Olha só quem tá aqui ;) Boa leitura, espero que gostem e não se esqueçam do votinho! Ah, e não esqueçam que o nome da nossa cidade agora é Saint'Ana!
#RosaCereja
🎸
"As sombras do passado poderiam ser consideradas vermes que carcomem qualquer chance de felicidade sincera; por isso, não podia se afundar nelas."
Saint'Anna, Casa dos Jeon
8:45 A.M
— Hey, cavalheiro... — ouvi uma voz doce me chamar, seguida de um rir matreiro e galante que soava letárgico aos meus ouvidos sonolentos. Pude sentir mãos macias e quentes tocarem minha derme fria devido ao vento da madrugada; os dedos pequenos deslizando e desenhando meus traços de forma minimalista. Uma movimentação sutil fora sentida por mim, um corpo se aproximando do meu, perto o suficiente para sentir sua respiração e o hálito doce de cereja. — Por que não me beijou quando estávamos assim? — questionou em um sussurro magoado.
Segurei as mãos delicadas e ternas que ainda permaneciam em meu rosto, sentindo o calor leve transpassar pelo tecido fino das luvas que encobria sua pele; sortudas, elas eram sortudas por tocar diretamente a pele angelical¹, absurdamente macia e de cheiro bom. Abrindo os olhos lentamente me deparei com a imagem estonteante do rosto gentil que me encarava, os olhos âmbar brilhando sob a fraca luz do sol que entrava pelas persianas da janela, assim como a pele pálida de tom claro, deixando ainda mais perceptível a queimadura rosada de sol sobre o seu nariz e bochechas delicadas. O cabelo rosa ainda estava adornado pela coroa da noite anterior e um resquício de um sorriso habitava os lábios grossos pintados de gloss.
— Não quis me aproveitar da situação... — respondi devagar, embargado no sono calmo, vendo seus olhos queimarem os meus com uma análise intensa. — Você é real? — levei minha mão para tocar seu rosto, mas antes que pudesse tocá-lo e sentir o fervor de emoções que me causaria, sua voz doce se pronunciou novamente.
— Oh, meu cavalheiro, você sabe que não. — riu lindamente após isso, me fazendo sentir sua respiração quente tão perto quanto meu cérebro embriagado poderia me fazer sentir.
Vendo sua imagem desvanecer em milhares de pontinhos coloridos — borrões inteligíveis que denunciavam a falta de veracidade na cena que acabara de se passar — acordei em seguida de forma definitiva, eliminando a ilusão imaginária mais bem arquitetada pela minha cabeça enquanto sentia o sol queimando em minhas costas desnudas, provocando a ausência do frio imaginário que me permeava antes de despertar. Meus olhos reclamaram ao notar o restante do quarto vazio, sem a bela companhia que por um instante acreditei me acompanhar; suspirei frustrado, levando as mãos aos cabelos e bagunçando-os na esperança de tirar tais delírios ilusórios de minha mente.
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Rock Veraneio | jjk+pjm
Fanfiction{EM ANDAMENTO} Saint'Anna, no ano de 1989, era a típica cidade do litoral em que os verões são a atração principal. A juventude santiana era repleta de pura eloquência e um talento nato para arranjar confusões. A narrativa juvenil era regada por mil...