2 - Hey, Catra.

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POV CATRA

– Ah, ela disse que ia vencer! – Rio da cara de Adora, que me encara, eu encaro de volta sorrindo e sussuro um "Eu avisei, porra" mas o "porra" saiu meio falho. Estou do outro lado do estádio, então provavelmente não deu para escutar. Adora sorri de lado. Parece que a vadia não aguenta meu charme.

Opa...

Então quer dizer que...

Ela não aguenta meu charme?

Eu vou usar isso contra ela, mas é claro.

Desvio o olhar da loira e foco minha atenção em Entrapta, que murmurra algo

– Senti daqui... – Ela fala baixinho, e eu olho pra ela séria. Ela olha pra baixo, pondo sua atenção em seu tablet.

Scorpia ri, e eu não entendo.

Fodasse, essas duas são malucas.

Ponho minha atenção em Adora novamente, que já olha para aquela menininha de cabelo azul, a tal da Frosta, com uma expressão séria.

Logo, nosso time é dispensado. As competições de Etheria (Nosso estado) funcionam de uma forma diferente. Temos 15 disputas por campeonato, e nós escolhemos á dedo quem vai jogar cada uma (Sem saber quem vai jogar no time adversário) não podendo colocar a mesma pessoa pra jogar duas partidas ou mais.

Eu amo lutar. É a única coisa de boa que acontece na minha vida. É que minha mãe é chefe de uma gangue... como uma máfia por aqui...

Ela me obrigou, quando eu tinha apenas 14 anos, á entrar pra gangue dela. O nome de gangue é Fright Zone. Eu não gostei da ideia, mas ela não aceitou um não. Em alguns meses, eu acabei me acostumando em mandar as pessoas roubarem tal banco, tal pessoa, tal instituição, deitar tal pessoa na porrada. E assim, em pouco tempo, virei a capitã da questão roubo na gangue. Sou uma mestra em passar a mão no bolso dos distraídos, e disfarçar quando me flagram.

Só que a gangue não é só flores. Eu não amo tudo aquilo, virou mais uma coisa na rotina. Uma coisa que sinceramente, não é tão agradável.

Eu não gosto de prejudicar quem não merece, eu prefiro foder com a vida de pessoas que eu olho e digo "nhe, ele deve ser um filho da puta".

Minha mãe é uma pessoa asquerosa, sinceramente. Shadow. Ela é tudo que não presta na mesma pessoa: Racista, homofóbica, intolerante religiosa, xenofóbica e etc. preconceituosa em geral.

Não conheci meu pai, mas ele deveria ser um vagabundo também.

Saio do meu transe com um beliscão de Scorpia.

– AI PORRA! TÁ DOIDA? SUAS GARRAS DOEM! – Falo e ameço arranha-lá.

– Você está á pelo menos 15 minutos olhando pra Adora! – Diz Scorpia.

– Eu estava pensando, nem percebi que tava olhando pra ela. – Digo sentindo a platinada pegar em minha mão com cuidado e me levar pra fora do estádio, onde estava o time inteiro, comemorando a vitória.

– BEBIDA POR MINHA CONTA! – Diz Double Trouble, e todos gritam. Nós vamos cantando e comemorando pra um bar, e é claro, beber pra caralho.

– Ei, vai ficar aí sentada com cara de cu? – Falo pra Entrapta, que acena que sim com a cabeça. – Tá bom então.

Eu vou até a mesa onde as garotas estão, peço um whisky e dou uns goles devagar.

Á medida que a bebida vai fazendo efeito, eu vou acelerando o processo de beber, dando goles cada vez mais cheios e mais próximos um do outro.

I hate you.Onde histórias criam vida. Descubra agora