THE SMITHS — ASLEEP
Cante para eu dormir
Cante para eu dormir
Eu estou cansado e eu
Eu quero ir pra cama
Cante para eu dormir
Cante para eu dormir
E então me deixe sozinho
Não tente me acordar pela manhã
Porque eu terei partidoNão se sinta mal por mim
Eu quero que você saiba
Que no fundo do meu coração
Eu me sentirei tão feliz por partirCante para eu dormir
Cante para eu dormir
Eu não quero mais
Acordar sozinho
Cante para mim
Cante para mim
Eu não quero mais
Acordar sozinhoNão se sinta mal por mim
Eu quero que você saiba
Que no fundo do meu coração
Eu realmente quero irExiste um outro mundo
Existe um mundo melhor
Bem, deve haver
Bem, deve haver
Bem, deve haver
Bem, deve haver
EntãoAdeus adeus
Adeus adeus
Adeus.✨
OBS: NESTE CAPÍTULO HAVERÁ ABORDAGEM SOBRE SUICÍDIO, NÃO LEIA CASO PERCEBA QUE ISSO IRÁ TE AFETAR NEGATIVAMENTE.
ADDISON:
E como uma anomalia no instante vital, a escuridão me acometeu , como só acontece no ápice da meditação. E por um milagre da natureza, eu vi ela — inicialmente, um espectro, mas gradativamente assemelhando-se ao aspecto e às cores do que está vivo.
Assimilei o local em que estávamos como meu antigo quarto, o qual estava preenchido à meia luz, e ela estava lá — sentada ao canto, olhando fixamente para mim. Aparentemente muito pouco diferente desde a última vez que a vi.
Semicerro os olhos para ter certeza de que não estava delirando.
Ela estava mesmo ali?
Eu estava mesmo ali?
— Isso… é real? — pergunto quase que em tom inaudível, aproximando-me de si a passos lentos e controlados.
— Não é, docinho… — acompanho-a sentando-me ao seu lado, sem saber como reagir.
Continuo olhando estagnada para seu rosto, era a única coisa que eu conseguia fazer — jamais imaginei vê-la novamente. Seu cabelo havia crescido, o rosto amadurecido. Seria um sonho o que me ocorria? De qualquer forma, mantinha-me estática — por incompreensão e, principalmente, espanto.
— Não pense muito, não chegará a nenhuma conclusão — vejo ela me tocar, mas não sinto — Como você está?
— Bem…? Eu não sei ao certo. Suportando, eu diria que estou suportando.
Ainda não conseguia acreditar naquilo. Que droga era aquela? Eu havia bebido?
— Já se passaram cinco anos e você ainda está suportando? Já deveria ter esquecido.
— Não esquece quem se ama.
— E você ainda me ama?
— Eu jamais deixaria de te amar, Meredith — fixo o olhar em minhas mãos — Senti a sua falta...
Se aquilo era um sonho — irreal — por que eu sentia meu coração bater tanto no peito a ponto de quase me sufocar? Por que conseguia sentir a dor latente da saudade martelar o peito?