Nossa filha é um decepção

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Lisa Marie
Memphis Tennessee,
21 de dezembro de 1998
Tasty foods • 13:30

Estou sentada em uma mesa posta ao lado de uma janela de vidro dando a visão de uma ruazinha pequena. Meus pensamentos estão a mil e o único lugar que mais costumo frequentar quando estou precisando espairecer é o Teasty foods o meu restaurante preferido.

É um lugar pequeno e afastado, frequento Teasty foods desde de criança. Papai me trazia aqui e dizia que era o seu lugar preferido por ser afastado da cidade, e aqui ele tinha paz de toda loucura de um artista famoso.

O fato é que ele também se amarrava na decoração rústica do local e na comida divina. No inverno o lugar fica ainda mais convidativo por causa da lareira com duas poltronas fofinhas na frente do folgo para você se esquentar tomando um delicioso chocolate quente.

Lauren uma senhora de meia idade se aproximou da minha mesa com seu sorriso gentil no rosto. Ela estava de avental e seu cabelo preso com uma pequena toca escondendo apenas o seu coque atrás, ela trazia consigo um caderninho e uma caneta.

– Olá Lisa vai ser o de sempre? Já aviso que as rosquinhas de chocolate com raspadinha de limão estão fresquinhas — disse entusiasmada.

– Hoje não Lauren estou esperando um amigo, vamos almoçar aqui. Mas se você puder preparar algumas para a viagem, ficarei feliz — sorri fechado e voltei a olhar para rua de novo, mas senti que Lauren ainda estava ali em pé parada me olhando.

– O que foi Lisa? Desde que entrou sinto você meio distante — Lauren perguntou olhando ao seu redor. O movimento estava calmo, o local estava praticamente vazio só havia um rapaz na mesa do canto e duas moças em outra um pouco distante. Lauren sentou na cadeira a minna frente — se quiser conversar, eu tenho alguns minutinhos querida.

– Não é nada, só estou aproveitando o meu último dia de liberdade. — Lauren franziu o cenho e deu uma arqueda na sobrancelha de leve sem entender. – Ok, eu não expliquei direito. O meu pai botou uma noia na cabeça de que tenho que ter um guarda-costas agora — revirei os olhos.

– Tá, mas o que isso tenha haver com sua liberdade querida? Ainda continuo sem lhe entender. — Ela perguntou com um sorriso de lado. Isso era o que me prendia nela é difícil ver essa mulher de mal humor.

– Lauren você me conhece a um bom tempo de todas as vezes que frequentei esse lugar com meu pai quando criança e depois que me tornei adulta passei a frequentar sozinha. Você já deve ter notado que eu nunca gostei de ninguém no meu pé para comandar os meus passos, olhar tudo o que eu faço e com quem faço! Eu não quero isso pra minha vida — disse gesticulando.

– Eu entendo o seu pai, talvez ele só esteja preocupado com você. Eu lembro bem do dia em que ele chegou aqui a procura de um refúgio, estava triste e nervoso com o quase sequestro da sua irmã. Lisa minha filhinha não queira ver seu pai assim de novo, se não for por você aceite por ele. — Ela sorriu para mim e levantou pegando seu caderninho e e ajeitou seu avental.

O sino da porta tocou era o Daniel, ele acabará de entrar. Ele veio em direção a mesa, o mesmo estava vestido de blusa branca de mangas e calsa jeans. Os seus cabelos pretos bem alinhados com um topete. Ele me comprimentou com um beijo na bochecha e sentou dando um boa tarde para Lauren.

Fizemos o pedido e Lauren se retirou. Conversamos sobre vários assuntos aleatórios da vida um do outro, até nossa comida chegar. Desfrutamos de um almoço delicioso feito pelas mãos milagrosas da querida Lauren. E claro que eu nunca perdia a oportunidade de elogiar a divindade da sua comida, ficamos bem satisfeitos e agora estamos tomando café.

Guarda-costas ( EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora