Onde está o sorriso franco e aberto
E as noites perfumadas, madrugada?
Hoje no peito solidão, pleno deserto
Igual um cão na chuva fria na calçada.Onde está o amor que juravas ter por mim?
Sem despedida, sem beijo, sem afeto
Algo inacabado, desprezado, nada enfim
Somos o que? Fomos o que? Só objetos?Ninguém pode perder o que não teve
Mesmo assim a dor existe é insistente
Quem não sabe amar não aprenderia em poucos meses
Muito menos quando o amor é inexistente.E o pior é a contradição, que coisa triste!
Muita gente se acostuma até com o inferno
Tentar crer ver algo lindo o que inexiste
E fazer do sofrimento um ciclo eterno.Que moral tem quem tanto dá ouvidos?
Qual o parâmetro tem quem tanto ouves
Não faz diferença o que vês ou tens sentido?
Fala de amor como quem nunca disso soube.O pior sentimento de si é o desvalor
E querer se sujeitar a mil desprezos
Afastar de si, tão cegamente,o puro amor
É suportar de sua escolha um enorme peso.Não posso ter mais do que vi, indignação
Isso não é fraqueza, brio, orgulho, nada
Só sei do que senti em meu coração
Só saiba que tentei fazer sentir-se amada.<<< >>>
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A Inauguração do Amor e o Desejo
PoesíaA inauguração do amor e o desejo é a primeira parte de uma trilogia em que o autor esboça várias nuances do amor, da paixão e dos relacionamentos em textos carregados de texturas, sensações e muitos sentimentos. Os poemas retratam as emoções que sen...