𝓭𝓮𝓬𝓲𝓼𝓪𝓸

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E já se passara 6 dias, amanhã Minerva voltaria para saber qual seria a decisão dos Sloan em relação a pequena garota ir para Hogwarts, era por volta de seis da noite e a menina estava deitada em sua cama com as pernas encostadas na parede para o alto e os braços abertos na cama, que por sinal estava muito bagunçada como o de costume! Lençóis jogados, travesseiro espalhados, e alguns ursos de pelúcia ali também, a garota só queria saber uma única coisa, ela iria estudar em Hogwarts?
Seus pais não comentaram com mais ninguém sobre a visita de Minerva ou sobre Hogwarts, a garota também não iria comentar com ninguém mas ela pode ter dito pra Sofia tudo, sobre Hogwarts, sobre Minerva, sobre ela ser possivelmente uma bruxa, ela nunca escondeu nada da irmã e não iria começar por ali, afinal Sofia sempre esteve com ela em praticamente todas as vezes que Evelyn usou sem querer de sua magia e em tudo elas eram realmente inseparáveis, a garota estava perdida em seus pensamentos até ouvir três toques na porta do quarto, ela até estranhou um pouco pois a porta estava aberta e não havia necessidade de se bater nela porém ela tbm notou que aquilo foi uma maneira de chamar sua atenção para a pessoa e a garota que antes olhava para o teto agora olhava para a figura masculina em sua porta, era seu pai e ele estava com um pequeno sorriso no rosto enquanto uma das mãos estava na maçaneta da porta a outra estava no bolso de sua calça azul marinho escuro, aparentemente ele havia acabado de chegar do hospital após um longo plantão de quase dois dias, o olhar de cansaço que já era bastante conhecido pela garota, a menina apenas sorriu e se sentou em sua cama normalmente e colocou apenas o travesseiro e os ursos de pelúcia no canto da cama e deu duas batidas na cama ao seu lado indicando para o pai se deitar ali, e o mesmo o fez, ele tirou os tênis e suas meias as deixando na porta do quarto e caminhou até a cama da garota e logo se deitou colocando a cabeça sobre as pernas da garota que estava em formas de "perninha de índio", a garota logo começou a acarenciar os cabelos do pai que olhava fixamente a porta do quarto

Evelyn: como foi seu dia?

Perguntou a garota, que embora quisesse mesmo perguntar qual seria a decisão dele e de sua mãe preferiu saber o por que daquele sorriso tão cansado

Mark: perdi um paciente

Fala o pai dela com total desânimo e cansaço

Evelyn: Sabe que você fez tudo que pode, não sabe?

Pergunta a garota numa forma de tentar acolher o pai, ela sabia que quando ele perdia um paciente não era as mil maravilhas, ele geralmente ficava aparentemente cansado até demais, mas tentava não demonstrar isso a ninguém mais do que para ela

Mark: tudo que eu podia não foi o suficiente

Fala ele sem sequer desviar o olhar da porta do quarto e enquanto sua mão agora estava segurando uma das pequeninas mãos de sua filha mais nova

Evelyn: pai, se você perdeu um paciente era por que assim devia ser! Era assim que estava destinado a ser, e você mais salva pessoas e as ajuda do que deixa elas morrerem

Ela fala ainda acarenciando os cabelos dele e agora apertando a mão do homem mais velho

Mark: era uma menina... Uma pequena menina de seis meses...

A garota agora parou de acarenciar os cabelos do pai e segurou seu queixo fazendo com que assim ele olhasse então para ela

Evelyn: eu tenho a absoluta certeza que tanto o senhor quanto o restante da equipe fizeram tudo, e quando eu digo tudo é tudo mesmo para poder salvar a vida dela

O homem agora estava com os olhos cheios d'água, ele queria chorar, mas ainda tentava parecer forte ao lado da filha

Mark: quando eu dei a notícia aos pais dela, eu por alguns segundos me coloquei no lugar deles, e se fosse eu ali? E se fosse você naquela mesa de cirurgia?

𝐏𝐎𝐑 𝐔𝐌𝐀 𝐍𝐎𝐈𝐓𝐄 :: ˢⁱʳⁱᵘˢ ᵇˡᵃᶜᵏOnde histórias criam vida. Descubra agora