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- Comece pela camisa. - Sua voz é rouca, com um quê de desespero. Estou tremendo visivelmente. Tento me recompor, mas é impossível quando ele me olha do jeito que está me olhando. Sinto suas mãos nas minhas, tirando-as dos seus ombros. E as coloca sobre meu estômago.

- Então, estou no controle? - pergunto, já me preparando para uma bronca que felizmente não vem. Shawn olha para mim, a surpresa com a minha pergunta clara em sua expressão, mas ele não ri. Não pode estar no comando o tempo todo, querido.

- Se vai deixar você feliz. - Ele tira a camisa e a deixa sob o balcão. Passeio com o olhar pelo seu abdômen sarado e solto um suspiro longo e pesado.

Olho bem dentro de seus olhos e pego o primeiro botão da minha camisa, rezando internamente para que colaborem e o tremor das minhas mãos suma. A cada botão aberto, seu rosto se contrai mais, e eu me torno mais ousada, esquecendo o nervosismo. Se isso não é enrolar, não sei o que é. Abro a camisa, mas a deixo no lugar e o observo correr os olhos pelo meu tórax, a língua passando pelo lábio inferior, os olhos sombrios brilhando. Em seguida, levo as mãos aos ombros e tiro a blusa, insinuando meus seios quando desço a peça pelos braços e, como a viciada em sexo desesperada que estou me tornando, seguro-a ao lado do corpo por alguns segundos, para que ele possa subir os olhos pelo meu corpo e apreciar bem a visão. Quando nossos olhos se encontram de novo, abro a mão dramaticamente e deixo a camisa cair no chão, deixando o braço esticado por um momento. Seus olhos estão em brasa, sua testa, molhada de suor. Seus lábios estão entreabertos e num tom avermelhado absurdamente apetitoso. Sorrindo, baixo as mãos para a calça e preguiçosamente abro um botão por vez, enquanto ele me observa, a respiração aumentando a cada segundo. O esforço para manter o autocontrole o faz morder o lábio a ponto de tirar sangue. Todos os botões da calça abertos, enfio as mãos para dentro, pronta para tirá-la, mas não o faço. Estou envolvida demais com sua reação ao meu striptease improvisado. Ele me encara com olhos desesperados e soltando faíscas.

- Eu posso arrancá-la em dois segundos, Becca.

- Mas você não vai! - Minha voz é rouca e convidativa. Estou impressionada com minha própria petulância. - Você vai esperar. - Tiro os sapatos, que deslizam para longe pelo chão da cozinha fria.

- Você está me enlouquecendo... Está indo longe demais. - ele desabotoa sua calça e abaixa um pouco o jeans, o bastante para que eu veja sua ereção marcada, talvez tentando me mostrar como devo agir.

Sorrio com doçura e, pouco em pouco, muito devagar, passo a calça ao longo das pernas e a chuto para o lado. Fico ali de pé, apenas de lingerie de renda preta, diante desse homem maravilhoso. Perdi toda a vergonha. Sua ereção marcava bem em sua cueca boxer preta, suas pernas torneadas se movem com precisão, sinto o calor de seu corpo quando chega perto demais. Ele levanta a mão para acariciar meu seio e eu recuo, sua testa se franze e eu sorrio meiga.

- Não. - afirmo com firmeza, a mão dele pairando no ar. Ele não me toca, mas o calor que emana me deixa agitada. Meu autocontrole está no limite, mas estou amando esse poder.

- Vá se foder! - ele resmunga, baixando a mão.

- Por favor, faça isso. - Ele me pega no colo e me senta no mármore frio. Abrindo minhas pernas, se coloca entre elas com as mãos na minha cintura e me puxa para sua ereção, que me toca no ponto certo. Solto um gemido e o abraço pelo pescoço. Inalo seu perfume delicioso misturado com seu suor. - Pensei que eu estivesse no comando.

- Errou feio. - Ele se afasta o suficiente para tirar a calça e chutar os sapatos para longe, fazendo um trabalho rápido para tirar a cueca também. Espero pacientemente, mais que feliz por vê-lo se despir. Esse homem é um deus. Passo os olhos pelo seu corpo, parando um segundo na cicatriz, e logo me fixando em seu sexo, grosso e ereto. - É feio encarar, Becca.

Oh Daddy! - Shawn MendesOnde histórias criam vida. Descubra agora