Oh Daddy! - Shawn Mendes

44

Tudo passa em câmera lenta e eu aprecio minha pequena mão coberta pela mão enorme dele. Os jogos de luzes da boate me deixam levemente zonza, ou será que é a adrenalina que meu corpo está liberando? Bem provável. Shawn está lindo e é até repetitivo dizer isso sempre mas, o homem é mesmo um deus e todos os dias está absurdamente impecável. Eu por minha vez não estou tão apresentável, usando um de seus moletons que mais parecem um vestido e nada cobrindo as pernas, um tênis confortável e o cabelo preso num rabo de cavalo. Sou guiada por ele entre a multidão incansável, é domingo a noite e todos se divertem. Depois de um tempo avistamos Austin, Cameron e os rapazes do time de hockey, numa mesa repleta de bebidas e drinks, todos dançando ao som de We found love, impossível nao curtir ouvindo Rihanna. Penso em recuar e soltar a mão de Shawn mas ele não permite, segura firme em mim e antes que eu possa reagir ele me lança um olhar severo e repreendido. Entendo o recado, a horas atrás estávamos dizendo um ao outro o quanto nos amamos e não fazia sentido eu querer fugir justo agora. Ele não tem vergonha de ser visto comigo, ele quer estar comigo e acima de tudo, ele me ama também. Sinto borboletas no estômago só de pensar no que aconteceu, ele declarando seu amor por mim enquanto me preenchia profundamente me arrancando um dos melhores orgasmos da minha vida, foi surreal e até agora a ficha não caiu.

- E aí, cara? - Austin aparece na nossa frente com Cam, ambos oferecendo cervejas ao Shawn. - Becca, não ganho um beijo? - ele se inclina para que eu o beije, mostrando aquela covinha adorável. Cameron levanta a garrafa como cumprimento. Sorrio e busco o ouvido de Shawn.

- Você vai beber? - apesar de querer muito que ele beba e se divirta, ainda preciso ter consciência de que está dirigindo e da última vez ele perdeu o controle e exagerou no álcool.

- Só uma cerveja, prometo. - ele sorri e beija meu rosto. Shawn aceita a cerveja de Austin e vai cumprimentar o restante dos rapazes que já estavam exageradamente bêbados.

Shawn me entrega uma taça de vinho e degusta sua cerveja. Ele passa o braço livre pela minha cintura para me puxar para mais perto, e o olho cheia de paixão. Ele engata num papo com os demais sobre o quanto adorou o jogo de hoje, sobre o esporte em si e eu fico apenas observando-o falar com fervor e olhos brilhando sobre o assunto. Ele realmente ama o Canadá e não sei porquê está morando nos Estados Unidos, seu lugar é aqui, fazendo oque ama. Com o passar dos minutos vou tomando mais taças de vinho e mesmo que eu tenha jurado não beber tão cedo, eu não consigo evitar. Já me sinto tonta e levemente embriagada. Meu rosto está em chamas e não consigo controlar a vontade de dançar, remexo meu corpo discretamente enquanto Shawn está atrás de mim, tomando sua segunda cerveja e segurando na minha cintura como se quisesse provar para todos os homens da boate de que eu pertencia só a ele. Uma música agitada enchia nossos ouvidos e eu não hesitei em mexer o quadril e consequentemente roçar minha bunda em sua virilha, pelos apertões no meu quadril eu diria que ele está gostando e quase perdendo o controle.

- Eu quero dançar - olho para cima e acaricio sua mandíbula, beijando seu queixo.

- Posso acompanhá-la? - ele sorri.

- Você sabe dançar? - franzo o cenho e me viro de frente para ele, suas mãos não largam minha cintura.

- Não muito bem, mas consigo me remexer. - ele dá mais um gole na cerveja. Abaixa o rosto, morde minha orelha e me dando um tapinha no traseiro.

Largo a taça e Shawn a cerveja, seguimos de mãos dadas para a pista de dança, estava cheia e não nego que adoro a empolgação e animação das pessoas. I Love It , era a música do momento e não poderia ser escolha melhor. Ele segura meus ombros, me faz dar uma volta de cento e oitenta graus, e em seguida vem na minha direção. Fico apreensiva de que ele faça alguma cena e tenha desistido de dançar, por qual motivo eu não sei, mas ele tem fama de me jogar sobre os ombros sempre que tem vontade, nunca sei exatamente oque se passa na cabeça deste homem. Sua expressão é sensual e faminta, e estou envolvida por seu corpo magro e alto, cada vez mais perto de mim. Quando ele chega, o mais próximo possível sem me tocar, estou completamente imóvel. Minha respiração fica mais pesada quando ele me abraça pela cintura e me puxa, minhas mãos inconscientemente indo parar em seus bíceps, e minha testa na dele. Rebolo de acordo com a batida, me esfregando propositalmente em seu tronco, provocando-o descaradamente. Uma de suas mãos vai parar na minha nuca enquanto a outra apalpa minha bunda e eu tento me controlar para não gemer, se bem que ninguém se importaria, a música está alta e todos estão ocupados. Olho em direção aos rapazes e vejo Cameron e Austin rindo, fazendo gestos obscenos enquanto registravam tudo no celular. Volto minha atenção para Shawn e me envolvo ainda mais na batida, colada em seu corpo. Ele me leva a fazer um movimento indecente, em que deslizo as mãos abertas de modo obsceno do peito dele até as coxas, agitando os quadris. Aqui estou, agachada diante dele, com as mãos nas suas coxas magníficas, olhando de baixo para cima para o homem mais lindo que já vi. O moletom deve ter subido a ponto de eu estar mostrando a bunda da pior maneira possível, mas não me importo. Toda a minha atenção está no deus que me olha com uma expressão excitada e promissora. Abro um sorriso ousado, colocando as mãos calculadamente bem perto de sua virilha, antes de fazer o movimento de apertar sua ereção. Quando meu rosto passa por sua pélvis, roço meu nariz no zíper da calça, sentindo-o tremer, antes de me apoiar nos braços e levantar. Meu coração bate forte quando ele respira ofegante em meu ouvido, a respiração pesada e quente.