... não é tão ruim, é?
─ Sina: Não... eu só me sinto um pouco excluída de tudo e todos.
─ Joshua: E as suas amigas?
─ Sina: Só querem saber de mim quando precisam de algo.
─ Ron: Por que nunca nos contou isso?
─ Sina: Estava dando para levar, sabe? Mas agora nas férias todas elas se reuniram diversas vezes para sair, e em nenhuma me chamaram.
─ Joshua: Olha, se o problema é esse, se afasta e fica comigo no intervalo. Tenho certeza que todos vão te receber bem.
─ Sina: Não sei, josh...
─ Joshua: Vamos tentar e ver no que dá, hun?
─ Sina: Pode ser...
─ Ron: E você, josh? É o último ano.
─ Joshua: Estou nervoso e preocupado... não faço a mínima ideia de que profissão quero seguir.
─ Úrsula: Só não fique colocando pressão... tire um tempo e pesquise sobre algumas faculdades, algo que você seja bom e goste. Mas não fique só com isso na cabeça,
─ Joshua: É... vou tentar.
─ Sina: Você e o Noah estão bem?

Nudes - NoshOnde histórias criam vida. Descubra agora