+18 | Contém sexo explícito.
⚠️ Não há incesto, leiam para descobrir.
❝E tudo começou com um amor fraterno...❞
Numa noite qualquer de sexta-feira, Jay é deixado pelos pais em casa para eles irem a festa beneficente de seus velhos amigos. Sozin...
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Kathleen Waldorf se deitou na cama como se fosse dela, estirou seus pés e os esticou sobre a parede rosa-queimado do recinto. Ela ficou assim por mais de dez minutos sem falar, ou fazer nada com o garoto. Lá fora, uma pequena garoa começava a jorrar pela vidraça e ele teve que ir fechá-la para não molha-los. Em todos os anos naquele casarão o silêncio foi seu grande amigo, Jay gostava daquela falta de palavras, mas pela primeira vez o detestou.
— Se não quer fazer nada por que veio? — disse inseguro de dirigir-se a ela diretamente.
Àquela altura do campeonato, ele não queria nem encarar os pés dela por causa de sua vergonha e, vendo que não conseguiria falar o que pensava em seus olhos, optou por colar sua testa no vidro.
— Porque não queria te envergonhar. — responde secamente. — Não queria te fazer ser motivo de chacota então vim contigo, mas não faremos nada. Absolutamente nada. — conclui enfática.
No fundo, Jay sentia-se decepcionado por não irem mais além, mas teimava em admitir isso a ela. Logo, lembra-se de que não adiantaria de nada esse sentimento se ambos não são nada a não ser dois desconhecidos. Lá no fundo, ele não admite, mas agradece.
— Por quê...? — hesita ao perguntá-la, um timbre rouco escapa de sua boca.
Finalmente, o rapaz a olha e percebe em seu olhar uma pequena fagulha. Como o início de um incêndio, o presságio do caos, a bonança antes da tormenta. Ela por si só parecia uma obra imaculada da humanidade, não tinha dúvidas disso. Seu corpo cheio de curvas, linhas e rugas, livre e majestosa como uma escultura inalterada, uma benção criada dos deuses e intocada pelos mortais. Por que ele não via essa conexão, esse mar revolto de sentimentos, ou indecisões com Sandra? Por que essa explosão de sentimentos só estava acontecendo agora e com ela?
— Porque depois você se arrependeria disso. Como disse, sei de tudo. Não sou tola, vejo como Connor te olha e como você olha para Sandra. Acha que está sendo discreto? — dispara feito bala.
Ela tomba a cabeça para encará-lo devidamente com um sorriso cínico e uma risadinha irônica. Jay não era lá os mais contidos de suas emoções, portanto, não sabia escondê-las perfeitamente das pessoas não tão chegadas. Essa é a sua maior qualidade, não conseguir mentir. No entanto, para a sua surpresa, ao invés de encontrar indecisão, insegurança ou desilusão nele a moça viu surpresa e esperança no angelical rosto masculino.
Ela não compreendia, mesmo depois do que dissera via alegria numa pessoa que visivelmente não teria nada sério com aqueles dois amigos. Porque no fim eles só são isso, não iria mudar.
— Você acha que eles...? — com uma feição sorridente o rapaz a encara com os olhos brilhantes. Ela só não sabia que ele precisava apenas de uma brecha, uma simples brecha para depositar suas esperanças, e Kath fez isso.