AMANTE DO PRAZER [M] - DEGUSTAÇÃO

01 / Pâmella.

Serrinha — Madureira.

Vim de rolê pelos acessos da favela onde nasci e cresci, desde que me tornei a zero dois do Homem, passei a morar pela pista, mulher dele fazia muito inferno na minha vida e foi exatamente por isso que eu fiz ele comprar uma casa pra mim.

Moro em Vista Alegre, num condomínio entendeu ? Trabalho como designer de sobrancelha, tenho um estúdio perto do Para Paz, com meu trabalho eu me sustento e o dinheiro que ele me dá toda semana eu guardo, qualquer dia eu posso precisar né ? Vai saber.

Tava parada na praça conversando com a Xambella e a Suzuki, duas monas que eu conheço desde quando eu era pequena, crescemos juntas nessa comunidade e mesmo depois de me mudar nunca abandonei minhas raízes, muito menos às garotas.

Suzuki: Mulher do Salomão tá vindo aí. — quando eu virei deu nem tempo de reagir, a mona me deu um soco que eu tonteei legal, a moto caiu por cima da minha perna e ela aproveitou pra me bater, era só socão concentrado por dentro da minha cara e por ela ser grande não teve como eu reagir de primeira.

Vou te falar legal, a mona tava possuída, vendo bicho real, mais quando eu consegui me livrar da moto foi só trocação de mulher pra mulher, conforme eu tomava, ela ganhava também, birimbolamos firme, papo de ninguém conseguir separar, dei uma nela que quando pegou o melado desceu na hora, aí já viu né ? Mona virou o capeta, veio querendo me bandar, por sorte consegui me livrar, permaneci de pé dando só na cara dela.

Danúbia: Filha da puta, piranha, eu vou te matar. — ela tirou dos peitos uma gilete, veio querendo cortar minha cara, coloquei o braço na frente pra impedir, a mona deu uma giletada no meu pulso, por sorte foi superficial, tentei tirar a navalha dela mais não consegui, a mona tentava com todo custo me marcar e eu fazendo o que podia pra não deixar.

Sustentei firme até o outro chegar, veio pra cima dela igual bicho, tirou a navalha na força do ódio e deu só de pistola na cabeça dela, tava vendo a hora dela desmaiar ou até pior né ? Entrei no meio tentando impedir que ele fizesse algo, mais o bofe tava transtornado, querendo matar ela e eu doida no meio tentando evitar uma tragédia.

Pior é que ela não calava a boca não, ficava desafiando ele, mandando eu sair da frente pra ele fazer o que queria, tentei fazer com que ela calasse a boca mais a mona não calava não, xingava ele todinho, doidinha ela cara, provavelmente tava achando que podia sustentar com ele ou que alguém se meteria caso fizesse algo.

Salomão: Saí da minha frente Pâmella, eu vou matar essa filha da puta. — o bofe me deu um empurrão que eu voei longe, depois disso só vi ele indo pra cima dela, tava batendo igual homem e ela sustentando, trocando com ele mesmo sabendo que era mais fraca, Salomão tava no ódio puro, chega me deu medo cara.

A confusão só acabou quando os garotos chegaram tirando ele de cima dela, mona tava destruída mais sustentava igual, debochava e tudo da cara dele.

Danúbia: Lixo de homem que você é, me batendo por causa de amante, piranha da rua, logo eu porra, tua mulher a mais de dez anos e você fazendo isso. — gritou batendo nos peitos.

Salomão: Vai continuar gritando mesmo filha da puta ? Tô te batendo não é por causa dela não, é por causa das suas atitudes, não é de hoje que tu me testa, tenta me afrontar, te avisei porra, tu não dá dentro comigo mais se acha a mulher maravilha. — meteu o dedo na cara dela. — Tua sorte é que ela entrou no meio, mesmo agindo na judaria com a mina ela entrou por você sua otária.

No calor do momento a mulher mandou ele tomar no cu e ele largou um socão por dentro da cara dela que ela caiu igual árvore no chão, apagou real, Suzuki saiu me puxando, Xambella pegou a moto do chão, fiquei como ? Toda sem graça, geral me olhando pô, provavelmente achando que eu era culpada.

Suzuki: Teu pulso tá sangrando a beça cara, tá sentindo alguma coisa ? Tontura ? — neguei. — Mulher maluca, doidona ela, não é a primeira vez que ela faz isso, ontem mesmo bateu numa novinha dele, ele arrasou com ela, disse que da próxima não perdoaria.

Pâmella: Não esperava por isso, não esperava mesmo, a mona veio na intenção, até gilete ela trouxe, tava querendo me foder mais quem ficou fodida foi ela, tô com pena mais é cada um com seus problemas, na minha vez dúvido que ela se meteria. — A Xam assentiu enquanto levava a moto, por sorte a minha bebê tava intacta, batalhei muito pra comprar minha moto, se quebrasse ele ia pagar, no prejuízo que eu não ficaria.

Suzuki me levou pra casa dela, fez curativo e ainda me emprestou uma roupa já que a minha tava toda suja, tomei um banho rapidinho na casa dela, vesti a roupa que ela me deu e guiei pra casa, tava pensativa a beça por causa de tudo o que aconteceu, se ele fez aquilo com ela que era mulher, imagina o que ele é capaz de fazer comigo ? Deus me livre e guarde desse homem.
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