A Vadia da minha Crush- Sariette

Seventeen

_ E... Meio que voltamos, sabe? — eu ia rir se estivesse de bom humor, como não estava somente a olhei tipo "sério?". 

_ Quem que poderia suspeitar? — reviro os olhos. 

 _ Está com esse mau humor por causa da Andrade ainda? — perguntou rindo baixinho, a olhei indignada. 

_ Olha, eu não posso fazer nada que é por causa dessa garota! Se eu respirar é por causa da Porra da Sarah, se eu ouvir "Green Eyes" é por causa dela! Se eu perder a merda da fome é por causa dessa Demônia! Que inferno de vida — falei puxando meu cabelo de tanta raiva_ parece que minha vida gira em torno dela! Quando ela virou meu eixo? — bufo e tiro minha jaqueta jeans, pois isso me deixava revoltada em um ponto de me dar calor, quando olhei para Carla ela estava me olhando divertimento, o que me deixou com mais raiva_ que foi? Virei Palhaça? 

_ Amiga você tem um crush tremendo nela — a minha boca foi no chão, eu não tinha um "crush" na Andrade, na verdade, eu a odiava, ela pensava que podia me usar e me tratar igual uma idiota quando tinha gente perto, a sorte dela é que eu não uma babaca coisa que ela é, ou quando ela me chamasse de estranha, ou mulher macho junto com as amigas dela, eu gritava que foi essa estranha a fez gritar e revirar os olhos. A Andrade era uma imbecil, desde o dia, que "ficamos" porque ela foi atrás de mim, ela passou me tratar igual a antes, não perde uma chance de fazer a minha vida um inferno, e se não bastasse, a família dela ainda comprou uma casa, mansão para ser mais exata, no condomínio de luxo que eu e minha mãe morava, descobri isso quando o cachorro da desgraçada me atacou (a mando dela certamente) era um pinscher, nojento igual ela, o bicho saiu correndo atrás de mim, me fez correr por um bom tempo, só não mordeu, pois, a bonita o chamou, depois de ter me filmado e mandado para as amigas, não preciso dizer que viralizou na escola. 

Desde então, ela virou uma versão piorada de si mesma, e isso me deixava morrendo de raiva, pois Carla insiste que ela faz isso para chamar mina atenção e que eu, por algum motivo, tenho uma paixonite nessa Lúcifer, isso porque ela só sabe dos dois beijos, preferi esquecer o ocorrido na sala de produtos de limpeza, eu confundi desejo com ódio, odeio ela, nada, além disso. 

_ Olha, não vou falar mais nada... — falei frustrada, respirando fundo, Carla estava rindo igual uma idiota, mas ergueu as sobrancelhas ainda com sorriso confuso nos lábios, olhando para um ponto atrás de mim_ você deveria cuidar era do Arthur, e não da minha vida — comentei alheia as atitudes estranhas da minha melhor amiga. 

 _ A... — Começou ela, porém não deu tempo de terminar, já que eu senti uma coisa gelada atingir minha cabeça e levantei assustada e confusa, observando o líquido gelado, se espalhar por meus braços desnudos pela camisa regata branca e até mesmo em minha calças jeans_ puta que pariu! 

Olhei para cima, e entrei Sarah, no meio de Thais e Pocah, às três rindo e Sarah com a mão na boca rindo também, segurando um copo grande rosa com vários desenhos totalmente vaziam, já que tinha esvaziado ele na minha cabeça! 

_ Nossa, me desculpa Freire! Eu não... — rindo, avaliou o estrago que tinha feito, e abriu a boca ao olhar minha camisa molhada, piscando várias vezes, e eu, ainda estava em estado entorpecido, não conseguia acreditar que ela tinha me molhado inteira, na frente de todos os alunos, já que estávamos no refeitório, Sarah mordeu os lábios, mas logo se virou para olhar suas amigas, Thais estava rindo igual uma retardada, e a maioria dos alunos estava fazendo o mesmo, mas Pocah estava piscando rapidamente, com a boca entreaberta, olhando para a direção da minha camisa, Sarah ficou vermelha olhando ao redor e correu até minha jaqueta, jeans, que estava na banca ao lado que estava sentada e colocou na frente da minha camisa, me deixando confusa ainda mais... até que minha mente clareou e eu percebi o que estava acontecendo, estava morrendo de raiva da Andrade, porém uma coisa me impediu de matar ela, a vergonha, a regata estava molhada e eu estava sem sutiã. Mas o líquido fez a camisa ficar transparente! E vários alunos me viram, inclusive a amiga dela viram, antes que morasse de vergonha, a Andrade me segurou pelo braço e me puxou, me levando para algum lugar, e eu desacreditada apenas me deixou, deixei ser arrastada.  

Quando chegamos ao banheiro feminino, a Sarah me jogou lá dentro e trancou a porta, eu fiquei olhando para ela de boca aberta, não conseguia acreditar em tamanha vergonha que ela me fez passar. 

_ Eu... Eu não... 

_ VAI PRO INFERNO ANDRADE! O QUE VOCÊ QUER? FICAR LIVRE DE MIM? Você conseguiu Porra, eu não suporto mais AGUENTAR VOCÊ — disse com raiva, eu não aguentava mais essa desgraçada, eu não ia aguentar até o fim do ano letivo, ia pedir para minha mãe me colocar em outro colégio, público de preferência, eu ia explicar a situação para ela, minha mãe ia entender, eu faria qualquer coisa para ficar longe dessa garota. 

Sarah abriu a boca e engoliu em seco. 

_ O que está você está querendo dizer? 

 _ QUE EU VOU SAIR DESSA PORRA DE COLÉGIO!