Há pessoas que passam a vida inteira sem se aventurar pelo universo do prazer. Os conceitos arcaicos e o comodismo circundam estes seres, que seguem suas vidas sem desabrochar de fato para ela.
Vivem em seus casulos, ou seja, envoltos pelo seu padrão de vivência correta e harmoniosa.
Callie não foge a este padrão.
Casada há cerca de vinte e cinco anos com o empreiteiro George, união harmoniosa a qual lhe rendeu os frutos: André e Felipe.
André é casado e reside em outro Estado, já Felipe está no último ano da faculdade de Odontologia e ainda mora com os pais.
Callie é cabelereira renomada e possui um salão sofisticado no mesmo bairro de classe média onde reside.
Com um corpo curvilíneo de causar inveja, Callie tem seus hábitos de vida bem regrados, com longas séries de exercicios diárias na academia do bairro, o que ajuda a manter seu corpo bem definido. Seus cabelos são sempre bem tratados e arrumados obviamente, possui suas madeixas num tom escuro ,que combina perfeitamente com sua pele alva.
Pelo simples detalhe de se encontrar na idade dos cinquenta, tem sua gangorra hormonal peculiar a qualquer mulher desta faixa etária.
Mas, tem descoberto em si reações diferente das demais. Enquanto a maioria das cinquentonas sofrem com a perda da libido, Callie vê seus desejos, estranhamente, aumentando à cada dia.
Seu marido George já não dá conta de satisfazer o apetite sexual de sua esposa. Não consegue fazê-la chegar ao ápice, porém, nem imagina que isto ocorre, pois Callie finge veementemente seus orgasmos.
(...)
Um novo dia surge, e Callie já está na academia. Pegando pesado em sua série de exercícios, tem um corpo bem definido, o que arranca olhares desejosos de alguns garotões.
Está compenetrada em levantar seus pesos mas, num dado momento, Callie repara na garota que faz exercícios num aparelho a sua frente.
A garota em questão, é Arizona.
A garota é vizinha de Callie. Mora a umas duas casas da sua. Arizona é solteira, tem um filho de uns quatro anos, e mora com sua mãe.
Arizona aparenta ter uns vinte e cinco, vinte e seis anos e, hora ou outra, vai ajeitar suas madeixas no salão de Callie.
A cabelereira sempre achou a garota bonita. Arizona é do tipo mulherão!
Loira de cabelos que vão até o meio das costas, peitos fartos, bunda redondinha, bem definida, uma boca carnuda, e pele de pêssego.
Callie se distrai olhando a garota fazendo seus exercícios.
Percebe o suor escorrendo no vale por entre os seios volumosos. Os bicos salientam na regata branca molhada de suor. O abrir e fechar das pernas de Arizona enquanto faz o exercicio no aparelho, mexe com a libido de Callie que, involuntariamente, sente um pulsar entre suas pernas.
Desesperada, Callie termina rapidamente a sua série e segue rumo ao vestiário feminino.
Estava excitada e precisava de um banho frio. Tirou rapidamente sua roupa, se enfiando embaixo da água gelada.
Tocou seu sexo que ainda pulsava, sentindo-o completamente molhado.
Havia apenas Callie e mais uma garota, que já deixava o vestiário.Teve a necessidade de começar uma carícia íntima. Foi pensando nos seios marcados na camiseta de Arizona, no abrir e fechar das pernas, em que podia notar o pubis da garota.
Acariciou seu clitóris, pressionando a cada imaginar das pernas abertas de Arizona. Não demora muito, Callie explode em gozo, só não grita, pois morde sua mão no momento do ápice.
Sente seu liquido do prazer deslizar na parte interna de sua coxa.
Jamais havia gozado tanto e tão intensamente como agora.
- Droga! Deve ser estes malditos hormônios! - profere em voz alta.
- Está tudo bem?
Ouve uma voz suave perguntar.
- Ah, está sim - Callie responde sem jeito ainda no chuveiro.
Rapidamente, ela termina sua ducha e sai enrolada na toalha.
Surpresa tamanha foi quando Callie descobre quem era a garota que lhe perguntou se estava tudo bem!
Arizona ajeitava suas coisas na mochila. Cumprimenta Callie com um menear de cabeça, retira toda sua roupa, displicentemente, pondo-se nua diante da cabelereira.
Callie tenta não olhar, pois acabou de se masturbar pensando na garota vestida fazendo exercícios, imagine vê-la nua em pêlo. Ou melhor, depiladinha como Callie constata.
Os pensamentos pervertidos de Callie ganham vida nestes míseros segundos em que vê aquela delicia à sua frente, pensa em invadir aquele chuveiro e chupá-la de todas as formas possíveis!
Mas, nossa cabeleireira se recobra deste pensamento insano, se vestindo em seguida.
- Ei, você pode me dar o sabonete que esqueci em cima da pia, por favor!
Callie já se dirigia a saída do vestiário, quando escuta o pedido da garota.
Retornou, pegando o sabonete em suas mãos e o apertou, imaginando que ele deslizaria em cada fresta daquele corpo perfeito, cheirou-o, sentiu vontade de lambê-lo, mas se conteve e o entregou a Arizona.
A mão molhada da jovem, tocou a mão da mesma.
Callie vivia ali um momento extremamente erótico e marcante.
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The Awakening Of Butterflies| Calzona
Short StoryCallie Torres é casada há vinte e cinco anos com George, através dessa união os frutos vieram: André e Felipe. Para uma mulher de cinquenta anos, sua vida é bem comum. Callie é cabeleleira num bairro de classe média. Cansada da mesmice, Callie começ...