Capítulo 16

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Carolina

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Carolina

Rebeca tinha adormecido em meus braços, o dia já tinha clareado totalmente mas ainda sim permanecia frio, respirava o cheiro da maresia que estava presente por ali. Me levanto cuidadosamente com Beca em meus braços e ajeito o lençol pelo seu corpo, me viro e vejo que já tem algumas pessoas passando pela orla e outras caminhando pela praia.

Caminhei calmamente pela areia gelada da praia observando o tempo nublado e com cuidado para não cair com Beca.

Ela era pesadinha.

Uma voz rouca e baixa soou do meu lado, a voz o qual eu conheço bem.

— Deixe-me levar ela. - Olhei para o lado e vi Arthur esticar os braços para pegar Beca, o ajudei colocando ela em seus braços e o olhei brava.

— Quanto tempo você está por aqui?

— O suficiente para garantir que minha irmã estava segura. - Caminhou rapidamente me deixando para trás.

— Você não confia em mim? - Acelerei meus passos e o segurei pelos ombros o fazendo virar para mim.

Ele me encarou por alguns segundos e falou:

— Como vou confiar em alguém que conheço a menos de uma semana? - Falou friamente por fim indo embora e me deixando ali sozinha.

Como ele pode ser tão idiota? Se ele acha que eu iria deixar acontecer algo com a irmã dele, ele estava bem enganado.

Mas de um lado ele estava certo, como ele iria confiar em alguém que ele mal conhece?!

Resolvi que não iria voltar para a casa agora, resolvo dar uma volta pela praia.

[ ... ]

Giro a maçaneta da porta do apartamento, vejo meu irmão deitado no sofá com Babi, assim que ele me vê abre um sorriso.

— Oi... - Me sentei na poltrona jogando minha cabeça para trás

— Bom dia! Aonde você estava? - Perguntou meu irmão, Babi me vê e abre um sorriso largo se arrumando no sofá.

— Na praia, fui dar uma volta.

— Entendi. - Puxou Babi para mais perto de si.

— Cadê Gilson e Gabriel?

— Gilson foi trabalhar e Gabriel ainda está dormindo. - Foi a vez de Babi falar.

— Ele ainda não está de férias? - Perguntei.

— Não ele só vai tirar férias da clínica lá pro dia 20, mas o coitado voltara a trabalhar já no dia 4 de janeiro. - Babi.

— Vida de dentista não é fácil. - Falou meu irmão rindo — E como anda a faculdade lá Carolina?

— Bem.

— Você estuda o que? - Perguntou Babi curiosa.

— Jornalismo, vou para o último ano, ano que vem. - Falei animada.

— Logo, logo minha irmã será uma grande jornalista. - Falou orgulhoso meu irmão e eu ri.

Conversamos mais sobre o assunto e descobri que Babi ainda não sabia que faculdade fazer, também descobri que ela cantava e segundo meu irmão a voz dela era maravilhosa, mas a mesma me disse que os pais dela não aceitam isso e que música não trazia dinheiro.

Mas nem tudo é por dinheiro e sim pelo amor.

Agradeço os pais que eu tenho por   respeitar a decisão minha e do meu irmão sobre o nosso futuro.

[ ... ]

Eu não tinha visto mais Rebeca nem Arthur e agradeci mentalmente por isso, não queria ficar perto da Beca depois do que o idiota do seu irmão disse para mim.

Mesmo a conhecendo ontem eu senti uma coisa estranha por ela, Rebeca era especial e eu sabia disso.

Estava na varanda do apartamento sentada em um dos poofs que tinha lá lendo um livro que eu trouxe de casa.

Eu não conseguia me concentrar e isso estava me irritando mas mesmo assim continuei minha "leitura".

— Carol? - Levanto meu olhar e vejo Arthur parado na minha frente me encarando.

— Fala. - Falei secamente.

Ele pegou outro poof que estava jogado do outro lado da varanda e o colocou do meu lado se sentando.

— Eu queria te pedir desculpas por mais cedo... - Falou e eu assenti voltando minha "atenção" para o livro.

— Carolina eu sei que você não deixaria nada acontecer com minha irmã, eu vi o jeito que você trata ela.

— Tudo bem. - Falei friamente ainda sem tirar os olhos do livro.

— Da para me olhar porra?

— Não.

Em uma questão de segundos o livro é tomado da minha mão com brutalidade, o olho e o mesmo coloca o livro no chão.

— Agora vai! - Revirou os olhos.

— Eu já falei que não ligo, está tudo bem caramba! - Falei com certa ignorância na minha voz.

— Eu fui um idiota mais cedo e não queria falar que não confiava em você com minha irmã... - Pareceu verdadeiramente arrependido.

Fiquei por alguns segundos o encarando e vi que ele estava sendo sincero.

— Me desculpa Carolina. - Falou por fim ainda sem desviar seus olhos castanhos dos meus.

— Tudo bem. Eu te desculpo! - Falei com sinceridade.

— Que bom. - Se levantou e se abaixou pegando o livro e me entregando.

— Obrigada. - Agradeci baixinho e ele assentiu saindo e me deixando ali, sozinha novamente.

Continua...

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