Nunca na minha vida eu fiquei tão assustada como agora, trancada no escuro. Em um quarto que eu mal conheço.
Meu coração ta batendo tão forte e alto que eu tenho medo que ele quebre meu peito. Meus olhos estão bem abertos, desesperados para achar alguma luz aqui, mas não achando nada. Meus ouvidos estão estão focados em qualquer barulho anormal desde o que eu vi o que aquela gata fez, mas eu tudo o que eu escuto é a minha respiração acelerada. Calafrios estão correndo pelas minhas costas, criando arrepios em toda a minha pele.
Deus me ajuda.
Eu sei que a porta e a escada estão atrás de mim em algum lugar. Elas tem que estar já que eu não me movi. Tudo o que eu tenho que fazer é ficar calma e achar meu caminho pelo escuro.
Eu me arrepio e me acalmo. Não tem ninguém aqui, exceto pelo fantasma da Dinah e eu sei que aquela gata gosta de mim.
Menos assustada eu me viro devagar. Meus braços estão na minha frente pra que eu posso sentir a escada ou uma parede.
Eu derrubei a lanterna e não planejo achar ela.
Devagar eu começo a caminhar, colocando um pé na frente do outro. O rangido da madeira soa embaixo do meu pé, se misturando com o barulho da minha respiração.
'Quase lá' Me encorajo mentalmente. Eu tenho que estar. Eu caminho contra algumas caixas, mas saio do caminho, depois voltando pra linha que eu estava andando.
Finalmente minhas mãos tocam alguma coisa. Eu quase suspiro em alívio. Eu finalmente achei a parede, mas percebo que não é uma parede. Paredes não são macias e quentes.
Minha mão escorrega pelo objeto na minha frente. Eu sinto pele, e então o cabelo de alguém.
Eu prendo minha respiração.
Eu to tocando em alguém.
"Boo" Uma voz soa dentro do quarto. Não foi mais alto do que um sussurro, mas o suficiente para escutar.
Eu to totalmente congelada. O que mais eu posso fazer? Eu estou dentro de um quarto desconhecido no escuro com uma pessoa aqui.
Meu coração para completamente quando vejo duas luzes começando a se formar na minha frente. Está na minha altura, talvez um pouco mais abaixo.
Eu não consigo tirar a minha cabeça da direção das duas chamas, é como se elas me tivessem em um feitiço.
Segundo por segundo elas começam a ficar maiores, iluminando o que está na minha frente.
Na luz oscilante eu vejo a mesma menina que eu vi na televisão mais cedo. A com o cabelo preto.
Sua boca cortada e rastros de sangue seco saindo dos cortes. Cortes severos estão em todo seu corpo e as chamas, elas brilham de seus vazio e queimados olhos.
Mesmo ela não tendo olhos, sei que está olhando na minha direção. O sorriso cortado na sua face faz parecer que ela está sorrindo tolamente pra mim. E talvez ela esteja.
Lentamente ela começa a levantar a mão ensanguentada e traz perto do meu rosto.
Eu não consigo me mover. Eu nem consigo olhar para outro lugar sem ser a sua cara. Eu não consigo fazer nada sem ser esperar que ela toque em mim e provavelmente me mate.
Meu coração está martelando no meu peito de novo. Eu consigo escutar o sangue passando nos meus ouvidos, esse sendo o único barulho que escuto.
Seu dedo quase tocando minha bochecha. Chegando cada vez mais perto...
E então tudo fica preto de novo.
Eu descongelo e dou alguns passos para trás rapidamente. Começo a correr para longe dela, querendo nada mais que sair daqui.
Felizmente eu rapidamente acho a escada. Eu corro pra cima e abro a porta, correndo para a luz.
Fecho a porta atrás de mim e tranco, para a menina não sair de lá.
Eu escorrego na parede oposta da porta do porão e tento me acalmar.
O que aconteceu lá embaixo?
Lentamente meus pensamentos começam a voltar para os acontecimentos anteriores.
Primeiro eu descobri que minha gata na verdade está morta. Eu fico assustada e tudo fica preto. Minha lanterna morre, mesmo minha bateria sendo nova. Realmente tem uma menina mutilada na minha frente. Como ela entrou ali? Como ela consegue estar viva com todos aqueles cortes.
Mas de novo. Dinah não está viva também.
Talvez a garota seja igual a minha gata, talvez ela não goste de mim tanto como Dinah gosta.
Eu suspiro de novo quando percebo que já vi ela na minha casa... Quando eu estava desenhando no campo. Não foi uma ilusão.
E depois na televisão, quando as luzes começaram a agir estranhamente, foi ela também?
Provavelmente.
Minha cabeça vira pro lado imediatamente quando vejo um movimento.
Dinah senta na minha frente, virando sua cabeça e me olhando como sempre.
"Você gosta de mim, não gosta? Você não me machucaria, certo?" Eu pergunto pra gata, e como se ela me entendesse, levanta sua bunda do chão e vem até a mim. Ela começa a girar quando esfrega sua cabeça na minha perna.
Eu sorrio e eu faço carinho atrás da sua orelha. "Eu gosto de você também, Dinah" Eu digo.
Me levanto. Preciso de respostas.
Eu caminho para a sala de estar e meu olhar se prende em um olhar verde e raivoso.
Eu congelo de novo.
A mesma garota do porão está parada na minha frente, me olhando com raiva.
Ela não possui mais feridas.
Do nada ela se lança a mim. Em questão de segundos ela atravessou a sala e chegou a mim.
Eu fecho meus olhos e grito em horror. Ela vai me matar.
Eu espero por alguma coisa, mas tudo o que eu sinto é uma fria brisa na minha frente.
Cuidadosamente abro meus olhos.
A sala está vazia.
Eu estou sozinha.
Vejo meu celular na mesa e pego ele, correndo pra fora da casa. Eu espero que a garota não me siga.
Eu paro na rua e desbloqueio o celular, tocando em alguns botões antes de colocar na minha orelha.
"Alô?" Uma voz responde depois de uns toques.
"Vero? Você precisa vir aqui. Agora"
--------------------------
Ooi! É a Isa :)
Desculpa pelo horário, tive que estudar e só consegui traduzir agora.
Até quarta!
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Dead Girl
Horror12 de abril de 1934, A família Jauregui foi encontrada brutalmente assassinada em sua casa. Esposa e marido tinham sido amordaçados e mutilados antes de serem baleados na cabeça. Sua filha de 17 anos de idade, Lauren Jauregui, foi encontrada no armá...