capítulo 53

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Marília narrando:

Estava acordada e não conseguia dormir por nada, o medo desses monstros sumirem com meu filho era presente, a vontade de sair correndo para os braços da minha família, dos meus portos seguros .

Claudia: Aqui chatinha, comida pra você, esse catarrento do seu filho precisa ser amamentado e pra isso você precisa se alimentar, ninguém merece criança chorenta.

Nessa hora Theo começou a chorar e eu peguei ele que estava do meu lado no pequeno colchão. 

Claudia: Não estou longe, se fizer besteira é pior

Ela disse e saiu, eu fiquei olhando o lugar que estava, era escuro, tinha grades nas grandes janelas, uma ao lado da outra, o banheiro era pequeno e o pequeno colchão era o objeto presente naquele cativeiro.

Roberto: Não vai comer a comida sujinha?

Escutei a voz do monstro que me arrancou de dentro do carro e me jogou nesse lugar trazendo meu filho atrás .
Vi que Theo havia acabado de mamar e coloquei meu seio pra dentro da blusa, levantei a blusa e levantei meu filho batendo em suas costinhas e tentando comer um pouco daquela comida. 

Claudia: Relaxa que essa não tá envenenada, essa tá? Se o seu maridinho dificultar tudo de novo você some e esse bebê eu levo como meu neto.

Ela disse aumentando a voz e fazendo com que eu proteja a cabeça de Theo enquanto ela se aproximava alterada, Theo soltou um arroto e ela se afastou com nojo.

Claudia: Se bem que criança pequena da trabalho, o outro sujo também por ser esperto demais, vai ter que ser a menina.

Marília: É falando do meu filho dessa forma que você quer a guarda? Você é um monstro, você tá prendendo uma criança que não tem nad....

Cláudia: O SEU MARIDO DESTRUIU MINHA VIDA, ELE TIROU MINHA FILHA DE MIM, EU SOU ASSIM POR CULPA DAQUELE VERME

Marília: Henrique não tem culpa de nada, ele não tirou nada de vocês, sua filha era uma maluca igual a você, me sequestrou grávida no dia do chá revelação da minha filha, vocês são uma família de malucos

Falei nervosa e senti um tapa bem forte no meu rosto, segurei o choro pra não assustar o meu filho

Romário: cala essa boca vadia, você é só uma pedra no caminho, que se o seu marido não nos obedecer vai ser tirada do nosso caminho da maneira mais rápido e dolorosa possível

Fiquei com mais medo ainda, porém não demonstrei, não podia dar esse gostinho pra eles, eu ia me fazer de forte por mim e pelo meu filho, que agora tinha dormido em meus braços, tranquilo como de nada estivesse acontecendo, minha prioridade ali era ele, pouco me importa se eles vão me machucar, só quero proteger meu bebê indefeso, eu só resava pedindo a Deus que Henrique não demorasse pra encontrar a gente nesse lugar estranho e distante de tudo

Cláudia: você só vai sair daqui quando eu e o meu marido tivermos a guarda do nosso neto, agora acho melhor você ficar bem quetinha ou eu pego esse pirralho e jogo no primeiro rio ou lixão que eu encontrar, ainda mais ele sendo a cara do desgraçado do pai dele, não suporto olhar pra cara dele

Marília: como pode falar assim de um bebê que não pode nem falar aínda? Não tem coração? Nenhum sentimento bom? Meu filho só tem algumas semanas de nascido e você tá ameaçando matar ele

Falei com raiva olhando pra mulher em minha frente, eu não conseguia acreditar em como alguém pode ser tão ruim assim

Cláudia: me poupe da melação

Ela saiu junto com o marido me deixando sozinha com meu filho, botei ele no coxão o mais confortável possível

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VOLTEIIII, querem mais? Amanhã eu tô de volta, tem que bater a meta de dez estrelinhas 💝

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