Décimo Primeiro Capítulo

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Ainda P.o.v
Do
Elisabello

Não é como se ela fosse me querer, eu não queria fazer ela me querer, eu só sentia extrema necessidade de falar o que eu sinto para ela, e, mesmo que a resposta fosse "Não", eu estaria pronto para recebe-la

Na carta dizia em resumo:

"Querida, precisamos conversar...! Bem, EU preciso conversar"

Um local, uma data e um horário, e o momento havia chego. Ela era destinada para mim, eu queria pelo menos esclarecer as coisas

Havia a possibilidade dela nem aparecer, mas não me importa, é um direito dela

E eu esperei por ela uns 10 minutos, até finalmente ver movimento,mas aquilo não era uma mulher, era um homem! Era ele...

Alto do cabelo Branco e chapéu

"E... A quem você achou que a carta chegaria primeiro? À mim ou minha noiva?" Ele bateu a carta levemente próxima a bochecha "Independente disso, ela está em minhas mãos agora" suspirou, limpando o monóculo do contorno dourado "Espero que não se importe de conversar comigo, Elisabello!" Ele ofereceu um riso gentil

P.O.V
Da
Lisenne

Um tempo se passou e eu estava sentada na mesa, bebendo um pouco de chá enquanto lia sozinha, até que ouvi as batidas na porta

"Um momento,um momento!" Fui até a porta e abri,mas já fui surpreendida com um beijo

"Boa noite!" Ele disse contente, com um sorriso caloroso

Jack estava totalmente bobo, com as mãos para trás e ficou um pouco mais inclinado para me dar esse beijo, havia um pouco de neve em seus ombros e isso era engraçado

"Oh, entre" o chamei para dentro "gostaria de alguma coisa?"

"Apenas conversar. Aquele seu amigo do baile, ele andou vindo aqui?"

"Hmhm!" Confirmei com a cabeça "Ele veio pela tardezinha, me deu um livro e ficou um tempo comigo"

"Um tempo? Você estava lendo para ele?"  Ele olhou para mim "ei, por que não esperou para que pudéssemos ler juntos?"

Oh, Deus, era justamente o que parecia

Jack estava com ciúmes e ao mesmo tempo, pelo olhar em seu rosto, carente de atenção.

"Ei,ei... Não fique assim"

Por dentro eu estava rindo um pouco com o quão fofa era aquela cena

"Eu posso ler para você também! Às vezes eu não leio?"

"Podemos fazer isso depois, na minha casa" ele riu " Eu só vim dizer que não quero que saia de casa pela noite ou quase noite, entendeu? Ouvi dizer que próximo desse lugar estão ocorrendo assassinatos. Não quero imaginar você presenciando algo assim!"

"Como tem tanta certeza? Não vejo mal em você querer me proteger, mas... Vou precisar sair às vezes"

"Eu tenho certeza porque sou eu quem escreve o artigo, amada" ele me deu um peteleco no nariz "Você sabe que eu te amo, fique em casa para seu próprio bem"

O tempo passou e mais assassinatos ocorriam, por um tempo, Jack só me deixava sair com ele. Em certo tempo, um medo bateu, sem notícias de Margareth ou Elisabello.

Até que houve um dia, um dia em que eu fui a desobedecer e saí durante a noite

Não era algo muito importante, mas era algo que eu precisava fazer naquele horário. Buscar uma peça de roupa nova não poderia ser tão difícil, né?

Foi quando eu fui puxada para um canto escuro, entrei em desespero, mas aquela mão era suave e eu conhecia o cheiro doce

"Margareth..." Sussurrei

"Sim..." Ela tirou a mão

O que ela estava fazendo alí?

"Olhe, minha Lis, está carta é para você" ela ofereceu "Aquele menino pediu para que eu entregasse para você"

"Elisabello?" Perguntei "Então estava indo para minha casa?"

"Eu pretendia te encontrar lá e depois ir em outro lugar,mas..."

"Tudo bem, tudo bem..." Peguei a carta "obrigada" fui logo abrindo, mas além de estar muito escuro, Margareth colocou a mão por cima, para que eu não o fizesse

"Abra em casa, e longe daquele homem"

"Jack. Você diz" fiquei um pouco exaltada com o jeito que ela se referiu,mas isso passou quando senti o beijo dela

"Boa sorte no seu caminho" ela disse logo saindo

Eu passei um tempo carregando as informações, e quando corri atrás dela, a mesma já havia sumido

O batom dela em mim... Era quase como se eu tivesse passado batom em mim mesma, em toda minha vida, essa foi a primeira vez em que fui beijada por uma dama,assim como eu

Um rubor subiu nas minhas bochechas e isso era inevitável, depois de voltar para casa eu ainda estava pensado sobre isso. Foi quando lembrei de abrir a carta

"É certo que não sou bom com cartas, mas vou ditar algumas coisas sobre esse seu 'noivo' "

Era apenas o começo...

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