Em certos momentos poderiam analisar os dois homens que compartilhavam melancolias semelhantes de forma oposta, o moreno era igualado a o final de um filme bom, àqueles últimos minutos que sua atenção fica focada ao nível de implorar internamente para ter uma continuação mesmo ciente que é o final, pois você sabe que a história é boa, que até o momento atual você sentiu a intensidade e a carga que todos minutos assistindo transmitiu, o desconcertante sentimento de não querer largar a história mesmo quando a própria implora por um final.
Entretanto o ruivo era o início de um filme bom, você tem baixas expectativas, mas durante o começo nota que a história é extremamente cativante e que mal consegue pausar a obra, quer vê mais sobre ele, saber mais, entender mais, descobrir o plot, apreciar a conexão da história entorno dos personagens, é intensamente difícil parar de querer saber mais sobre o emaranhado de ondas cobre, pois ele libera devagar os acontecimentos de sua mente, de uma forma excitante e torturante que apenas um bom personagem saberia dosar.
Então como duas pessoas tão diferentes conseguiam se entender tão bem no silêncio?, Como um filme com falta de meio seria tão agradável?.
Chuuya se encontrava sentado em uma cadeira próxima ao balcão do bar lupin, era um local aconchegante com arquitetura dedicada aos anos oitenta, preenchido por objetos de madeira assim como algumas decoração da mesma matéria, sua atmosfera era calma sempre com poucos clientes e normalmente eram professores, arquitetos ou apenas pessoas que apreciavam uma boa bebida com crywank de fundo, oque completava a melancolia implícita do ambiente, abaixo de tantas camadas tonalizadas de marrom o clima do estabelecimento se concentrava em obviamente pessoas cansadas e dispostas a esquecer suas preocupações com altas doses de álcool, afinal aquilo era um bar e nunca deixaria de ser assim em sua essência, um lugar criado idealmente para esquecer que existe uma realidade e que a mesma é na maior parte dura e te leva ao limite, entretanto já fôra feitas comemorações naquele local, oque quebrava a teoria de nakahara onde bares são estabelecimento de psicólogos disfarçados de barman, pessoas adoravam contradizer os ideais dele e isso lhe fervia a cabeça, não por querer que sua opinião fosse a verdade absoluta, mas pela adaptação que tinha que fazer sempre quando algo ganhava outro significado, além de tudo chuuya detestava mudanças, porque a comodidade de uma rotina não era ameaçadora como ser empurrado a um buraco negro sem ciência nem doque se trata um, essas idéias forçadas que circulavam sua mente lhe obrigava a aceitar e quebrar algumas das suas próprias vontades que sempre eram manter a maior distância possível doque lhe acelerava o coração, mas como poderia manter agora sua bolha pessoal quando queria tanto adentrar na do Dazai, e conhecer mais sobre ele e oque de fato aquele homem era para o atrair como um ímã perto de algum metal, fez sinal para o barman que limpava um copo.
-vou querer o vinho Trapiche vineyards malbec.- proferiu enquanto balançava os pés no chão, o homem acentiu com a cabeça e adentrou a mão ao meio das bebidas vasculhando para encontrar o vinho pedido , Chuuya levantou a cabeça admirando o teto de madeira, seus pensamentos se misturavam com a música leech boy de crywank, era um grande problema se encontrar em uma música, porque as palavras parecem devorar cada parte da sua alma em que a canção toca, nakahara se via como o garoto parasita citado, mesmo fazendo de tudo para não depender de ninguém e não tomar este título, parecia destinado a ter certas dependências, era um caminho sem volta depositar suas esperanças em alguém ou algo, toda sua vida parecia se desmanchar e tomar a forma de apenas um objetivo ou caminho onde não se dá para andar sozinho, sabia o quanto dependia da irmã e do amigo e como soava patético para sua idade, entretanto é tão difícil se salvar sozinho, é tão difícil nutrir forças suficiente para caminhar sozinho e ter sua própria vida, talvez não fosse tão errado ser o garoto parasita ou apenas demostrar a preguiça deixasse ainda mais desprezível ser desta forma, oh merda!, Mais uma vez se prendeu no loop mental de suas crises existenciais.
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✾ Painting an Orange Rose ✾ .·°Soukoku°·.
Fanfictiononde Dazai oferece uma proposta para pintar um quadro do Chuuya já que o ruivo se encontrava atolado em dívidas e necessitava urgentemente de dinheiro. a rotina de se encontrarem todas as noites faz com que algo desperte ou apenas exponha sobre oque...