Escolhi Você

CAP 2

Eu não vou assumir a droga dessa empresa PAI ! - Não acredito que meu pai quer que eu assuma aquela empresa, só pelo egoísmo dele de querer aquela empresa só para ele. Apesar de ser herança que minha avó deixou para ele, ele faz de tudo para que meu tio não exerça o cargo nela. E por conta disso ele teve a brilhante ideia de me colocar lá dentro, tendo o maior cargo. Ele poderia colocar minha mãe, mas ela está lá não sei aonde. Deve ser uma daquelas viagens que ela sempre faz, diz ela que é para espairecer a cabeça. Tenho certeza que é para ficar longe do meu pai. Casamento de fachada, amor não existe mais entre eles. Somente dinheiro e sujeira jogada debaixo do tapede.

‐VOCÊ VAI TER QUE FICAR COM ESSE CARGO QUERENDO OU NÃO! - Gritou meu pai, que nessas horas já devia estar com a certeza que ninguém podia tirar dele.

‐ Espera só eu ir segunda-feira para essa empresa, mas espera sentado - Assim como ninguém poderia tirar minha ideia da cabeça também, ele vai não mudar minha opinião sobre isso.

‐ É mesmo ? Então quer que eu tire seu carro, cartão e roupas de grife ? Tudo bem...

‐ Vai colocar um filho que não entende nada disso. - não tinha como meu pai colocar um inexperiente que não entende de nada de cosméticos e principalmente de finanças.

‐ Se o problema for esse, não precisa se preocupar. Temos a melhor pessoa que entende disso, ela irá te ajudar em tudo, você irá aprender rapidinho. Não tem como você não conseguir aprender.

Que merda, eu não tinha escolha. E pensando por outro lado, teria essa pessoa que irá fazer todo meu trabalho, não vou precisar me preocupar mesmo. Sempre tive tudo que quisesse na minha mão, essa não será a última vez.

‐Ok, se terá essa pessoa que irá me direcionar na empresa, eu aceito.

‐Ótimo então, mas não pense que eu irei folgar seu lado só porquê você é meu filho. Irá ter que se esforçar como todos os outros que trabalham na empresa.

‐Vamos ver pai. - Eu não vou me esforçar nem um pouco, só preciso fingir que estou trabalhando e continuar com a minha vida de sempre.

Apesar no meu pai pegar no meu pé, eu tenho tudo que quero. Saio todas as noites, fico com quem eu quero e esbanjo dinheiro. Não preciso mais de nada, mulheres é só para meu prazer mesmo, nenhuma bagunça meu coração ou me fez me apaixonar. Elas podem ser gostosas, bonitas e boa na cama. Mas jamais irão aquecer meu coração, e isso nenhuma garota vai mudar. Depois que saí do escritório do meu pai, fui para garagem da casa. Peguei a chave do carro e saí para uma boate.

‐Não acredito que você me trouxe para esse lugar Ariana. - Depois que capotei na noite de filmes, no outro dia Ariana havia me ligado convidando para uma boate, ela tinha prometido que era uma boate calma e não tinha quase ninguém. "Tola foi eu de acreditar nisso". Aquele cheiro de bebida, a euphoria das pessoas e aqueles corpos grudentos por conta do calor daqueles corpos quentes. O lugar era totalmente o oposto que eu imaginava, só queria minha cama. Ao lado do bar tinhas pessoas se beijando loucamente no sofá, a música alta quase me deixando surda. Eu estava odiando aquele lugar !.

‐Para com isso e vamos curtir ! Você precisa sair um pouco, só vive naquela toca. Olhe ao seu redor, o quanto de homens gatos tem aqui. Aproveita amiga.

‐ Só se for para aproveitar meu sofrimento. - o que eu podia fazer era pelo menos pedir uma bebida, não bebia a anos e eu precisava relaxar um pouco. Apesar de não gostar de nada disso a Ariana tá um pouco certa. Faz tempo que eu não socializo, olhando em geral, mal tenho amigos. Se for para contar só tenho a Ariana, e de amor nem se fala.

‐Me dê uma Margarita, por favor. - só espero que seja só um drink, sou fraca com bebidas. Recebo a bebida e tento relaxar ao som da música, até que ela não é tão ruim assim. Sinto um alguém chegar perto de mim mas não dou muita importância. Moradessa já não sei mais meu nome direito.

‐ Me dê uma dose de tequila parceiro.

Só sinto algo meio quente cair sobre meu vestido, que azar.

‐que merda foi essa ? Você não tá vendo eu aqui não?! Homem idiota.

‐ Calma garota, o copo caiu da minha mão. Não precisa de descontrolar sua louca.

‐Sua louca ? Você pensa que eu sou o quê ein ? Fala direi... vomitei toda a margarita na roupa do estranho, já não estava em mim, toda suja de vômito e enjoada.

‐ Aí MEU DEUS, ME DESCULPA MOÇO, EU PROMETO QUE PAGO SEU TERNO. - tenho certeza que aquele terno custa meu salário inteiro.

‐ Você acha que vai conseguir pagar esse terno garota ? NUNCA. - garota idiota, estragou todo meu terno, ela parecia que nunca tinha bebido na vida dela. Estava toda suja de vômito, no escuro da boate dava para ver seu rosto. Seu vestido justo preto, cabelos negros longos e aquele sorriso tentando ser simpática por conta da situação. Tirando toda a situação ruim, a beleza dela era admirável. Já vi todo tipo de mulher, mas não alguma como ela. Aquele olhar era alucinante, dava para ver toda beleza do mundo dentro dele. A mais pura beleza natural, puta que pariu. Ela é perfeita.

- MEU DEUS AMIGA, O QUE ACONTECEU ?!

Ariana veio correndo ver o que estava acontecendo no bar, estava espantada por me ver bêbada diante de toda aquela situação. Ela largou seu copo na bancada do bar e me ajudou a levantar. O moço que ainda estava ali, me observava como se eu fosse algo espantoso de se ver, "sou tão feia assim ?" não pude deixar de ver seus olhos, com aquela cor de mel. Aquele cabelo que podia ver que era bem cuidado, e seu corpo que tinha um físico bom e lindo de se admirar. Nunca vi um homem tão bonito na minha vida, ele pegou a beleza de todos os homens da terra e filtrou nele mesmo. Ele é o cara mais gostoso que já vi em toda minha vida.

‐Vem Roseane, vamos ao banheiro limpar essa sujeira do seu vestido. Tá parecendo uma criança que não sabe comer sozinha. - Disse Ariana, que depois que isso passar ela vai rir da minha cara.

"Roseane, o nome dela é esse. Soa bem nos meus lábios, nunca vou esquecer dela."- Depois que a amiga dela levou ela para dentro do banheiro, ela sumiu de vista . Algum dia verei ela novamente.

Sai do banheiro e aquele homem facinate não estava mais lá. Que pena, algum dia verei ele novamente. Não pude ouvir nem seu nome.