Não é fácil mudar de escola no meio do ano. Ursula sabe disso, quando sua família resolve sair de Londres e vai para uma pequena vila no interior de Florença. Nem um pouco animada com a nova vida, Ursula tenta sobreviver os últimos anos do Ensino M...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
"Eu acho que perdi minha consciência na sua porta da frente" - WILLOW
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O caminho para qualquer lugar de Villa Bella teria a vista do porto. A turma combinou de se encontrar no café de sempre, na subida para o vinhedo da cidade. Era uma ladeira para a colina que dava vista para a praia de Viareggio. Não era muito longe daqui, dá para escapar para o litoral em pelos menos vinte minutos.
Entrei na cafeteria, que sempre nos dá boa-vinda de uma forma calorosa. A dona do local, Dona Adrina me cumprimenta, mostrando uma mesa de cinco lugares, já alerta que meus amigos sempre frequentam o café comigo. Peço mais um lugar, e dou um sorriso, lembrando que Ursula quis vir conosco.
A senhora de idade estranha o meu pedido, mas concorda de qualquer forma. Athena e Ofélia entram depois de mim e ficamos aguardando os outros. Vejo Catherina dando adeus para a garota platinada na frente da cafeteria e me pergunto o que as duas estavam fazendo juntas.
O garoto e sua namorada me olham de forma debochada e não evito pensar como os dois combinam juntos.
Ursula entra na cafeteria tímida, mas logo levanta a postura quando nos vê. Aceno para ela, que caminha em nossa direção. Percebo uma peça de roupa que obviamente não era dela, mas ignorei o máximo que podia. Athena abre espaço para a menina sentar e começamos a conversar.
— Catherina por aqui? — Ofélia questionou, nada discreta. Quis enfiar minha cabeça debaixo da terra. — Curioso.
— Ah! Ela me trouxe até aqui! — Ursula respondeu, mexendo em uma jaqueta de couro que não estava com ela no início do dia. — Eu não conheço o caminho muito bem
— E de quem é a jaqueta? — Foi a vez de Athena questionar. Não seria apenas a minha cabeça embaixo da terra, os dois vem comigo. Nem que seja à força.
— Catherina me emprestou. — A platinada responde, tirando a jaqueta e colocando na cadeira. Ofélia e Athena sorriem de forma incriminadora e eu tomo um longo gole de cappuccino para esconder o quão vermelha eu estou.
