Capítulo 1

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Sou Ana Fonseca, tenho 23 anos e sou uma tenista, profissional. A minha vida não é interessante, é como de um ser humano normal
Eu tenho uma irmã chamada Manuela, ela tem 18 anos e está fazendo faculdade. Temos uma grande conexão e sempre falamos e desabafamos sobre tudo, quando eu precisava ela sempre estava ali, disponível pra me ajudar o máximo que podia e eu fazia o mesmo.

Minha mãe, a Eva, não é uma das melhores "mães" como eu digo. Claro, ela é minha mãe e da Manuela, mas nem todas as mães são boas não é? A Eva é interesseira, sempre vive na minha cola porque sou a única que coloco dinheiro dentro de casa, mas tirando isso é tudo bem. Eu e a Manu somos mais próximas da nossa avó Iná, ela é compreensiva e entende bem das coisas e da vida

Agora eu tinha que ir para quadra treinar, eu teria um campeonato em 2 meses e não podia perder, se não a Vitória me mataria. Vitória é a minha treinadora, sempre tão impulsiva e ignorante sempre querendo o ganho e não a perda nos meus torneios. Eu jogo tênis desde os meus 7 anos, antes era por vontade e diversão, agora eu jogo como uma máquina.

Terminei de me arrumar e peguei minha bolsa logo saindo do quarto, era apenas 09:30 da manhã, eu tinha que chegar cedo e então tomei um pequeno café. Comi uma fruta e tomei um suco natural

— já acordada filha? — vi minha mãe entrar na cozinha me olhando sorridente, como sempre.

— é, eu estou indo treinar, eu tenho um campeonato em 2 meses. Tenha um bom dia, depois eu mando mensagem pra Manuela — a minha irmã estará no quarto dela dormindo, eu não iria acorda-la pra dar apenas um tchau

— certo querida, pode ir — minha mãe disse e fui me retirando da cozinha

— bom treino, mostra pra Vitória que você é melhor do que ela pensa — minha mãe falava feliz e revirei os olhos. Apenas fui até a porta e sai indo até a quadra

A gente mora em um apartamento, não um dos mais famosos mas confortável e simples. Eu e minha irmã nascemos em Gramado, Rio Grande do Sul. Mas não temos aquele sotaque sulista, falamos normal sem nenhuma gíria ou algo assim, na maior parte do tempo a Iná cuidava da gente já que nossa mãe passava o dia todo ocupada com suas obrigações inúteis.

Depois de 30 minutos, cheguei à quadra já que não era tão longe assim.
Entrei na quadra indo até o vestuário feminino trocar de roupa, me troquei e amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo. Peguei minha raquete e sai indo até a Vitória, que já estará me esperando séria e ignorante

— finalmente chegou, achei que estava tentando pegar uma tartaruga na rua — Vitória disse em seu tom sarcástico e sínico, eu odiava isso mais que tudo no mundo

— Vitória, eu não cheguei atrasada, você sabe disso. Vamos logo treinar

— quero que saiba que eu quero que você treine bem, não quero meu nome nos jornais como "treinadora da perdedora do campeonato", não gosto disso. — ela disse e eu a olhei séria, não mexi a cabeça nem nada, a Vitória sempre foi insuportável e eu tinha que me acostumar

Corri para o outro lado da quadra, enquanto minha adversariante estava do outro. A minha adversariante começou a jogar as bolas em minha direção e tentei manter a concentração nelas

— MAIS RÁPIDO ANA! Tá lenta demais — ouvi Vitória gritar enquanto eu corria de um lado pra outro

Eu batia na bola com toda concentração e força que tinha ali, o tempo havia acabado e tinha parado de jogar. Indo até minha bolsa no banco e pegando uma garrafa de água para beber

— você estava desconcentrada, deixou várias bolas caírem no chão

— foram apenas três bolas Vitória. — parei de beber a água e a respondi séria

Besides the life [ Ana X Lúcio ]Onde histórias criam vida. Descubra agora