Fifteen

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Vitória me olhava atentamente, e eu olhava para minhas mãos, tentado saber o que falar, depois do jogo eu pedi para Vitória me seguir e levei ela até o fundo do colégio, atrás do vestuário. Onde tinha um espaço bem bonito, com a grama bem cuidada e várias árvores, todas vinham até aqui para se pegar, o que certamente não era o que eu iria fazer.

Eu estava encostada em uma árvore e pensava no que falar, finalmente tomando coragem, levantei meu olhar até os negros dela.

_ É... bom, Vitória?

_ Sim, — respondeu um pouquinho animada demais.

_ Bom, eu, er... eu não posso fazer isso... tenho que deixar tudo claro para você...

_ Claro! Pode continuar! Fala Jujuzinha, não enrola.

_ Bom, eu acho, só acho, posso estar sendo um pouco egocêntrica, mas acho que você está um pouquinho interessada em mim além da amizade — falei sem jeito coçando a nuca.

_ Olha Jujuzinha, fico até um pouco sem jeito..., mas sim... Eu gosto muito de você- mordeu os lábios.

_ Então... Não posso te iludir... Eu meio que... não posso ficar com ninguém...

_ Por quê? Você gosta de garotas, não gosta? — perguntou com o cenho franzido e lábios crispados, quase revirei os olhos, porém respirei fundo_ formamos um casal lindo, você gosta de garotas e eu gosto de você, porque você não pode ficar com ninguém?

_ É...Er que...

_ Fala Juliette! Diga porquê! Você durante todo esse tempo tem dado olhares para mim, fica dando indiretas através da Carla! Eu achei que também estava a fim de mim — Falou apontando o dedo.

Eu abrir a boca chocada.

_ Não dei indireta alguma! Bom... eu...é

_ Então porque Carla saia para nos deixar sozinha? Fale! Ela é sua amiga, você falou alguma coisa para ela, ou apenas estavam rindo de mim?

_ Eu... a Carla...- Então arregalei os olhos com uma ideia _ eu falei para ela que gostava de você para tentar deixar Carla com ciúmes — Falei olhando para o chão.

_ Vocês...? Como...? Quando...?

_ Eu sou apaixonada pela Carla, a amo desde sempre, mas ela não percebe... Eu tentei deixar ela com ciúmes... E não posso ficar com ninguém porque sou apaixonada por ela — Falei olhando para o chão, como era péssima com mentiras, se olhasse, ela descobriria, Vitória era completamente louca! Não que eu já não desconfiasse disso antes.

Eu era uma gênia! Como não usei isso antes? Era uma desculpa ótima.

_, Mas a Carla gosta de homem.

_ Eu sei, mas não mando no meu coração, bem que eu gostaria — o pior era que eu realmente gostaria_ você é incrível, linda e muito legal, mas amo a Carla, não posso fazer nada, não consigo ficar com ninguém além dela, sinto muito — suspirei dramaticamente_ Tchau! Vitória, e por favor não diga isso a Carla, ela não pode desconfiar de meus sentimentos — dei um abraço sem jeito nela e me virei andando, deixando Vitória de boca aberta me olhando, sai praticamente correndo, tentado encontrar Carla e matar ela, pois tudo começou por causa dela, essa rapariga.

Quando conseguir entrar no colégio, suspirei aliviada, tinha conseguindo me livrar da Vitória.

Me arrumei e comecei andar em direção ao estacionamento, como já tinha acabado as aulas, Carla já deve ter ido embora com o motorista dela, então só faltava eu pegar Jureima e ir para casa.

Senti uma mão tapar minha boca e arregalei meus olhos, apavorada, a pessoa era mais forte que eu, e me pegou desprevenida, logo me arrastando até a sala de produtos de limpeza, quando a pessoa me colocou lá dentro e se distraiu fechando a porta eu taquei uma mordida na mão macia.

_ Sua Louca! Que dor! — Falou alto com a voz sofrida de dor, me virei ligando a luz com os olhos cerrados, e quando a sala clareou, confirmei minhas suspeitas. Era Sarah em toda sua gostosura, me olhando e balançando a mão mordida_ você é uma vaca descontrolada mesmo!

_ Olha! Tu me respeitas que não sou você. Não? E, porque me jogou aqui? Está querendo me matar?

_ Está apaixonada pela Carla, é? — Caiu na gargalhada_ quem cai em uma história dessas? Dá para ver que vocês são iguais, irmãs... Estava tão desesperada para se livrar da Piu- Piu assim?

_ Estava ouvindo minha conversa escondida? — abri a boca chocada, Sarah ergueu a sobrancelha e sorriu sem graça.

_ Claro que não! Eu só estava passando e ouvi...

_ Claro! — Falei fazendo uma careta_ E, porque me trouxe para cá, hein?

_ Oras, pois...- Umedeceu os lábios para sorrir, me fazendo quase gemer_ para conversar com você Juju...

Ri e neguei com a cabeça, observando-a se aproximar, ergui minha mão segurando seus ombros para impedir.

_ Você nem venha! Qual é sua, hein?

_ Qual é a minha...? Estou com saudades de você, ué — Segurou meu braço e puxou para me aproximar, eu revirei os olhos.

_ Sai.

_ Porque, uhm? — Tentou me beijar e eu fiz o mais lógico, me afastei dela e virei a mão na sua cara_ Aí — Colocou uma das mãos no rosto, exagerada, pois nem bati com força _ Porque me bateu Ju?

Ignorei o apelido e apontei o dedo para ela.

_ Você é louca? Se liga, você tem namorado, e eu, não quero nada contigo! Pensa que toda hora que quiser se aproveitar de mim, é só me puxar para um lugar isolado? Aquele dia eu estava bêbada, BÊBADA!

_ Certo Juliette, mas vai negar que gostou? — se aproximou novamente, mesmo com meus olhares fulminantes_ Porque eu gostei... E muito... Não consigo parar de pensar em você...

_ Aham, e seu namorado sabe disso? — Perguntou rodeando-a enquanto ela tentava me pegar_ abre sua porta Andrade, tenho mais o que... SARAH me larga! — Falei quando ela conseguiu me segurar e me colocou contra a parede_ estou falando sério!

Sarah sorriu e grudou nossos lábios, com uma força tão grande que eu não pude fazer nada além de retribuir. 

A Vadia da minha Crush- SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora