Aos 8 anos, Theodore, seu pai e mãe se juntaram pra assistir um filme, como sempre faziam. Em um certo momento uma cena muito adulta se seguiu. Claro que ele ainda era muito novo pra isso e seus pais, sempre muito sinceros o informaram sobre: — Ah, mas eu queria ver! — ele disparou, mantendo sua grande personalidade curiosa. — Filho, eu prometo que quando você fizer 10 a gente deixa, esse mesmo filme, exatamente essa cena. Não podemos negar que isso ficou na cabeça dele. Mas ele esperou, compreendia os pais e eles o compreendiam. E no tempo certo a promessa foi cumprida. Ele estava entrando no quinto ano da escola e, até onde se sabe, a grande parte das escolas iniciam a suas matérias ligadas a reprodução nessa época. Então eles aproveitaram o momento pra abordar o assunto de maneira mais científica e sem toda aquela história de sementes. Além disso, eles também conversaram sobre o sexo como maneira de prazer, mas deixando claro como algo para adultos, as mudanças que poderiam acontecer em seu corpo a partir de agora e no corpo de suas amigas e como todo esse processo funcionava e que deveria ser respeitado. E enfim ele viu. Tudo era bastante sexualizado, mas ele estava pronto pra isso. Apesar disso, muito trabalho ainda precisava ser feito, parece que a educação sexual não acabava nunca mas, agora as coisas se tornariam um pouco mais interessantes, só que ninguém soube responder se seria de maneira boa ou ruim. — Théo, lembre-se: não inicie um assunto sobre isso com qualquer amigo, mesmo que ele seja mais velho que você, nem todos eles ainda sabem disso e temos que respeitar o momento de cada um, mas se tiver alguma dúvida pode sempre nos perguntar. — As palavras paternas ecoavam por sua cabeça. Como? era uma descoberta histórica, talvez um pouco nojenta, e revolucionária, que muda todo o seu mundinho, o grande segredo dos adultos, como dar a vida! Mas também era incrivelmente divertido guardar um segredo.
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Naquele mesmo ano uma surpresa muito bem vinda chegou para aquela família. Os pais mal se aguentavam para contar a Theodore, e o assunto até tinha um potencial de ser divertido já que relacionamentos e sexo eram coisas totalmente naturais para eles. As vezes, até era o assunto do jantar! — Filho, temos uma notícia bem legal pra contar, senta aqui. Um vídeo game naturalmente seria bem mais legal, mas o resultado foi o melhor possível. Théo, já estava bem informado sobre como os bebês saiam de lá, normalmente aos 9 meses, mesmo sendo um pouco estranho de pensar sobre isso, mas perguntou: — Como vai ser o parto: cesária ou... normal? — Amor, a gente ainda nem pensou em nomes. — Zara hoje gargalhava das perguntas, até que outra surgiu. — Vocês se divertiram fazendo-o? — ora, então ele havia se interessado pelas sensações! — É — o casal trocou olhares confidentes — foi divertido.
