Fazenda ApalachesIsabel passou a noite inquieta, pensando no momento que havia presenciado no escritório: seu irmão mandando Gonzáles fazer alguma coisa. E algo lhe dizia que nada bom poderia vir disso. E algo tinha ver com alguma coisa que Afonso poderia ter aprontado.
Ela foi até a baia dos cavalos, onde o peão se encontrava cuidando de seus afazeres. Os dois trocaram olhares novamente. Isabel não podia negar que o jeito xucro de Gonzáles era até um pouco atraente, e ao que parecia, ele também também demonstrava interesse por ela. O pior era que Isabel sabia disso, e por essa razão sempre o provocava.Isabel: O que o meu irmão queria com você?
González: Assunto dele, Senhora.
Isabel: Não acha que está ficando muito atrevido, peão?
Gonzáles: Perdoe-me, Senhora. Não quis ser desrespeitoso. Só disse a verdade. E a senhora sabe muito bem como é o patrão.
Isabel: Sim, eu sei. ... Ele e minha mãe são cheios de mistérios. ... E o que meu filho tem a ver com isso?
Gonzáles: Se me permite uma sugestão... Por que a senhora não pergunta a ele?... Meu trabalho é cumprir o que me mandam.
Isabel: Mas... Se eu te compensasse? — Disse se aproximando do peão e acariciando seu rosto. — Me contaria?
Gonzáles: Que compensação poderia me dar?
Isabel: Apenas me diga o que você quer.
Gonzáles: Por favor, Senhora. Não provoque. — Ele possuía uma expressão lasciva em seu rosto.
Isabel: E se eu me recusar?... O que vai fazer?
De repente, Gonzáles e a agarrou pela cintura, colando seus corpos.
Gonzáles: Me solte, peão! Como ousa?! — Exclamou Isabel. — Prefiro dormir no chiqueiro mais imundo, do que me deitar com alguém como você. — Disse se soltando dele e saindo com um sorriso de deboche.
"Algum dia, Isabel... Você vai ser minha!" Pensou González.
***
Delegacia de San Ricardo
Lorenzo estava em sua mesa fazendo o que mais detestava: preenchendo relatórios. Ele achava aquilo chato, maçante e o enchia de tédio. Porém, o jeito como Santiago chegou, jogando coisas em cima da mesa, parecendo bastante aborrecido, acabou por chamar a atenção do delegado.
Lorenzo: Bom dia?
Santiago: Hã?... Desculpe, Chefe. ... Bom dia. — Ele respondeu sério.
Lorenzo: Aconteceu alguma coisa?
Santiago: Sim, Chefe, aconteceu. Mas não sei se quero falar sobre isso agora.
Lorenzo: Entendo. ... Santiago, se não estiver bem, pode tirar o dia de folga.
Santiago: Não, Chefe. ... Eu tô bem. Prefiro ficar aqui, me concentrando no trabalho. Se eu for pra casa, vou ficar pensando na... Deixa pra lá. — Disse um formulário de relatório e começando a preencher.
Lorenzo não era bobo. Conhecia o semblante de um homem magoado por uma mulher de longe. Algo lhe dizia que as coisas não andavam bem entre Santiago e Adelaide. Mas não perguntou nada, não queria pressioná-lo a falar no assunto.
Foi então que o telefone tocou. O próprio Santiago atendeu e na mesma hora olhou para o Delegado.
Lorenzo: O que foi, Santiago?
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A viúva de San Ricardo
FanfictionDizem que entre a justiça e a vingança existe uma linha tênue. Você nunca sabe onde começa uma e termina a outra. E não importa quanto tempo leve, elas sempre chegam para aqueles que as desejam, procuram e que pacientemente sabem esperar.