Remains our fears

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Zayn

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Zayn


Desde que voltei para Malibu, Harry intensificou uma mania antiga.

Sempre fizemos tarefas domésticas juntos. Porém, quando estava distraído, ele me abraçava e cheirava meu pescoço. Quando estávamos conversando, assistindo a televisão ou simplesmente caminhando lado a lado, ele cheirava meu pescoço e me dava um sorriso.

Quando íamos dormir, ele se enroscava com o meu corpo, abraçava a minha cintura e deixava a cabeça estrategicamente posicionada entre meu peito e meu pescoço. É claro, dormia sentindo o meu cheiro.

Enquanto voltávamos para o nosso apartamento, logo após sair pela segunda vez da cidadezinha medíocre, Harry dormiu com a minha jaqueta encostada em seu ombro, inalando o aroma na região do colarinho.

Sempre que tinha a chance, olhava a cena e sorria. Podia apostar que ele mesmo não percebia que tinha aquela mania, e se percebesse, acharia romântico como quase tudo o que fazíamos juntos.

Meu Harry também exaltava todas as coisas relacionadas a mim, sendo a única pessoa que conseguia ver meus pontos positivos. O que eu chamava de exagero, ele automaticamente chamava de intensidade. Essa era a principal diferença entre nós. E eu amava.

Compreendi a mania. Talvez, Harry sentia meu cheiro para verificar se eu estava ali e que nós estávamos juntos. Meu sorriso desapareceu, uma sensação péssima me consumiu. Na mesma hora, a expulsei, era loucura. Meu namorado sabia que não iríamos nos separar, confiávamos um no outro muito mais do que já confiávamos antes daquela fuga acontecer.

Aquela sensação, no entanto, retornou. Tinha algo errado e não sabia o que era.

Quando a estrada ficou praticamente vazia, levei a mão direita até a manga da blusa dele e a levantei devagar. Ótimo, eram apenas cicatrizes que já estavam sumindo na pele regenerada naqueles últimos meses.

Olhei para o meu relógio de pulso e conferi o horário. Em seguida, levei a mão direita outra vez ao meu namorado, acariciando seu cabelo e o chamando bem baixinho até que ele despertasse e coçasse os olhos.

— É hora do remédio. Está no porta-luvas.

— Remédio? — perguntou sonolento, até que verificou o porta-luvas. — Estou com fome, amor. — Torceu os lábios.

— Nem tente isso outra vez, não vai conseguir me manipular — repreendi. — Vamos, tome o remédio, já estamos chegando em Malibu. Prometo que vou comprar aquela massa fresca que você gosta.

Ele esboçou uma careta antes de pegar o frasco, virar um comprimido na palma da mão e o tomar, bebendo um pouco de água em seguida.

— Podemos comprar um doce de mil folhas? — virou seu rosto e sua voz agora era gentil.

Remains You - Zarry StylikOnde histórias criam vida. Descubra agora