Capítulo 10

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— é.. — coloquei a mão na minha cabeça

— por que colocou a mão na cabeça? — Lúcio me olhou

— uma dor de cabeça de novo — fechei os olhos sentindo a minha cabeça latejando

— quer que eu compre algum remédio? Alguma coisa? Eu estou com dinheiro — Lúcio falava tudo tão rápido que quase não prestei atenção

— olha, não precisa, eu vou para casa

— achei que você aceitaria tomar um sorvete comigo

— calma, sorvete? — abri os olhos e o olhei

— é. Mas tá tudo bem, você está com dor de cabeça, pode piorar

— eu posso ir sim. QUER DIZER.. eu quero ir.

— você quer, certeza?

— tenho, logo eu melhoro, é dor passageira

— a sorveteria é perto daqui, já que estamos perto do Centro. É a sorveteria: D'roma Sorveteria

— nunca fui nela — eu nunca tinha ido mesmo, eu já fui em várias, mas nessa certamente, nunca

— eu estou sendo o primeiro em tudo?

Suspirei — é oque parece — sorri fraco e tirei a mão da cabeça

Nós dois começamos a andar na direção da sorveteria, com certeza eu estava seguindo ele, já que eu não sabia onde a sorveteria ficava

— de onde você estava vindo? — Lúcio me olhou

— ah, estava saindo do meu treino. Eu sou tenista, Ana Fonseca.

— Ana Fonseca? — ele me olhou bastante confuso e olhou para o chão

— por que? — perguntei

— nada — ele balançou a cabeça e voltou a olhar para frente

Depois disso ele não falou mais nada, ficou quieto o resto do caminho.

Quando chegamos na sorveteria, nós entramos e fui direto ao freezer, olhando os sabores de sorvetes

— boa tarde — a mulher atrás do balcão disse

— boa tarde — olhei de canto e vi o Lúcio sorrir por poucos minutos e seu sorriso se desfez

Devo ter dito algo que lhe fez lembrar algo ruim, uma lembrança ruim do passado

— vai querer do que? — Lúcio me perguntou chegando por trás de mim

— de morango e chocolate — disse e a menina por trás do balcão veio até mim, pegando a colher de pegar sorvete — quero na casca — disse e ela pegou a casca e pegou duas bolas de sorvete, as colocando na casca

— deseja granulado? — a moça me perguntou

— quero granulado colorido e tubete, porfavor — disse e ela colocou granulado colorido no sorvete e tubete, aquele palitinho comestível que todo mundo gosta de comer no sorvete

— calda? — ela perguntou e eu olhei para as caldas e pensei na de morango

— de morango — ela pegou e então colocou a calda e me deu

— obrigada — peguei uma colher pequena de plástico e comecei a comer o sorvete

— quanto ficou? — Lúcio perguntou para a moça que foi para trás do balcão

— você não vai querer? — a moça perguntou para ele, que negou

Resolvi ir para fora e me sentar em uma das mesas que tinha perto da porta. Sentei na cadeira e observei o Lúcio pela janela, ele estava pagando a mulher e logo veio para fora, vindo até minha mesa

Besides the life [ Ana X Lúcio ]Onde histórias criam vida. Descubra agora